Segundo avança o Jornal de Negócios, até 2050 o Porto de Roterdão, nos Países Baixos – o maior da Europa e o 11.º maior no mundo –, quer ser capaz de importar cerca de 20 milhões de toneladas de hidrogénio verde para depois distribuir pelo próprio país e exportar para os países vizinhos, como a gigante industrial Alemanha.
Apenas 10% desse volume (dois milhões de toneladas), é local, o restante terá de ser importado de locais com energia renovável abundante e a preços competitivos, garantiu Monica Swanson, responsável pela área Internacional de Hidrogénio do Porto de Roterdão.
A mesma responsável afirmou ainda que: "Portugal é um dos países que tem condições para ter energia suficiente para cobrir as suas próprias necessidades de consumo nacionais e também de se tornar um exportador de energia para outros países".
“Os dois países querem trabalhar juntos e há um memorando de entendimento assinado desde 2020. Pode ser qualquer tipo de hidrogénio, pode ser metanol ou amoníaco verde. Queremos ligar os dois portos: se Sines tiver produção de hidrogénio em excesso, Roterdão vai importar”, disse a responsável, avançando que isso poderá acontecer “a partir de 2027 ou 2028”, tendo em conta o “feedback dos projetos”.
Na dianteira do Hidrogénio em Sines está o H2Sines e o consórcio formado pelas gigantes mundiais Shell, Engie, Vopak e Anthony Veder, que assinaram um acordo com a REN, Porto de Sines, Porto de Roterdão, Gasunie e ABN AMRO para desenvolver um corredor marítimo de hidrogénio liquefeito.
O objectivo dos promotores é que isto aconteça até 2028, sendo estimada uma produção de 100 toneladas por dia. Este projecto inclui a construção de uma central de produção de hidrogénio (400 MW de eletrolisadores) e uma unidade de liquefação, em Sines, infraestruturas de exportação e importação e ainda um novo navio capaz de transportar o hidrogénio liquefeito até Roterdão.
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