Segundo avança o Correio da Manhã, o Comandante do patrulha Zaire, da Marinha, foi informado que vai ser exonerado do cargo.
Em causa estarão irregularidades detetadas por uma inspeção após o navio ter sido forçado a regressar à base naval de Lisboa, devido ao mau tempo no mar, quando se dirigia para o Funchal, onde iria render a corveta António Enes em missão na Zona Marítima da Madeira.
As ondas altas, que os marinheiros chamam malagueiro, terão invadido a ponte do navio, o que é normal naquelas circunstâncias, e afectado um transformador do sistema ECDIS de cartas eletrónicas de navegação, provocando fumo, mas não um incêndio, asseguram fontes militares. Esse transformador foi, entretanto, substituído.
A Marinha desmente, de resto, comentários que correm entre militares de um princípio de incêndio a bordo e afirma que as exonerações e rendições são atos comuns, sendo que a do Zaire até já estava prevista para as próximas semanas, sendo agora antecipada.
Oficialmente, a Marinha apenas afirma que a missão na Zona Marítima da Madeira continuará assegurada pela corveta António Enes.
Curiosamente, tratam-se dos dois navios operacionais mais antigos da Armada: o Zaire com 52 anos de serviço e a António Enes com 53.
O Zaire seguia para a sua primeira comissão na Madeira desde que regressou após cinco anos e meio de missão de capacitação da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe. Mas foi, o ano passado, alvo de intervenção num estaleiro que o manterá operacional por mais alguns anos.
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