Os oceanos são sem dúvida, uma das coisas mais importantes do planeta. É dos oceanos que retiramos comida, é através deles que navegamos e desenvolvemos comércio, são eles que ajudam a regular o clima.
Apesar de já estarem cá há milhões de anos, e já conhecermos um pouco, a maioria ainda é um mistério. Não temos um mapa com os detalhes todos, muitas zonas ainda escondem muito, mas muita informação tem sido retirada e absorvida a nível científico.
Se há uma área que tem sido desenvolvida, graças ao conhecimento obtido, é sem dúvida a área da medicina. Damos alguns exemplos:
1. Como um caracol e o seu veneno proporcionou algo melhor que a morfina.
Morfina, como todos sabemos é um narcótico de alto poder analgésico utilizado principalmente para aliviar dores intensas, agudas e crónicas. Em muitos casos, causa efeitos secundários, incluído a dependência. O caracol Conus geographus é uma das criaturas mais venenosas do mundo, já tendo causado directamente a morte de 36 individuos. Um bioquímico chamado Baldomero Olivera decidiu raciocinar além do lógico, e na sua pesquisa teórica, que o veneno produzido poderia fornecer remédios terapêuticos para humanos e iniciou uma extensa investigação. Com isso, conseguiu desenvolver uma droga chamada Prialt, que é simplesmente mil vezes mais potente que a morfina mas sem os mencionados efeitos colaterais viciantes. O medicamenro teve aprovação nos Estados Unidos e ainda hoje é utilizado no mundo todo.
2. Límulo e as vacinas.
O Límulo, também conhecido como caranguejos-ferradura-do-atlântico são criaturas subaquáticas notáveis que existem há mais de 450 milhões de anos. Além disso, esses animais não são apenas reais, mas também salvam vidas humanas. De acordo com o Museu de História Natural, o sangue dessas criaturas contém importantes células imunológicas excelentes no combate a bactérias tóxicas. Foi o seu sistema imunológico deles que inspirou cientistas a formular novos testes para vacinas mais eficientes. Desde a década de 1970, essas técnicas têm permitido aos médicos fornecer vacinas seguras, ao invés de seringas cheias de bactérias nocivas.
3. Estrela-do-mar e doenças inflamatórias
Embora as estrelas-do-mar pareçam não possuir qualquer tipo de relevância, duas das espécies oferecem muitos benefícios médicos. Ajudaram a encontrar um novo tipo de tratamento para doenças inflamatórias como asma, febre do feno e artrite. Deve-se pela sua capacidade de uma estrela-do-mar de manter as suas superfícies limpas por causa da "gosma viscosa" que cobre os seus corpos. Os cientistas descreveram teorias de que poderiam ser capazes de tratar inflamações, acreditando que revestir os nossos vasos sanguíneos com alguma substância poderia prevenir do mesmo problema. Com mais tempo de estudo, a investigação poderá fornecer tratamentos acessíveis para doenças inflamatórias.
4. Fitoplâncton e danos musculares
Os Cientistas também descobriram que o fitoplâncton, que nada mais é que uma pequena alga do fundo do mar, são ricos em antioxidantes que podem ajudar a manter o desempenho e reduzir os danos musculares após actividades de alto impacto. Os investigadores concluíram que, como os suplementos de fitoplâncton em humanos "operam por meio de uma capacidade oxidativa elevada no músculo esquelético", os participantes foram "capazes de melhorar a recuperação, sustentar a potência e prevenir declínios na força via repetidas sessões de resistência e de treino cruzado".
5. Um mundo de possibilidades
Com a constante evolução e resistência das doenças existentes nos dias de hoje, é importante continuar a procurar novos tratamentos médicos e também eficazes. Um estudo publicado pela Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA afirma que o oceano tem "mais de 13 mil moléculas descritas, das quais 3 mil têm propriedades ativas". Isso indica que uma infinidade de descobertas médicas ainda se escondem debaixo d'água. No entanto, para que essa relação tenha sucesso, é preciso continuar mantendo os ecossistemas oceânicos intactos, que é uma maneira de proteger o planeta e também o futuro da medicina.
Sem comentários:
Enviar um comentário