terça-feira, 19 de março de 2024

Nas contas finais de 2023, Porto de Sines é o que mais perde.


Os portos do continente, pese o seu crescimento em Dezembro de quase 10% (9,7%), ficou ainda com um resultado negativo de 2,2% de acordo com a AMT - Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.

Nas contas dos portos, Sines foi quem mais perdeu (1,8M Toneladas), com uma variação negativa, de -4,1%. Lisboa, pelo seu lado, foi que subiu mais (695 mil toneladas), com uma variação positiva de +6,5%. Nos restantes portos, a perda foi generalizada, Leixões com variação negativa de -1,5% (231 mil toneladas), Setúbal, com variação negativa de -1,9% (118 mil toneladas), Aveiro com variação negativa de -5,6% (330 mil toneladas), Figueira da Foz com variação negativa de -7,6% (168 mil toneladas) e Viana do Castelo com variação negativa de - 30,2% (133 mil toneladas).

Números finais, Sines com 42,9M de toneladas, Leixões 14,7M, Lisboa, com 11,4M , Setúbal com 6,3 milhões, Aveiro com 5,56 milhões, Figueira da Foz com 2 milhões e finalmente, Viana do Castelo com 307 mil toneladas.

domingo, 17 de março de 2024

Nazaré com investimento de 3,2M€ na aquacultura.

O Porto da Nazaré vai ser alvo de um investimento que vai incidir sobre a área da aquacultura, no valor de 3,2 milhões de euros.

A 1ª fase de construção desta nova unidade pré-comercial já iniciou, sendo provavelmente concluída ainda este ano, algures no decorrer deste 1° semestre.

A futura unidade irá possuir uma área de aproximadamente mil metros quadrados, onde haverá criação de peixes, dentro de um sistema preparado para reaproveitar os seus resíduos, que irão nutrir as plantas cultivadas de forma hidropónica (prática que não usa terra, sendo substituída por uma solução de água enriquecida com nutrientes), que por sua vez, irá purificar a água que retorna aos peixes.

O projecto é desenvolvido pela BGI -  Building Global Innovators e possui como parceiros o nórdico International Development Norway e o Laboratório Colaborativo Food4Sustainability.

Aliança Maersk e Hapag-Lloyd prepara o seu caminho.


O armador alemão Hapag-Lloyd reportou quedas relevantes nos seus lucros em 2023, com receitas caindo para 17,4 bilhões€, de mais de 33 bilhões€ em 2022, e o EBIT caindo para 2,48 bilhões€, de US$  14,3 bilhões€, e a perspectiva de que próximos anos irão ser mais apertados, e até mesmo retornarem. para níveis pré-pandêmicos.

A nova aliança da Hapag-Lloyd e da Maersk, baptizada de Cooperação Gemini, irá iniciar as suas operações neste cenário volátil e adverso, com tensões geopolíticas em várias regiões, aumento de custos através da regulamentação ambiental e a baixa da procura.

Pareceria ser um momento difícil para introduzir um sistema” hub and spoke” ( Um modelo que fornece um meio de distribuição que depende de um local central ( hub) e de vários raios que saem desse hub), que os transportadores não favoreceram no passado.

Os armadores geralmente hesitam no transbordo de carga porque aumenta os custos, porque reduz a confiabilidade e atrasa a entrega da carga, mas a Aliança Gemini está tentando contrapondo essa tendência com um novo tipo de serviço de transbordo, no qual o CEO da Hapag-Lloyd, Rolf Habben Jansen, afirmou que seria um período difícil.

Espera-se que os custos dos serviços Gemini sejam mais baixos porque haverá uma melhor utilização com menos escalas para os navios da linha principal, três em vez de seis, o que reduz a complexidade. Além disso, mais carga pode ser agrupada em hubs, o que significa que se consegue economias através de escala.

Jansen afirmou que as duas linhas, operariam esses serviços sem outras operadoras. Disse ainda que a formação e os processos internos e o ajustamento dos sistemas já começaram, com mais detalhes a chegar em Abril próximo.

“Tanto a Maersk como a Hapag queriam desenvolver o Gemini”, explicou Jansen, “mas a chave da proposta era encaminhar os navios principalmente através de portos e terminais que são controlados por qualquer um dos dois parceiros”, acrescentou Jansen.

Além disso, os “shuttles” não são navios “feeders” tradicionais, irão operar entre um ou dois destinos, Singapura para o Vietname ou Tânger para Le Havre, por exemplo, “para que a fiabilidade possa ser mantida”, explicou Jansen, acrescentando que estes navios serão cerca de 5.000-6.000 teus de capacidade.

Entretanto, o Porto Jade Wesser, na costa alemã do Mar do Norte, tornar-se-á um centro e poderá esperar um aumento significativo no frete de transbordo. Nos EUA, a Hapag-Lloyd pretende consolidar alguns volumes com vários fornecedores, mas Jansen não detalhou estes planos.

 Na medida que são feitos os preparativos para a introdução do Gemini, tornar a rede bem-sucedida tornar-se-á cada vez mais importante num mercado cada vez mais desafiante, as transportadoras terão de cortar custos e atingir os seus objectivos em termos de fiabilidade para atrair transportadores para um serviço premium.

sábado, 16 de março de 2024

Chegou a Gaza navio com ajuda humanitária


Chegou a Gaza, na madrugada da passada sexta-feira, vindo do Chipre, o navio com ajuda humanitária. Foram descarregadas, durante a noite, cerca de 200 toneladas de alimentos.

Este navio faz parte de uma iniciativa da Comissão Europeia (CE) em conjunto com outros países como a Alemanha, Chipre, Grécia, Itália, Países Baixos, entre os Estados-membros, e os Emirados Árabes Unidos, os Estados Unidos e Reino Unido.

A ajuda já foi descarregada, mas ainda não se sabe como será distribuída pelo povo palestiniano.

A população de Gaza está a sofrer uma crise humanitária sem precedentes, estando a ser afectada por destruição generalizada das habitações, o colapso dos hospitais, o surgimento de epidemias e a escassez de água potável e comida, o que já causou a morte de pelo menos 18 menores por subnutrição.

Soluções para os oceanos têm de incluir mulheres e indígenas, diz director da Commonwealth


O director para os oceanos e recursos naturais da Commonwealth afirmou que os desafios relacionados com a saúde oceânica só podem ser ultrapassados se o Sul Global, as comunidades indígenas e as mulheres forem incluídas na discussão.

Num painel à margem da Conferência Mundial dos Oceanos, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, Nicholas Hardman-Mountford relembrou que a maior parte dos oceanólogos estão nos Estados Unidos e na Europa e que “as mulheres recebem menos bolsas de investigação e estão em menos comités de decisão”.

Para o especialista, esta situação pode implicar perda de conhecimento em certos pontos do globo, nomeadamente onde as comunidades indígenas são as dominantes. Por isso, a Commonwealth “tem procurado soluções, como os sensores ‘low-cost’ que foram enviados para países no Pacífico para monitorizar a acidez dos oceanos”.

No palco estava também o director do Observatório Brasileiro para as Política Marítimas. André Beirão acrescentou que, para haver uma solução, políticos, investigadores e indústria têm de se entender no diálogo.

"O diálogo entre a ciência dura dos cientistas e a governação política não é assim tão fácil. Cada um deles pensa que pode resolver o problema. Mas têm de trabalhar em conjunto. E temos de apontar um terceiro aspecto – a indústria. Não querem falar de políticas se não lhes derem dinheiro”, detalha

Neto de Jacques Cousteau defende que é preciso "dar voz" aos oceanos

Jacques Cousteau foi o primeiro a chamar a atenção pública para o aquecimento e poluição do mar, tema que 40 anos mais tarde também é defendido pelo neto. Os especialistas alertam que é preciso repensar as leis e apostar na exploração para preservar os oceanos.

O explorador marítimo e cineasta Fabien Cousteau diz que é preciso apostar na exploração dos oceanos para conseguir a sua preservação. De visita a Lisboa, para o World Ocean Summit, o especialista e neto de Jacques Cousteau alertou também para a urgência de colocar os oceanos no centro do debate climático.

Fabien Cousteau herdou o interesse pelos oceanos do avô Jacques Cousteau, o famoso explorador francês, que dedicou a vida ao estudo dos oceanos. Jacques Cousteau foi o primeiro a chamar a atenção pública para o aquecimento e poluição do mar, tema que 40 anos mais tarde também é defendido pelo neto.

“Falamos sobre qual será o benefício para a humanidade, mas não falamos sobre o que é intangível, não falamos sobre como é respirar, quanto custa isso? […] No final de contas ninguém está a representar o oceano”, afirma Fabien Cousteau.

Os especialistas alertam que é preciso repensar as leis e apostar na exploração para preservar os oceanos. O oceano ocupa quase 99% do globo, no entanto, apenas 7% desta área é conhecida, tendo as organizações internacionais têm um papel central no incentivo ao estudo e à protecção.

Cerca de 90% do território português está no mar, tendo o país tem uma das maiores zonas económicas exclusivas do mundo e, por isso, Portugal pode ter um papel de destaque no contexto internacional.

As Nações Unidas definiram como meta a proteção de 30% dos oceanos até 2030.

O World Ocean Summit teve como objectivo debater e promover a conservação marítima, e este ano, Lisboa foi a cidade escolhida para receber esta que é uma das principais cimeiras mundiais sobre o oceano.

Ocean Alliance com recorde em plena crise do Oriente Médio


Os armadores CMA CGM, Cosco Shipping Lines, Evergreen Line e OOCL, membros da Ocean Alliance, que renovaram recentemente o seu compromisso de parceria, lançaram a sua nova versão de rede global de serviços marítimos.

Para fazer uma comparação, em 2020,  ano de pandemia, a quantidade de serviços conjuntos das quatro companhias marítimas ascendeu a 38, sendo que actualmente são  34. A diferença é ainda maior com o programa conjunto Ocean Alliance que entrou em funcionamento em janeiro de 2023. Esse pacote aumentou os serviços para 40. 

Os serviços cancelados são os RES1 e RES2, que faziam viagens de ida e volta dos portos da China ao Médio Oriente, passando por Singapura, Iémen e Djibuti. A aliança também eliminou do seu portfólio de serviços, uma das sete rotas entre a China e os portos do norte da Europa, bem como um dos serviços transpacíficos entre a China e a América do Norte, e outro entre a Ásia e os portos dos países do Golfo. e Médio Oriente. Desta forma, de acordo com os membros da Ocean Alliance, a nova estrutura de serviços oferecerá soluções optimizadas para o transporte de mercadorias com especial foco nas rotas de e para a Ásia.

A nova estrutura, incide em seis serviços Ásia-Norte da Europa; quatro Ásia-Mediterrâneo; 20 transpacíficos, dividindo-os em oito entre a Ásia e a costa leste dos Estados Unidos e os 12 restantes entre a Ásia e a costa oeste dos Estados Unidos e Canadá. Haverá também dois serviços transatlânticos entre o norte da Europa e os portos da América do Norte e mais três serviços entre a Ásia e o Golfo Pérsico. O novo programa irá apontar 321 navios porta-contentores, dos quais 119 serão do grupo francês. Isto se traduzirá em uma capacidade total de aproximadamente 4,5 milhões de Teus.

Apesar da reestruturação, o armador francês garante que continuará a “oferecer aos seus clientes a mais elevada qualidade de serviço” e reconhece as tensões na cadeia de abastecimento devido ao desvio pelo Cabo da Boa Esperança, devido à “situação instável” naquela zona do Médio Oriente. Por isso, o armador afirma estar intensificando a coordenação com os seus parceiros e adaptando as rotações. 

“Isso manterá os mesmos elevados níveis de visibilidade, confiabilidade e pontualidade, que são os pontos fortes da Ocean Alliance”, afirma a CMA CGM. Este ano é o oitavo ano consecutivo que a aliança lança este tipo de serviço e o anúncio surge dias depois de tomar conhecimento da renovação do seu acordo por mais cinco anos, que entrará em vigor a partir de abril deste ano.

Nas contas finais de 2023, Porto de Sines é o que mais perde.

Os portos do continente, pese o seu crescimento em Dezembro de quase 10% (9,7%), ficou ainda com um resultado negativo de 2,2% de acordo com...