domingo, 16 de dezembro de 2018

2018 foi o segundo ano mais quente no Ártico desde que há registo


Este ano, 2018, foi o segundo mais quente no Ártico desde 1900, quando começou a haver registos das temperaturas, aponta um relatório esta semana divulgado.
Em 2018, a temperatura esteve 1,7 graus Celsius mais elevada do que a média dos últimos 30 anos e o aquecimento global foi duas vezes mais rápido do que a média mundial. O recorde absoluto data de 2016.
Os cinco anos mais recentes foram os mais quentes desde que há registos, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), que coordenou um relatório de referência, escrito por mais de 80 investigadores de 12 países.
Aquele organismo depende directamente da administração do presidente norte-americano, Donald Trump, que em Novembro rejeitou um relatório sobre os efeitos das alterações climáticas, da responsabilidade de investigadores federais. Apesar disso, a NOAA publicou este ano a 13.ª edição do relatório sobre o Ártico.
Fonte: ZAP

Metade desta ilha foi engolida pelo oceano em apenas 20 anos


Em apenas 20 anos, a ilha de Ghoramara, na Índia, viu a sua área reduzida para metade. O motivo: a subida do nível das águas que surge em consequência directa do fenómeno das alterações climáticas, confirmam os especialistas ouvidos pela Reuters. A população da ilha de 4,6 quilómetros quadrados sente-se ameaçada. “Se um tsunami ou um grande ciclone atinge esta ilha, nada resistirá”, explicou à agência noticiosa Sanjib Sagar, o líder da única aldeia existente no território. Por esse motivo, e porque a salinização das áreas de terra cultivável está a comprometer a produção agrícola, parte da população pensa em partir. “Todos os anos, as marés invadem a minha quinta e destroem o meu cultivo”, explica Mihir Kumar Mondal, agricultor. Apenas o sector piscícola parece tirar vantagem desta transformação geográfica.

Sheikh Aftab Uddin, um dos 4700 habitantes de Ghoramara, garante que trocaria de morada se o estado interviesse e apoiasse a sua transferência para outro local – o que, apesar dos esforços da população nesse sentido, não parece estar ainda previsto. À semelhança da maioria dos ilhéus, Sheikh não dispõe de recursos financeiros para a mudança, o que torna imperativa a intervenção estatal. De acordo com os especialistas ouvidos pela Reuters, um dia, todos habitantes terão mesmo de deixar as suas casas e partir para outros locais. Porque o futuro é inevitável.

Cidade ecológica vai nascer do oceano nas Maldivas


Os centros urbanos dos países industrializados necessitam de se tornar mais eficientes no aproveitamento energético, para reduzir o impacto ambiental das actividades diárias de uma grande cidade. Mas também os países pequenos podem aproveitar todas as evoluções tecnológicas para ficarem menos dependentes de importações energéticas, ao mesmo tempo que contribuem à sua maneira para reduzir as emissões de carbono. E é nas Maldivas que vai surgir um dos projectos urbanísticos mais ambiciosos dos últimos tempos, com a criação de uma cidade ecológica.
Chamada Ocean’s Heaven, esta cidade vai ser construída completamente de raiz. O projecto foi concebido pela CAA Architechs e vai ser construído pelo Beijing Urban Construction Group, duas firmas chinesas contratadas pelo governo das Maldivas. A cidade vai ser construída em terra reclamada ao mar, ocupando uma área de 60 mil metros quadrados no atol de Hulhumalé, junto ao actual aeroporto internacional que serve este arquipélago do Oceano Índico.
O projecto de Ocean’s Heaven inclui um centro de apoio ao aeroporto, um centro de negócios internacional, centro de convenções, praça central de transportes públicos, duas zonas de comércio, um hotel de luxo centrado em negócios, uma zona cultural com fachada para o oceano e outros serviços. O complexo de edifícios foi pensado para acumular energia, obtida unicamente a partir de energias renováveis, nomeadamente energia solar e maremotriz. Também vai captar água de chuva, já que água potável é um dos recursos mais escassos em ilhas pequenas.
A primeira fase de construção deverá estar pronta em 2021. Ao fazer esta cidade, as Maldivas esperam inspirar o mundo a adoptar formas mais eficientes de consumir energia nas cidades. Ilhas de baixa altitude, muitas delas no formato de atol, são bastante vulneráveis à subida do nível do mar, correndo o risco de desaparecer completamente sob as ondas em caso de aumento global da temperatura média.
Fonte: Motor24

Químicos do plástico diluem-se nos Oceanos e afectam a vida marinha


Estudo científico indica que as alterações no comportamento dos animais marinhos os deixa vulneráveis a ataques dos predadores

Que o plástico afecta o ambiente, o ecossistema e a vida animal já não há dúvidas. Vamos é sabendo ao poucos de que forma e influi em cada espécie através de estudos científicos.

Esta semana foi publicada mais uma investigação que mostra como “esse mal dos males” constrange a existência dos caracóis marinhos (em Portugal também conhecidos como burriés) e os deixa à mercê dos seus predadores.

De acordo com os resultados publicados no jornal científico Biology Letters, os químicos libertados pelo plástico atacam a capacidade dos caracóis marinhos perceberem quando os caranguejos, por exemplo, se aproximam. O normal seria encolherem-se para dentro da sua concha quando detectam perigo, mas a “pegada” química deixada pelo plástico impede que consigam sentir a aproximação do seu caçador.
Os cientistas dizem que “desprovidos da sua capacidade de descortinar o perigo que se aproxima”, estes animais ficam “vulneráveis”.
O plástico está espalhado por todos os Oceanos e os seus efeitos nefastos têm sido visíveis, nomeadamente quando temos notícias de baleias ou tartarugas mortas com estômagos cheios de sacos. No entanto, estes plásticos também contêm vários químicos tóxicos, incluindo aditivos usados na sua produção, além de outras substâncias que absorvem do meio ambiente, que são deixados no mar e prejudicam várias espécies mais pequenas.
“Este é o primeiro estudo deste tipo, que olhou não apenas para a biologia de uma espécie, mas também para as interacções entre a presa e o predador”, disse o professor Laurent Seuront, coordenador do estudo, ao jornal The Independent.

Cruzeiros superam pré-pandemia com 31M de passageiros em 2023

A CLIA -  Cruise Lines International Association (CLIA), o líder da global comunidade de cruzeiros, emitiu o seu Relatório Anual sobre o Est...