domingo, 16 de dezembro de 2018

Químicos do plástico diluem-se nos Oceanos e afectam a vida marinha


Estudo científico indica que as alterações no comportamento dos animais marinhos os deixa vulneráveis a ataques dos predadores

Que o plástico afecta o ambiente, o ecossistema e a vida animal já não há dúvidas. Vamos é sabendo ao poucos de que forma e influi em cada espécie através de estudos científicos.

Esta semana foi publicada mais uma investigação que mostra como “esse mal dos males” constrange a existência dos caracóis marinhos (em Portugal também conhecidos como burriés) e os deixa à mercê dos seus predadores.

De acordo com os resultados publicados no jornal científico Biology Letters, os químicos libertados pelo plástico atacam a capacidade dos caracóis marinhos perceberem quando os caranguejos, por exemplo, se aproximam. O normal seria encolherem-se para dentro da sua concha quando detectam perigo, mas a “pegada” química deixada pelo plástico impede que consigam sentir a aproximação do seu caçador.
Os cientistas dizem que “desprovidos da sua capacidade de descortinar o perigo que se aproxima”, estes animais ficam “vulneráveis”.
O plástico está espalhado por todos os Oceanos e os seus efeitos nefastos têm sido visíveis, nomeadamente quando temos notícias de baleias ou tartarugas mortas com estômagos cheios de sacos. No entanto, estes plásticos também contêm vários químicos tóxicos, incluindo aditivos usados na sua produção, além de outras substâncias que absorvem do meio ambiente, que são deixados no mar e prejudicam várias espécies mais pequenas.
“Este é o primeiro estudo deste tipo, que olhou não apenas para a biologia de uma espécie, mas também para as interacções entre a presa e o predador”, disse o professor Laurent Seuront, coordenador do estudo, ao jornal The Independent.

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