A nível de alternativa, o hidrogénio está sendo visto como uma opção a ter em conta, tendo ganho cada vez mais destaque para ser parte dos processos de descarbonização. É previsto que o transporte de hidrogénio liquefeito seja uma solução de futuro e que haja uma procura cada vez mais intensa nas próximas décadas.
Falando em particular deste projecto, um consórcio constituído pela Woodside, HD KSOE, e Hyundai, uniram-se para explorar a tecnologia, segurança, construção, operação e viabilidade económica de um navio com capacidade de tanque de 80.000 m3.
O objectivo é estabelecer uma cadeia de abastecimento de hidrogénio liquefeito na Ásia e em outras regiões. Se tudo correr conforme o que está planeado, a expectativa é que o navio esteja construído e em plena operação até 2030. O conceito revolucionário deste navio é o uso do próprio hidrogénio como combustível principal, o que promete reduzir consideravelmente as emissões de CO2 durante a sua navegação.
O hidrogénio liquefeito é uma solução eficiente: ocupa cerca de 1/800 do volume do hidrogénio gasoso. No entanto, para que isso seja possível, é necessário arrefecer para uns incríveis -253°C, o que exige tecnologia de ponta. Empresas como Woodside, HD KSOE e Hyundai reconhecem a experiência e conhecimento da MOL no transporte de GNL - Gás Natural Liquefeito e a sua dedicação ao processo de descarbonização. Esse reconhecimento culminou numa colaboração tripartida e na assinatura de um Memorando de Entendimento.
Caso o projecto se concretize, a divisão de responsabilidades entre as empresas será clara: Woodside ficará responsável pela produção e armazenamento de hidrogénio nos portos de carga e descarga, HD KSOE cuidará do projecto e construção do navio, enquanto Hyundai e MOL fornecerão preciosas contribuições operacionais para o design do navio, incluindo logística, propulsão, armazenamento e movimentação de carga.
A MOL vê a estratégia ambiental como parte fundamental no seu plano de gestão BLUE ACTION 2035. Com o compromisso de atingir emissões líquidas zero de GEE - Gases de Efeito Estufa até 2050, o grupo lidera a iniciativa de estabelecer uma cadeia de abastecimento de energia mais limpa. Esta colaboração não só impulsionará o sector de energia com menor impacto ambiental, mas também irá reforçar o compromisso do grupo em enfrentar os desafios climáticos globais.
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