sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Açores Atlantis 2019: uma expedição pela sustentabilidade do oceano


Os Açores vão receber uma expedição inédita: a Açores Atlantis 2019. Em setembro e outubro, especialistas mundiais irão navegar ao largo desta ilhas portuguesas promovendo a responsabilidade ambiental e o respeito pelas espécies marinhas, em prol da harmonia do oceano.

Promovida pela plataforma Oceans and Flow, esta expedição vai arrancar no próximo mês de setembro, no grupo ocidental do arquipélago dos Açores, com cinco grandes ações.
Esta expedição tem início com a viagem Açores-Atlantis, que decorre entre os dias 10 e 17 de setembro. A aventura contará com o apoio de um grupo de especialistas, que receberá dez participantes na Ilha de São Miguel, que serão convidados a «aprofundar a sua relação com o oceano e consigo mesmos, enquanto fortalecem a sua consciência ambiental», lê-se em comunicado.
Entre 20 e 29 do mesmo mês, dois veleiros com 13 pessoas a bordo irão visitar várias ilhas ao longo de 10 dias, com o propósito de «desenvolver práticas na Natureza como método para melhorar a escuta profunda do oceano, integrar a responsabilidade ambiental e respeitar as espécies marinhas». Esta viagem contará com a presença de figuras como Matthieu Paley, fotógrafo da National Geographic, e Juliana Marinho, jornalista da WWF-Brasil. Desta viagem nascerá o documentário «Song for Atlantis», realizado por Gustavo Neves.
A Expedição Açores Atlantis 2019 integrará também as Ocean Talks. Estas sessões de palestras para a comunidade local decorrerão no dia 1 de outubro, na Universidade dos Açores, em Ponta Delgada.
Para além dos projetos anteriores, a primeira edição desta expedição inclui ainda uma ação de limpeza de praia, a Eco Ação, que decorrerá a 6 de outubro às 9h00, na Ribeira Grande, São Miguel. Esta iniciativa contará com o envolvimento da comunidade.
«A Expedição Açores Atlantis 2019 é um evento que junta os conceitos de “Viagem e Comunicação Social”, apresentando o trabalho de uma tribo aquática em busca de harmonia pelo Oceano. Financiada por parceiros estratégicos, esta equipa, que foi selecionada pelas suas competências aquáticas, experiência fotográfica e impacto na comunicação social global, apresenta os Açores como destino essencial para escutar a Natureza e conectar-se com o meio ambiente. Sempre envolvendo e contando com o apoio da comunidade local», afirma Violeta Lapa, principal mentora e produtora desta Expedição, em comunicado.
[Imagem: Peregrinus Studio]

Subida da água do mar pode provocar 280 milhões de deslocados, alerta relatório da ONU


A subida do nível das águas do mar, em consequência do aquecimento global, pode fazer 280 milhões de deslocados, segundo um relatório preliminar científico que a ONU divulga em setembro.
Com o aumento da frequência dos ciclones, diz o documento, muitas grandes cidades podem ser inundadas todos os anos a partir de 2050. E até ao fim do século as previsões do relatório é que 30 a 99% do terreno permanentemente congelado (permafrost) deixe de o ser, libertando grandes quantidades de dióxido de carbono e de metano.
Ao mesmo tempo, os fenómenos resultantes do aquecimento global podem levar a um declínio constante da quantidade de peixe, um produto do qual muitas pessoas dependem para se alimentar.
O relatório preliminar da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado pela agência France Press, é da responsabilidade do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC na sigla original), cuja versão final será divulgada em setembro.
O relatório vai ser discutido pelos representes dos países membros do IPCC, que se reúnem no Mónaco a partir de 20 de setembro, por alturas da cimeira mundial sobre o clima em Nova Iorque, marcada para 23 de setembro pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
O objectivo é alcançar compromissos mais fortes dos países para reduzir as suas emissões de dióxido de carbono, que caso se mantenham no ritmo actual farão subir as temperaturas de 2 a 3 graus celsius até ao fim do século.
Especialistas temem que a China, Estados Unidos, União Europeia e Índia, os quatro principais emissores de gases com efeito de estufa, estejam a fazer promessas que não cumprem. Estas regiões do mundo vão também ser afectadas pela subida das águas do mar, alerta o relatório, especificando que não serão só afectadas as pequenas nações insulares ou as comunidades costeiras expostas.
Xangai, a cidade mais populosa da China, está localizada num delta, formado pela foz do rio Yangtze e pode começar a ser inundada regularmente se nada for feito para parar as alterações climáticas. E o país tem mais nove cidades em risco.
Essa subida do nível do mar coloca os Estados Unidos como um dos países mais vulneráveis, a aumentar em cinco vezes o risco de inundações, incluindo em Nova Iorque.
A União Europeia está menos vulnerável, mas os especialistas do IPCC alertam para inundações no delta do Reno. E para a Índia esperam que milhões de pessoas tenham de ser deslocadas.
A elevação do nível das águas do mar deve-se ao aumento das temperaturas que está a derreter as grandes massas de gelo nos polos.
Segundo o documento as calotes polares da Antártica e da Groenlândia perderam mais de 400 mil milhões de toneladas de massa por ano na década antes de 2015. Os glaciares das montanhas também perderam 280 mil milhões de toneladas.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Seul analisa possível radiotividade no mar causada por urânio da Coreia do Norte


O governo sul-coreano está a analisar amostras de água do mar recolhidas na fronteira marítima com a Coreia do Norte, depois de imagens satélite mostrarem derramamentos de uma mina de urânio norte-coreana num rio que ali desagua.

As autoridades estão a recolher essas amostras junto à chamada Linha de Limite Norte (LLN), a divisória marítima ocidental de ambas as Coreias, perto de onde desagua o rio Ryesong, que flui no Mar Amarelo da Coreia do Norte, segundo confirmou esta quarta-feira à agência de notícias espanhola Efe, uma porta-voz do ministério da Unificação da Coreia do Sul.
A análise está a ser realizada depois do investigador norte-americano Jacob Bogle alertar recentemente, após verificar em várias imagens tiradas por satélite, a possibilidade de que a mina de urânio de Pyongsang, uns 100 quilómetros a sudeste de Pyongyang, esteja a realizar derrames no rio.
As imagens mostram contínuos derrames contínuos vindos do cano de esgoto no leito de Ryesong, cuja foz está a cerca de 45 quilómetros a sudoeste de Pyongsan.
As análises para detectar a possível presença de material radioativo vão demorar cerca de duas semanas,segundo a mesma porta-voz, que assegurou que o governo tornará os resultados públicos.
Por seu lado, o site especializado em assuntos da Coreia do Norte ’38north’ publicou esta quarta-feira a sua análise das imagens satélite e reduziu o alarme gerado por alguns meios de comunicação que informaram sobre a investigação.
Segundo a página, apesar de ser evidente que o lixo está a ser derramado no rio e que o ritmo dessa contaminação parece ter aumentado nos últimos dois anos, “a descarga observada é menos extensa do que a sugerida” pelos investigadores.
Sustenta ainda que mais preocupante que o possível derrame é o facto de “as operações desta instalação (a maior do tipo na Coreia do Norte) indicam que Pyongyang mantém e continua a dar prioridade ao programa para produzir urânio altamente enriquecido para produzir armas nucleares”.
Foto: YONHAP/EPA

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

As primeiras imagens do Titanic em 15 anos mostram que o navio está a desaparecer no oceano


Foi a primeira vez em quase 15 anos que uma equipa desceu ao fundo do oceano para visitar o Titanic. E as imagens são "chocantes": o navio está a deteriorar-se e pode desaparecer num futuro próximo.

“O Titanic está a ser devolvido à natureza”. É desta forma que os cientistas e mergulhadores que visitaram e recolheram imagens do famoso navio pela primeira vez em quase 15 anos descrevem o que se está a passar. O Titanic está a deteriorar-se rapidamente e há importantes partes dos destroços que já desapareceram completamente.
O navio naufragou há 107 anos ao largo da costa do Canadá e está a enferrujar num “isolamento silencioso”, a mais de 3.8 quilómetros de profundidade. Os mergulhadores detetaram um colapso parcial do casco do Titanic, pondo em risco os famosos aposentos do capitão do navio e todos os quartos de luxo. A banheira do capitão, uma imagem querida dos entusiastas da história do Titanic, já não existe.
"Todo o convés está a colapsar, levando atrás os quartos principais. E a deterioração vai continuar a progredir”, lamenta Parks Stephenson, historiador que participou no mergulho.
Citado pela BBC, Stephenson descreve o processo de deterioração do Titanic como “chocante” e diz que a próxima estrutura a colapsar pode ser o telhado do compartimento interior.
Mas porque estamos a perder o Titanic, aquele que em tempos foi o maior navio do mundo? As correntes fortes, a corrosão causada pelo sal e as bactérias que consomem metal estão na origem do problema. Os micróbios que estão a “comer” os destroços enfraquecem a estrutura do navio, explica a cientista e perita em ambiente marítimo Clare Fitzsimmons, da Universidade de Newcastle. Isto leva a que os fragmentos fiquem cada vez mais finos, transformando-se num pó que as correntes tratam de arrastar e destruir. Ainda assim, e apesar dos estragos em todo o navio, o vidro das escotilhas está bem preservado. 
Lembra a Science Alert que estudos apontam para o desaparecimento total do Titanic até 2030. Para trás, pode ficar nada mais que uma “mancha de ferrugem no fundo do Atlântico”.
Os cientistas responsáveis pela recolha das primeiras imagens 4K do Titanic fizeram um total de cinco mergulhos em agosto, com um submersível. Trata-se da mesma equipa que, em maio, realizou o mergulho mais profundo de sempre, ao descer à Fossa das Marianas.
Para além das primeiras filmagens de alta resolução do navio — que podem mesmo ser as últimas — a equipa recolheu imagens dos destroços que vão permitir recriações do Titanic em 3D, em realidade virtual e aumentada. Estas reconstruções virtuais poderão ser a única forma de, no futuro, ver e estudar este histórico navio.
Os destroços são o único testemunho que temos do desastre do Titanic. Todos os sobreviventes já morreram. Por isso, acho importante recorrer aos destroços, enquanto os destroços ainda têm algo a dizer”, comentou o historiador Robert Blyth.
Os mergulhadores aproveitaram ainda os mergulhos para prestar homenagem com uma coroa de flores aos mais de 1.500 passageiros que, naquela noite de abril de 1912, morreram no naufrágio.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Descoberta mensagem em garrafa com 50 anos no Alasca. Autor chorou quando soube


O marinheiro russo Anatoliy Botsanenko tinha 36 anos quando, a bordo do Sulak, em plena Guerra Fria, mandou uma mensagem ao mar. Agora encontraram a garrafa na costa e o autor foi localizado.

Tyler Ivanoff estava “apenas à procura de lenha” na costa do Alasca quando encontrou algo muito “maior”. Não em tamanho, já que o que descobriu foi apenas uma garrafa. Mas com uma história: tinha 50 anos e uma mensagem no interior.
"Estava à procura de lenha. Deparei-me por acaso com a garrafa e vi que, lá dentro, havia um bilhete. Os meus filhos ficaram muito entusiasmados. Pensaram se seria uma mensagem de um pirata ou um mapa do tesouro”, relatou Ivanoff.
O homem abriu a garrafa e deparou-se com uma mensagem escrita em russo:“Percebi que era russo porque estudei a língua no liceu e na universidade”.
A mensagem estava bem preservada mas Tyler Ivanoff decidiu pedir ajuda nas redes sociais para a traduzir. E, uma vez que uma mensagem circula, hoje em dia, mais rapidamente na internet do que uma garrafa no mar, o post teve mil partilhas em apenas três dias. “Encontrei uma mensagem numa garrafa hoje. Algum amigo que traduz russo por aí?”, escreveu.
Finalmente, a história chegou à Rússia e várias pessoas traduziram o bilhete: remonta a 20 de junho de 1969, é uma saudação de um marinheiro russo da Guerra Fria e o autor escreveu uma morada para que quem encontrasse a garrafa pudesse responder. 
Mas a história não ficou por aqui. Na verdade, estava apenas a começar. Os jornalistas do canal de televisão Russia 1 decidiram procurar o autor da mensagem. E sim, conseguiram encontrá-lo. Em 1969, esta mensagem foi escrita pelo capitão Anatoliy Prokofievich Botsanenko.
Os jornalistas visitaram o antigo marinheiro e mostraram-lhe o bilhete. O momento foi partilhado no site do canal. Ao início, Anatoliy teve dúvidas. Mas depressa reconheceu a própria letra.
Parece a minha letra. A sério… parece. Mas não tenho a certeza. Esperem… Claro! East industry fishing fleet! E-I-F-F! Sim! Eu sempre escrevi assim!”, exclamou o homem, em lágrimas.
Anatoliy Botsanenko explica que mandou a garrafa ao mar quando tinha 36 anos a partir do Sulak, um navio cuja construção o próprio supervisionou em 1966 — e nele navegou até 1970. O homem acrescenta ainda que, naquela altura, chegou a ser o mais jovem capitão no Pacífico.
Botsanenko também mostrou aos jornalistas lembranças do navio, incluindo um autógrafo da mulher de um famoso espião russo e garrafas de álcool do Japão. O capitão emocionou-se quando o jornalista lhe disse que o Sulak foi vendido para sucata nos anos 90.
Já Tyler Ivanoff, o responsável pelo “desenterrar” da história, afirma que a mensagem o inspirou a escrever cartas. “Se calhar é algo que possa fazer no futuro com os meus filhos. Enviar uma simples mensagem numa garrafa e ver onde vai parar”, diz.

Pedido de Desculpas - Utilização Indevida.

Num dos artigos utilizamos indevidamente e sem autorização, uma foto do conceituado fotografo Pepe Brix. Não foi de forma maldosa ou propositada mas aconteceu. E tal não pode voltar a acontecer. Ao autor, pedimos as nossas mais sinceras e humildes desculpas.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Quebra-mar de 300 metros no porto de Leixões é uma "real necessidade"


Em declarações à Lusa, o presidente da direção da Comunidade Portuária de Leixões, Jaime Vieira dos Santos, referiu que se o quebra-mar não for prolongado em 300 metros as consequências para a região vão ser "gravíssimas", deixando Leixões de figurar no mapa mundial de portos marítimos porque não cumpre as exigências de mercado.

"O Porto de Leixões nunca fechará, será dramático dizer tal coisa, terá sempre alguns navios, mas sairá do mapa de portos importantes. A União Europeia colocou Leixões entre os principais portos da rede, já a Galiza não ficou com nenhum, porque acredita que Leixões tem capacidade para se adaptar às necessidades de evolução do transporte", frisou.
Além de proteger o mercado que já existe, depois de já ter perdido algumas linhas, Jaime Vieira dos Santos falou na importância de acompanhar o desenvolvimento do transporte marítimo e do mercado de bens.
As indústrias, os consumidores e os mercados de bens estão a exigir um tipo de navio maior e se o porto não se adaptar irá "definhar" e os carregadores e os transportadores marítimos irão encontrar novas alternativas, disse.
O presidente da direcção da Comunidade Portuária vincou que, para cumprir as exigências de mercado, "agarrar o futuro", crescer e ter uma indústria forte na região Norte, o porto tem "uma real necessidade" de se adaptar.
Construir um paredão até 200 metros, tal como defende uma moção aprovada na Assembleia Municipal do Porto na segunda-feira à noite, é "gastar dinheiro para nada", reforçou, acrescentando que se é para avançar com uma obra com essa dimensão "mais vale não fazer nada" porque essa não serve Leixões.
Jaime Vieira dos Santos explicou defender os 300 metros por acredita nas conclusões do Laboratório Nacional de Engenharia, do Instituto Superior Técnico de Lisboa e dos consultores que analisaram os estudos previamente feitos e que confirmam que os 300 metros correspondem àquilo que é necessário para estabilizar a bacia de rotação de modo a permitir a entrada de navios maiores no porto.
"A posição da Câmara Municipal do Porto é bastante delicada porque não vi, até agora, nenhum estudo apresentado por ela que sustente os 200 metros face aos 300. O que vejo, pelo contrário, são estudos de entidades credíveis a confirmar os 300 metros", ressalvou.
Já quanto à questão da qualidade da água, Jaime Vieira dos Santos considerou essa um "não assunto", recordando que a qualidade da água não sofrerá alterações porque essa está dependente da maré e a maré não vai ser afetada, reforçou.
Em fevereiro, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou um investimento de cerca de 217 milhões de euros, dos quais 147 são investimento público, até 2023 no Porto de Leixões para aumentar a sua competitividade portuária.
As empreitadas envolvem o prolongamento do quebra-mar exterior em 300 metros, aprofundamento do canal de entrada, anteporto e bacia de rotação, a criação do novo terminal no Molhe Sul e a melhoria das condições de operação do porto de pesca.

Setúbal recebe 2.ª Conferência Portuguesa sobre Lixo Marinho


O problema do lixo marinho, em particular os microplásticos, estará em reflexão, nos dias 19, 20 e 21 de Setembro, em Setúbal, na segunda edição de uma conferência nacional que junta especialistas na partilha de conhecimento sobre esta matéria.
A 2.ª Conferência Portuguesa sobre Lixo Marinho e Microplásticos, a decorrer ao longo de três dias na Casa da Baía, é organizada pela Associação Portuguesa do Lixo Marinho em parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e a Câmara Municipal de Setúbal.

Inscrições

As inscrições podem ser feitas aqui.
A 2.ª Conferência Portuguesa sobre Lixo Marinho e Microplásticos está integrada na Semana do Mar 2019, evento promovido pela Câmara Municipal de Setúbal, a realizar entre os dias 19 e 29 de Setembro, com conferências, visitas a veleiros emblemáticos e diversas actividades náuticas.
A abertura oficial do encontro, agendada para as 9h30, conta com intervenções da presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, e de representantes da Associação Portuguesa do Lixo Marinho e do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente.

“Soluções Políticas e Sensibilização”

Segue-se, às 10 horas, o painel “Soluções Políticas e Sensibilização”, com uma sessão subordinada à temática “Directivas e legislação”, na qual são abordados temas como o lixo marinho em praias de Portugal, estratégias para o combate ao lixo marinho e a pesca por um mar sem lixo.
“Sensibilização: O Papel da Sociedade Civil” dá tema a nova sessão que foca a reflexão em questões relacionadas, entre outros, com os projectos Coastwatch e Educação para o Desenvolvimento Sustentável e a Cidadania Global”.
Na parte da tarde, a partir das 14 horas, a conferência continua com o painel “Economia e Sociedade: Aplicação de Soluções”. Na sessão, com o tema “Do design ao uso”, as intervenções focam temáticas relacionadas, entre outras, o ecodesign de produtos alternativos e estratégias para o plástico no sector do retalho alimentar.

Economia circular

Já na sessão “A vida do fim de vida”, reflexões sobre a reciclagem de plástico na economia circular, a reutilização para evitar os descartáveis e os ecopontos são alguns dos assuntos em destaque.
O encontro, que procura encontrar soluções positivas para os plásticos e para a redução do lixo marinho, inclui, no encerramento dos trabalhos do primeiro dia, uma degustação de petiscos com algas, do projecto Alga4Food, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
No dia seguinte, a 20 de Setembro, a conferência começa com o workshop de investigação “Microplásticos”, a decorrer das 9h00 às 13h00, igualmente na Casa da Baía.

Investigação e Desenvolvimento

Na parte da tarde, com início às 14h30, o encontro leva os participantes para a “Investigação e Desenvolvimento de Soluções Inovadoras”, com a apresentação de soluções que apontam alternativos ao uso do plástico, casos dos projetos YPack, SpraySafe e Spawnfoam.
A conferência reserva ainda a sessão “Soluções para Detecção e Prevenção”, com os intervenientes a partilharem conhecimento sobre os projetos Ocean Clean Sweep e de mapeamento de lixo marinho com recurso a drones low-cost.

Promoção do carapau

A sessão de encerramento, agendada para as 18h00, inclui representantes da Câmara Municipal de Setúbal, da Associação Portuguesa do Lixo Marinho e do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, a que se segue uma acção de promoção do carapau, pela Docapesca.
O evento propõe ainda uma acção de monitorização e limpeza na Praia de Albarquel, a realizar no dia 21, entre as 09h00 e as 13h00, no âmbito do Dia Nacional da Limpeza de Praias. A autarquia assegura o transporte desde a Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal.

Maior túnel ferroviário debaixo do mar enfrenta primeiro obstáculo


No início deste ano foi fechado o acordo para o financiamento de 15 mil milhões de euros do projecto que visa ligar a Finlândia à Estónia. Mas o país do báltico com 1,3 milhões de pessoas, antes de dar luz verde, quer agora mais detalhes sobre o financiamento, o modelo de negócio do projecto e o papel da Finlândia.

"Precisamos de saber claramente de onde vem o dinheiro e qual o montante", diz o ministro da Economia da Estónia. "Onde estão as garantias de que o projecto vai ser finalizado? Os responsáveis pelo projecto ainda não responderam a esta questão de como estimaram o volume de passageiros que vai ser transportado no túnel", disse Taavi Aas em entrevista à Bloomberg.

O túnel que liga os dois países (entre Helsínquia e Talin) tem um alcance superior a 100 quilómetros e prevê a construção de pelo menos uma ilha artificial. O projecto inicial foi concebido pelo empresário finlandês Peter Vesterbacka, que trabalhou na Rovio Entertainment, que produziu o jogo electrónico Angry Games.

O financiamento será avançado pela chinesa Touchstone Capital Partners e cobrirá todos os custos do projecto, refere a empresa responsável pela infraestrutura, a Finest Bay Area Development.

Estudo de viabilidade
Um estudo apresentado o ano passado pelos dois países mostra que o túnel é viável economicamente no âmbito de uma parceria público privada e com o apoio de fundos da União Europeia que representem 40% do custo previsto entre 13 e 20 mil milhões de euros.  

O Governo da Estónia considera que o calendário de abertura do túnel em 2024 não é realista. Até porque o estudo revelado no ano passado indicava um período de construção de 15 anos.

"Estamos a trabalhar para providenciar mais detalhes para responder ao governo, de modo que uma decisão possa ser tomada o mais rápido possível", disse Paul Kunnap, um advogado que representa a empresa responsável pelo projeto. Ainda assim, algumas das questões do governo estónio só terão resposta depois de realizados novos estudos, avisou o responsável.

Da parte da Finlândia, o Ministério dos Transportes e das Comunicações fez saber que o Governo não discutiu o projecto do túnel. "Tivemos conversas não oficiais com os nossos colegas da Estónia devido à ideia de assinarmos um memorando de entendimento, mas eles ainda não nos enviaram um pedido oficial", salientou à Bloomberg um membro do governo finlandês.

A Estónia tem dito que espera assinar em breve o memorando de entendimento com a Finlândia, mas a antes disso quer mais detalhes sobre o projecto. "Se a empresa que está a desenvolver o projecto disser hoje que não quer garantias por parte dos dois governos, simplesmente não podemos deixá-los começar a escavar o túnel", disse Taavi Aas. "Não é assim que funciona".

domingo, 18 de agosto de 2019

O plástico no mar matou dugongo Mariam


Na Tailândia, a morte de um mamífero marinho está a provocar uma onda de consternação. Tudo por causa dos plásticos no mar.

Trata-se de uma fêma dugongo de cinco meses, que foi resgatada em abril.

Depressa o mamífero se tornou célebre nas redes sociais, existindo mesmo uma transmissão 24 horas por dia do aquário onde se encontrava.

Morreu este sábado vítima de uma infecção no estômago provocada por plásticos.

Já houve 37 zonas balneares com problemas na água


A associação ambientalista Zero comparou a qualidade das águas nesta época balnear com as do ano passado e congratulou-se. Até agora, houve menos uma zona balnear com banhos desaconselhados ou proibidos.

Analisando os dados disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, a Zero constatou que há 608 zonas balneares no território nacional. Mesmo que durante um curto período de tempo, já foi desaconselhado ou mesmo proibido tomar banho em 37, menos uma do que em igual período do ano passado.

Sete foram interditadas por um delegado regional de Saúde por haver um risco de contaminação, salienta Francisco Ferreira, professor na área de Ambiente na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e presidente daquela organização fundada em 2015. E 30 foram, algum período, desaconselhadas por causa de análises que ultrapassaram os limites fixados para dois parâmetros microbiológicos (Escherichia coli e Enterococus intestinais) ou por terem historiais de, por exemplo, microalgas vermelhas, como aconteceu em Junho com diversas praias no Algarve, em particular as situadas entre Faro e Loulé.

Tendo como ponto de referência o dia 15 de Agosto e comparando esta época balnear com a do ano passado, Francisco Ferreira nota que pouco diminuiu o número de praias com problemas (de 6,3% para 6,1). Fazendo uma análise mais fina dos dados, porém, verifica que o número de zonas balneares por alguma razão desaconselhadas desceu (de 38 para 30). Ao mesmo tempo, houve um aumento (de três para sete) das interditadas por algum delegado regional de Saúde.

Aquele ambientalista chama a atenção para o facto de as contaminações afectarem até o interior do país. São oito zonas balneares interiores e 29 costeiras as que já foram afectadas esta época. O caso persistente, que já soma duas interdições a banhos, é a Praia de Faro-Mar, no concelho de Faro, no Algarve.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

ONU analisou esta semana proposta de alargar fundo do mar português


A proposta portuguesa para a extensão da sua plataforma continental (PC), para cerca do dobro dos actuais 1,8 milhões de quilómetros quadrados, começou a ser apreciada pelas Nações Unidas a 7 de agosto de 2017 e voltou nesta semana a estar em análise na subcomissão reunida em Nova Iorque.

A delegação portuguesa foi liderada por Isabel Botelho Leal, responsável da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC). 

Estados terceiros, além de Espanha e Marrocos, têm interesse direto na nova fronteira portuguesa.

A proposta portuguesa, entregue em maio de 2009, visa alargar a área do solo e subsolo da PC das actuais 200 milhas contadas a partir das linhas de base, seja a de costa ou as de base recta - que unem dois pontos da costa portuguesa e onde a água mais próxima de terra é considerada como água interior (não contabilizável no quadro da proposta).

Para representar o limite exterior da PC portuguesa é preciso calcular distâncias desde a linha de costa ou das de base, de acordo com uma referência geográfica comum a todo esse espaço.

Aqui poderá residir uma das dúvidas suscitadas pelos especialistas da subcomissão da ONU relativamente à proposta de Lisboa, segundo fontes militares ouvidas em Lisboa - porque existem linhas de base definidas por Portugal mas que não são reconhecidas internacionalmente.

Sem indicar quais são esses casos, um dos oficiais deu - como exemplo hipotético - o das linhas rectas que envolvem a ilha de São Miguel, o ilhéu das Formigas e a ilha de Santa Maria (como consta do quadro III do decreto-lei 495/85): embora esta linha de base em torno de dezenas de milhas quadradas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) as qualifique como águas interiores e conste da lei portuguesa, sem ser reconhecida pela comunidade internacional não pode servir como um limite interior a partir do qual se deve iniciar a contagem das distâncias em estudo.

Ora, se a contagem da distância num ponto do sudoeste da ilha de São Miguel começar na linha.

Descobertos restos de um enorme barco milenar no fundo do mar Egeu


Um grupo de arqueólogos descobriu em junho passado um navio de grande dimensões com mais de 2.000 anos e com objetos antigos nas profundezas do Mar Egeu, perto da ilha Levita, na Grécia.

Os cientistas acreditam que a embarcação data do século VI a.C, sendo o pilar de arenito encontrado o maior deste material já encontrada no mar Egeu. Tendo em conta o tamanho deste objeto e a época, os especialistas acreditam que se tratava de um barco colossal.
Junto ao barco, a equipa encontrou ainda ânforas datadas do século I e III a.C, que pertenceriam a outros naufrágios e seriam oriundas das cidades de Gnido, Cos, Fenícia, Cartago e a ilha de Rodes. Estes achados mostram ainda que havia já navios no século I a.C a transportar ânforas desde o norte do mar Egeu.
Esta missão faz parte de um projeto de três anos financiado pelo Ministério da Cultura e do Desporto da Grécia, que visa identificar e documentar naufrágios antigos na zona costeira do arquipélago do Dodecaneso, que nos tempos antigos parece ter desempenhado um papel fundamental na navegação no mar Egeu.

Há um mar de partículas de plástico entre as ilhas de Maiorca e Menorca


Uma equipa de cientistas do Centro de Estudos Avançados de Blanes (CEAB), em colaboração com outras entidades científicas locais, detectou a presença de cerca de 752 milhões de partículas de plástico a flutuar no mar que separa as ilhas de Maiorca e Menorca, no Arquipélago das Baleares espanholas.

De acordo com a investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica especializada Environmental Pollution, uma amostra trimestral estudada entre 2014 e 2015 no chamado “Canal de Menorca” permitiu medir a presença destes micro-plásticos. Ao todo, estas partículas pesam 3,7 toneladas.
Segundo a publicação, as maiores concentrações de material plástico foram detectadas durante a Primavera e o Verão, em áreas próximas de Maiorca, indicando uma influência directa da actividade turística neste tipo de poluição marinha.
Embora as correntes e ondas sejam “mecanismos de limpeza muito eficazes em certas épocas do ano, as partículas não desaparecem nem encolhem”. Em vez disso, os micro-plásticos “movem-se simplesmente de uma área para outra”, explicou Luis F. Ruiz-Orejón, cientista do CEAB e autor principal do artigo.
A investigação foi realizada no âmbito do Projecto Nixe III, uma iniciativa multidisciplinar cujos objectivos gerais passam por “aumentar a visibilidade sobre os diferentes problemas que o Mar Mediterrâneo enfrenta”, sendo este especialmente focado para contaminação por plásticos flutuantes na sua zona central e oeste.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Investimento de 3,5 milhões cria em Peniche parque para empresas ligadas ao mar


Um Parque de Ciência e Tecnologia do Mar virado para o acolhimento de empresas na área da investigação e da economia do mar vai ser construído em Peniche, num investimento superior a 3,5 milhões de euros. Denominado SmartOcean, este parque será “um projecto estruturante que promoverá a transferência de conhecimento para o tecido empresarial e a inovação de base tecnológica”, divulgou esta segunda-feira o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), promotor da iniciativa em parceria com a Câmara de Peniche, a Docapesca e o Biocant, um parque de biotecnologia em Cantanhede.

A infra-estrutura tecnológica de acolhimento empresarial focada na economia do mar deverá começar a ser construída em 2020, numa zona com 1500 metros quadrados, junto ao edifício Cetemares, na zona central da cidade de Peniche, no distrito de Leiria.

O projecto foi desenhado para “servir de interface entre os sistemas empresarial e científico” e, segundo o IPL, “será dotado de condições de excelência, em termos físicos e em equipamentos tecnológicos”.

Apresentado publicamente em Peniche, na quinta-feira, durante uma visita da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, o projecto pretende, segundo o coordenador científico, Sérgio Leandro, “captar e reter talentos na região para a região”, estimulando a incubação de empresas no âmbito da aquacultura, biotecnologia, inovação alimentar, turismo costeiro e tecnologias de informação, comunicação e electrónica (TICE).

“O mar não é só fonte de pescado e a economia do mar deve ser baseada no conhecimento e na inovação, com respeito pelos recursos limitados dos oceanos, numa estreita ligação à investigação e ao desenvolvimento socioeconómico”, explicou Sérgio Leandro, vincando o objectivo de, no futuro, o SmartOcean“contribuir para a mudança de paradigma empresarial das comunidades costeiras”.

O parque tecnológico representa um investimento superior a 3,5 milhões de euros, financiado através de fundos comunitários do programa MAR2020 e de fundos próprios da associação que o irá gerir.

Em comunicado, o IPL divulgou esta segunda-feira que o SmartOcean permitirá criar uma relação simbiótica entre o território de Peniche, com uma forte vocação e tradição marítima, a formação superior nas áreas do turismo e ciência e tecnologias do mar, ministrada na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), e da infra-estrutura científica do Politécnico de Leiria dedicada ao mar, o Cetemares, ambos localizados em Peniche.

O “Tesla dos navios” (100% elétrico) chega aos mares este outono


A holandesa Port-Liner está a construir dois cargueiros gigantescos elétricos, chamados de “Tesla dos navios”. Um porta-voz da empresa anunciou que as embarcações vão estar prontas até ao outono e que as suas rotas já foram programadas, pelo canal Wilhelmina, na Holanda.
A expectativa é de que o projecto de 100 milhões de euros, que recebeu um subsídio de 7 milhões da União Europeia, alcance um impacto significativo no transporte marítimo local, do qual fazem parte os portos de Amesterdão, Antuérpia e Roterdão.
Segundo declarações do director-executivo da Port-Liner, Ton van Meegen, ao jornal britânico The Loadstar: “Há cerca de 7.300 embarcações em terra na Europa inteira e mais de 5 mil delas são propriedades de empresários da Bélgica e da Holanda. Podemos construir mais de 500 por ano, mas a esse ritmo demoraria cerca de 50 anos para que a indústria operasse com energia verde”.
É esperado que as primeiras seis embarcações retirem anualmente 23 mil camiões das estradas dos Países Baixos, constituindo uma alternativa com baixo impacto ambiental.
Além da Port-Liner estar a construir as suas embarcações, desenvolveu também a sua própria tecnologia que permite alojar as baterias num contentor. O director-executivo explica que desta forma será possível modernizar os navios que já estão operacionais. “Isso permite-nos modernizar as embarcações que já estão operacionais, o que é um avanço para as credenciais de energia verde do sector. Os contentores são carregados em terra pela fornecedora Eneco, que fornece energia solar, renovável e livre de carbono”.
Os primeiros navios vão começar a navegar até ao final deste ano.

domingo, 4 de agosto de 2019

Tiago Pitta e Cunha integra missão da Comissão Europeia dedicada aos oceanos


O oceano foi considerado como uma prioridade no programa de investigação e inovação da Comissão Europeia para o período de 2021-2027. O "Horizonte Europa" conta com fundos no valor de 100 mil milhões de euros.

presidente executivo da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha, foi selecionado para integrar o Conselho de Missão da Comissão Europeia "Oceanos Saudáveis, Mares, Águas Costeiras e Interiores".

No âmbito do programa de investigação e inovação da União Europeia para o período de 2021-2027 "Horizonte Europa", que conta com fundos no valor de 100 mil milhões de euros, o oceano foi considerado, pela Comissão Europeia, como uma prioridade, a par de outros quatro temas.
"A Fundação Oceano Azul congratula-se com o facto de, pela primeira vez, a Comissão Europeia ter estabelecido um painel com esta importância para o oceano, bem como com a nomeação de dois dos seus membros do Conselho de Administração, Tiago Pitta e Cunha, CEO, e Peter Heffernan, Conselheiro Especial, para integrarem esta estrutura", lê-se no comunicado enviado ás redações.
Pascal Lamy, antigo Comissário Europeu e que foi diretor geral da Organização Mundial do Comércio, irá liderar este Conselho de Missão.
Cada comité de missão é composto por 15 especialistas que, até ao final de 2019, vão identificar o primeiro conjunto de ações possíveis nas respetivas áreas. Além disso, será criada uma assembleia para cada missão, reunindo um número maior de especialistas que possam contribuir com ideias e conhecimentos adicionais para o sucesso das cinco missões.
O programa "Horizonte Europa", estabelecido para 2021-2027, dá continuidade ao programa Horizonte 2020 e é o principal programa de financiamento da ciência, na Europa.

O que é a Fundação Oceano Azul?

Nasceu em 2017, com o objetivo de promover um oceano mais saudável e produtivo através de três principais áreas de ação: literacia, conservação e capacitação, sob o mote "From the ocean"s point of view". Com sede em Portugal, trabalha para o desenvolvimento de uma geração azul, uma nova economia azul e para posicionar o país como líder internacional em questões relacionadas com o oceano. Tem alcance internacional, através de projetos desenvolvidos com outros países, fundações e organizações da sociedade civil, bem como organizações intergovernamentais, como as Nações Unidas e a União Europeia.

Terminal XXI com novo Pré-Aviso de Greve para 12-24 Agosto


Novo pré-aviso de greve para as operações no Terminal XXI, do Porto de Sines: o Sindicato XXI revelou que decidiu, no passado dia 26 de Julho, lançar um novo pré-aviso, fruto de uma «decisão tomada em Plenário de Trabalhadores no dia 31 de Maio».
Foi então lançado «um segundo pré-aviso de greve para o período compreendido entre o dia 12 e 24 de Agosto, para as últimas 3 horas de cada turno», adiantou a entidade sindical. Recorde-se que esta será a segunda acção de protesto: entre os passados dias 2 e 4 de Maio, o Terminal XXI (gerido pela concessionária PSA Sines) foi alvo de paralisação.
«Ruptura total» das negociações entre a PSA/Laborsines e o Sindicato XXI
Entre os fundamentos deste pré-aviso de greve está, explica o sindicato, a «não resolução e aprovação das propostas salariais apresentadas em 9 de Novembro de 2018 dos Departamentos das Operações, Engenharia e Higiene e Segurança e Planeamento», que estiveram na base da primeira greve. Mas não só. Entre as razões está também a «intransigência da empresa nas negociações», que levou à «ruptura total das mesmas».
«A reintegração dos 80 trabalhadores dispensados pela PSA/Laborsines nos meses de Junho e Julho», a «pressão inadmissível e inaceitável por parte de elementos pertencentes à Direcção de Operações e de engenharia junto dos trabalhadores dos departamentos de HST, Planeamento e Engenharia», a «não entrega do relatório prometido com a identificação do responsável pelo descalabro sucedido no plenário de 31 de Dezembro de 2018», a «não resolução das regras do dia de sobreposição do horário em vigor (M/T)» ou o «não cumprimento da lei em vigor sobre os dias seguidos de férias e não cumprimento da cláusula do acordo de Maio 2017 sobre a entrega do mapa de férias no dia 1 de Dez de cada ano», são outros dos fundamentos para o lançamento deste novo pré-aviso de greve.

Dispositivo consegue remover quase 100% do sal da água do mar com energia solar


Cientistas da Universidade Monash, na Austrália, desenvolveram um dispositivo que consegue remover quase 100% do sal da água do mar usando energia solar.

Encontrar formas baratas e práticas de remover o sal da água do mar pode ajudar a salvar cerca de 844 milhões de pessoas espalhadas pelo globo que não têm acesso regular a água potável. De acordo com o Science Alert, cientistas descobriram uma forma de o fazer.

Usando um disco minúsculo feito de papel de filtro super-hidrofílico, revestido com nanotubos de carbono para absorver a luz, a nova técnica funciona apenas com a luz solar, mas também é capaz de remover quase 100% do sal do líquido original.
A nova abordagem, explicada num estudo publicado no final de abril na revista Energy & Environmental Science, é baseada num método tradicional: aquecer a água até que esta vaporize e capturar isso, deixando o sal e as outras impurezas para trás.
Para transformar a água em vapor utilizando a energia do Sol, é necessário usar materiais térmicos solares para converter eficientemente essa energia em calor. Porém, se esses materiais forem cobertos por cristais de sal da água que se evapora, todo o processo pode correr mal.
Felizmente, o novo método conseguiu resolver esse problema com sucesso, mantendo uma taxa constante de evaporação da água à medida que os sais são colhidos e removidos do processo, para evitar que reduzam a sua eficiência.
Segundo o mesmo site, este é um método barato, prático e eficaz. Além disso, como é alimentado pela luz solar, os dispositivos que usam esta técnica podem ser particularmente úteis em lugares sem acesso confiável à eletricidade.
“Os resultados do nosso estudo avançam um passo em direção à aplicação prática da tecnologia de geração de vapor solar, demonstrando um grande potencial em dessalinização da água do mar, recuperação de recursos de águas residuais e zero descarga líquida”, afirma o engenheiro químico Xiwang Zhang, da Universidade Monash, na Austrália.
“Esperamos que esta investigação possa ser um ponto de partida para futuras pesquisas sobre formas energeticamente passivas de fornecer água limpa e segura para milhões de pessoas, iluminando o impacto ambiental de resíduos e recuperando recursos de resíduos”.

Em declarações ao site New Atlas, Zhang explicou que o novo dispositivo é capaz de produzir entre a seis a oito litros de água limpa por metro quadrado da área de superfície por dia. O próximo passo é aumentar essa taxa de produção.

Cruzeiros superam pré-pandemia com 31M de passageiros em 2023

A CLIA -  Cruise Lines International Association (CLIA), o líder da global comunidade de cruzeiros, emitiu o seu Relatório Anual sobre o Est...