Na situação actual, apesar de não termos alterando de forma decisiva a utilização de combustíveis fósseis pela humanidade, o conceito de que os oceanos poderão evaporar não é uma ameaça que seja para ser levada a sério, mas dá sem dúvida, uma bela história para um filme de ficção científica.
De acordo com os cientistas, mesmo que a humanidade usasse todas as reservas de combustíveis fósseis, nunca iria levar o planeta a este extremo. Contudo isso não invalida a existência de uma preocupação relevante e pertinente em relação ao contínuo aumento da temperatura e dos efeitos nefastos sobre os oceanos.
O Climatólogo Zeke Hausfather, da ONG Berkeley Earth, mesmo com um aumento exponencial dos GEE - gases com efeito de estufa (GEE), o planeta não iria entrar em ponto de ebulição dos oceanos como resultado disso.
A água é muito mais densa do que o ar, e tem a capacidade de absorção de uma quantidade
relevante de calor, retendo a mesma
quantidade de calor que toda a manta de atmosfera acima dela. Este calor
mistura-se lentamente nos 100 metros superiores de água, designada por “camada
mista”, sendo responsável pelo prolongamento do tempo necessário para atingir
as camadas mais profundas.
Observações recentes indicam um aumento nas temperaturas até nas regiões mais profundas, o que provoca preocupações sobre o impacto contínuo do aquecimento global nos oceanos.
Colin Goldblatt e os seus colaboradores, da Universidade de
Victoria, num estudo de 2013, publicado na Nature Geoscience, sugeriram que
para induzir um efeito de estufa “descontrolado”, seria necessário um aumento
substancial de CO₂ na atmosfera, um cenário altamente improvável pela
observação das actuais práticas antrópicas.
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