A DGRM - Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos emitiu em 2023, segundo os seus dados, cerca de 12.498 cartas de navegador de recreio.
As cartas de navegação emitidas estão relacionadas com embarcações motorizadas, que possuem maior risco associado por afastarem-se distâncias maiores da costa, o que exige uma formação proporcional e adequada.
A DGRM destacalou que foi uultrapassada novamente a fasquia das 12.000 cartas, como em 2022, verificado-se igualmente um aumento de emissão de cartas de categorias superiores, especificamente de Patrão Local e Patrão de Costa.
José Carlos Simão, o Director-Geral da DGRM, afirmou que os navegadores que, anteriormente, tinham cartas de categorias inferiores, "ganham gosto pelo mar", e adquirem cartas de níveis acima para "terem um alcance geográfico mais dilatado, poderem ir para mais longe com a sua embarcação, porque cada categoria tem limite em termos de distância do porto".
Foi a partir do período da pandemia que iniciou o aumento da procura de cartas de navegador de recreio registou-se, tendo o Director-Geral afirmado que: "Quando as pessoas se queriam isolar, de alguma forma, muitas delas optaram por fazê-lo através de embarcações, portanto, o número de aquisições e de novos registos de embarcações de recreio durante a pandemia cresceu bastante, foi uma das actividades que mais cresceu".
Ðerivado do aumento deste tipo de formação, existiu um aumento da mesma prevista na lei para as diferentes categorias. José Carlos Simão afirmou que isto é um aspecto "muito positivo", porque os navegadores "têm mais competências adquiridas, porque, à medida que a categoria vai aumentado, a exigência formativa é mais elevada e as pessoas ficam mais capacitadas para andar no mar".
O Director-Geral, quando questionado sobre um eventual impacto ambiental, clarificou que: "hoje as embarcações são também, mais amigas do ambiente", devido aos critérios e construção dos materiais utilizados e a própria monotorização com critérios muito mais apertados", acrescentando ainda: "Uma embarcação destas, de recreio, emite na ordem dos 80% menos de ruído que as mais antigas emitiam."
Em relação ao crescimento do segmento de embarcações de recreio, o Director-Geral concluiu que: "Somos um país com cerca de 2500 km de costa, portanto temos um potencial enorme para esta atividade e esta nova legislação olhou para esta nova realidade, para a evolução do sector, e incorporou as respostas necessárias para que esta actividade se dinamize adequadamente".
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