domingo, 19 de novembro de 2023

Portos congestionados ameaçam fornecimento de trigo à indústria alimentar.


Sendo 2023, um ano já de si complicado no que concerne à gestão dos portos, outra complicação surge no horizonte.

A sequência do aumento de custos logísticos provenientes da paragem global devido à pandemia e a guerra na Ucrânia, (um dos maiores produtores de cereais a nível global), agora é o congestionamento dos silos portuários em Leixões e Lisboa (Beato), que faz com que haja uma ameaça no abastecimento de trigo para a produção de produtos baseado neste cereal como pão, produtos de pastelaria, massas, bolachas ou cereais de pequeno-almoço. Os intervenientes do sector avisam que o aumento de custos irão reflectir-se no preço de venda dos produtos.

O motivo encontra-se chegada nos últimos tempos aos nossos portos de navios de enormes dimensões com carregamentos de milho, soja e diversas matérias-primas para às rações animais. 

Devido às cada vez maiores obstruções na importação proveniente da  Ucrânia (embora nos últimos tempos tenham saído navios pelos corredores alternativos abertos pela União Europeia), factor esse que tem exercido pressão nos portos, sendo que cada vez mais quantidade, faz com que haja mais dificuldades na gestão dos armazéns.

De acordo com as declarações de Luís Ramos, presidente da APIM:  “Com esta sobrelotação em Leixões e no Beato, quando chegam de França os nossos barcos mais pequenos com trigo panificável ou trigo duro, não têm espaço em silo e os barcos inclusivamente não podem acostar – porque não vão ocupar cais se não podem manobrar. E ficam ao largo a aguardar vez para descarregar, com custos muito significativos para a indústria. Corremos o risco de eventualmente faltar o cereal e de não haver farinha para fazer pão, bolachas ou massas alimentícias porque a capacidade de armazenagem nas fábricas é muito reduzida e estamos habituados a fazer uma rotação quase semanal de navios”.

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