Portal do Mar

sábado, 29 de julho de 2017

Europeus entendem alterações climáticas no oceanos mas acreditam que pouco vai mudar


Os europeus estão relativamente bem informados sobre o impacto das alterações climáticas nos oceanos, mas uma grande percentagem acredita que até 2100 nada de especial vai acontecer e defende uma melhoria na explicação da ciência ao público.
Um estudo envolvendo 10.000 europeus de 10 países, e que ontem foi publicado na revista “Frontiers in Marine Science”, indica que 54% dos cidadãos europeus acredita que os humanos influenciam apenas parcialmente ou não influenciam as alterações climáticas.
E embora a maioria dos inquiridos esteja relativamente bem informada “um número surpreendente está mal informado, ou mesmo desinformado, revelando uma grande falha na comunicação das alterações climáticas à população”, disse um dos autores do trabalho, Carlos Duarte, director do Centro de Pesquisa do Mar Vermelho, na Arábia Saudita.
Muitos dos entrevistados que pensam que estão bem informados sobre alterações climáticas acreditam que o pior que pode acontecer até 2100 já aconteceu, como perda de gelo no Ártico ou o aumento da temperatura do mar. “Isso é muito perturbador porque se essas mudanças já ocorreram nas suas cabeças o que é que os pode incentivar a exigir medidas de prevenção” das emissões de gases com efeito de estuda, questionou o responsável.
Ainda de acordo com o inquérito, a opinião pública europeia considera a poluição como o impacto humano mais grave nos oceanos, mas está mal informada sobre a acidificação da água causada pelas emissões de dióxido de carbono.
O derretimento do gelo nos pólos, as inundações nas zonas ribeirinhas, o aumento do nível do mar e situações climáticas extremas são motivo de preocupação. Mas países que já enfrentam problemas desses, como a subida das águas na Holanda ou a perda de gelo na Noruega, são também os menos preocupados com o impacto das alterações climáticas.
O estudo mostra ainda que as pessoas mais conscientes e mais preocupadas são as que vivem mais perto do mar, as mulheres, os habitantes dos países do sul da Europa e as pessoas com mais idade.~
Fonte: Dnoticias
 
  

- julho 29, 2017 Sem comentários:
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Almada Atlântica: a exposição sobre o fundo do oceano


A mostra assinala o dia Mundial da Conservação da Natureza e apela à preservação dos habitats e espécies existentes ao longo da costa
A iniciativa da Câmara Municipal de Almada convida os visitantes a "darem um mergulho" no oceano e a conhecerem a outra face da costa da cidade, que vai além das praias de areia branca. A exposição "Almada Atlântica - um mergulho no oceano" é inaugurada na passada sexta-feira e assinala o dia Mundial da Conservação da Natureza.
A mostra é composta por fotografias recolhidas na região, por fotógrafos de natureza prestigiados, jogos interactivos e esculturas feitas a partir de lixo marinho, assinadas pelo artista Xandi Kreuzeder, do projecto Skeleton Sea. Além de guiar os visitantes pela natureza submersa da frente atlântica de Almada, a iniciativa lança também o apelo à conservação dos habitats e espécies que se escondem do olhar humano ao longo da costa.
A exposição, integrada na Estratégia Local de Educação para a Sustentabilidade, pode ser visitada até Março de 2018, sendo que ao longo desse período serão dinamizados encontros e actividades educativas sobre a temática dos oceanos. A iniciativa conta com o apoio de entidades como a National Geographic Portugal e o Aquário Vasco da Gama, entre outros. A mostra tem lugar no Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental da Costa da Caparica (CMIA).

Fonte: DN

- julho 29, 2017 Sem comentários:
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Ministra só decide sobre o futuro dos Portos do Algarve depois das Autárquicas


A ministra do Mar garantiu que não haverá decisões sobre o futuro dos Portos de Portimão e Faro «antes de Outubro» e que tudo depende, ainda, da análise que vier a ser feita pelas diversas entidades envolvidas no projecto “Portos do Algarve”.
«Esta é uma matéria que, como já foi anunciado, terá de ser analisada com a AMAL e com todos os municípios algarvios. Teremos que encarar toda esta área no âmbito do projecto piloto que é o dos Portos do Algarve. Não será a dois meses de eleições que vamos tomar uma decisão», disse Ana Paula Vitorino, à margem de uma sessão de assinatura de protocolos em Olhão.
Em Dezembro, a ministra veio ao Algarve anunciar a criação de uma nova estrutura, denominada Portos do Algarve, que englobará todos os portos comerciais, marinas e portos de recreio da região. Os “accionistas” desta nova entidade são os 16 municípios algarvios que constituem a AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, a Docapesca e a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS).
O processo, garantiu na altura Ana Paula Vitorino, é liderado pela AMAL, que terá «sempre a presidência dessa entidade, seja qual for a sua natureza jurídica».
Em Portimão, há já um projecto consolidado, ligado ao seu Porto de Cruzeiros. «Aquilo que está previsto, a não ser que haja alteração definida pela região, é que, relativamente a Portimão, seja dado um enfoque muito maior na parte dos cruzeiros. Será uma aposta forte no aumento dos cruzeiros, mais do que triplicando os passageiros, no horizonte até 2030», disse a ministra, em Dezembro.
Para conseguir isso, estão previstos «quase 20 milhões de euros de investimento, todo ele investimento público, cerca de metade proveniente de fontes nacionais [Porto de Sines] e a outra metade de fundos comunitários, que também já estão garantidos pelo Compete».

Em Faro, «o que está em cima da mesa é uma proposta de transformação do porto comercial numa zona de marina, ligada à náutica de recreio», disse, na altura, Ana Paula Vitorino.
Foi neste âmbito que surgiu a proposta FarFormosa, apresentada em conjunto pelo Centro de Ciências do Mar e pela Câmara de Faro no âmbito de um levantamento de ideias levado a cabo pela comissão instaladora da Portos do Algarve.
Este plano prevê a criação de um espaço que junta no mesmo espaço espaços de investigação científica, de ensino e de incubação, com um aquário associado, e uma marina, hotéis e uma zona de residências assistidas. Mas, como ficou bem claro num debate sobre esta «visão» da autarquia e do centro de investigação farenses, tudo depende da avaliação que se vier a fazer.
Segundo revelou a ministra do Mar, «a Docapesca está a analisar o processo, como outros, em Vila Real de Santo António e em mais concelhos».
«Há questões que são inequívocas, outras não o são, dependem de opções de ordenamento do território e urbanísticas dos municípios», concluiu a Ana Paula Vitorino.
Fonte: Sul Informação 



- julho 29, 2017 Sem comentários:
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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Portugal é um paraíso do surf ao alcance de todos


O surf está na moda em Portugal e a nossa costa é notícia a nível mundial pela qualidade das suas ondas. Conheça aqui alguns destinos de surf em Portugal
Agosto é sinónimo de mês de férias para milhares de portugueses espalhados pelo mundo, entre os quais muitos com ‘juventude’ suficiente para se iniciarem numa modalidade que é uma forma de desporto saudável, divertida e ao alcance de qualquer um. O surf em Portugal está na moda, a nossa costa é notícia a nível mundial pelas suas ondas, depois da publicidade do ‘canhão da Nazaré’, registado no livro Guinness por causa do recorde protagonizado pelo norte-americano Garrett McNamara, que em Novembro de 2011 surfou uma onda com 23,77 metros na praia do Norte.
A publicidade mundial a este feito levou à existência actual de 611 empresas a operar na área do surf, ou seja, muito mais que as 586 que havia. Os números são da Secretaria de Estado do Turismo, referindo que o desporto continua a ser prioridade na comunicação do destino ‘Portugal’ a nível mundial.
Portugal é assim já considerado um dos melhores países da Europa para o surf. Peniche, Ericeira e Nazaré estão entre os destinos mais procurados, mas são também muito procuradas as ondas nos concelhos de Cascais e Viana do Castelo, na Costa Vicentina e nos Açores.
Desde Sagres, na ponta sul “onde o mar acaba e a terra começa”, à Arrifana, na Costa Vicentina rodeada por falésias e a passos de uma pequena aldeia piscatória, a praia da Arrifana é um destino popular entre surfistas e bodyboarders. A Praia do Amado, também na Costa Vicentina, é outra das melhores zonas de surf de Portugal graças às suas correntes fortes e ondas íngremes, e a praia do Amado é regularmente anfitriã de competições internacionais e é muito popular durante o verão. 
Mais perto de Lisboa, a Praia de Carcavelos, no concelho de Cascais, a apenas 24 quilómetros de Lisboa, é uma das mais populares e concorrida. Na Ericeira, uma vila piscatória no concelho de Mafra, a norte de Lisboa, há bons locais de surf por onde escolher, como Ribeira d’Ilhas, S. Lourenço, Coxos, Pedra Branca ou a Foz do Lizandro.
Os casos da Nazaré e de Peniche
A Praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, é outro local de eleição, segue-se depois Espinho, que ao longo dos anos tem-se tornado muito popular para quem quer passar uns dias ao sol. Na Pérola do Atlântico, a Madeira, Paúl do Mar também conhecida como Ribeira das Galinhas, é praia calma e escondida, numa zona bastante remota da ilha. 
Mas a mais mítica é talvez a Supertubos, conhecida em todo o mundo pelas suas ondas poderosas, e a que muitos surfistas chamam a ‘European Pipeline’. A Praia do Norte na Nazaré ganhou fama pelas suas ondas gigantes, especialmente depois de Novembro de 2011. 
As praias de Peniche também ajudam a erguer a reputação de Portugal como uma das ‘capitais’ do surf europeu. Peniche fica localizado na rica região do Oeste de Portugal, a cerca de 90 quilómetros a norte de Lisboa. Hoje em dia com o declínio das actividades piscatórias o concelho tem apostado na horto fruticultura e no turismo. Com uma localização ideal para o surf, este desporto tornou-se importante para o futuro do concelho e da região. Peniche é umas das regiões de surf mais importantes de Portugal e para muitos actualmente a verdadeira capital do surf. 
O surf é praticado aqui desde o final do anos 60 e início dos anos 70, quando os primeiros surfistas locais começaram a praticar este desporto nos picos do Molhe Leste e do Baleal. Antes disso existem registos de surfistas estrangeiros a viajarem pela costa portuguesa e que identificaram as penínsulas do Baleal e Peniche como locais de excelência para a pratica do surf.
Desde esses primórdios o surf cresceu extraordinariamente e faz actualmente parte do quotidiano em Peniche e Baleal com actividades desde a reparação e fabrico de pranchas de surf e bodyboard, lojas de surf, escolas de surf e ‘surf camp’s’ até mesmo alojamentos idealizados precisamente para surfistas de todo o mundo e, claro, o clube de surf de Peniche.
E para os principiantes...
As escolas de surf são a porta de entrada para os iniciantes da modalidade. E com pessoal qualificado e entusiasta do surf, há muitos locais perfeitos para começar a conhecer-se as ondas, ambientar à prancha e ganhar alguma autoconfiança.
O que vai aprender se for um principiante? Desde a introdução ao tipo de equipamento a utilizar, aos aspectos de segurança e como se formam as ondas nos oceanos. Depois a colocação do corpo na prancha, como remar, manusear e sentar na prancha. Como passar a rebentação e lidar com as espumas, além de iniciação às técnicas do ‘take off’ (pôr de pé em cima da prancha).
O Baleal Surf Camp foi o primeiro ‘surf camp’ português e começou a sua actividade junto do pico do Cantinho da Baía. Actualmente existem dezenas de escolas de surf e surf camps a operar na região, sendo frequente ver escolas e clubes de França e Espanha deslocarem-se à zona de Peniche para realizarem semanas de treino. É uma tradição longa do Baleal Surf Camp acolher famílias de todo o mundo para umas férias de surf.
Fonte: Mundo Português 


- julho 27, 2017 Sem comentários:
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Os portugueses são o povo europeu que come mais peixe. Porquê?


Mar azul no horizonte, pé na areia e um peixe grelhado na brasa. Para muitos, a definição perfeita de um almoço de férias. A trabalhar com este alimento há 30 anos, Miguel Reino, proprietário do restaurante Aqui Há Peixe, tem clientes que o procuram o ano inteiro, mas no verão, partilha, vêm sempre mais pessoas. “Pela maresia, pelo contexto”, o peixe grelhado apetece mais com os ares estivais, quando o bom tempo chega e pede uma ementa a combinar com a época balnear. Miguel tem uma elevada percentagem de clientes regulares — alguns ainda do tempo do Aqui Há Peixe na praia do Pêgo, antes de se ter mudado, há nove anos, para o cosmopolita Chiado. Ali, regressam “clientes de Hong Kong, que vêm a Portugal jogar golfe duas vezes por ano”, mas também há comensais “de Évora, do Porto e do Algarve” que não se importam de se meter no carro e percorrer centenas de quilómetros para comer “um cherne, um pregado grande, um imperador ou um robalo bem fresco”.
Reino conhece bem o apetite dos portugueses pelo peixe. Esse apetite tão voraz que, assegura a FAO (a Organização da Alimentação e Agricultura das Nações Unidas), faz de nós o terceiro consumidor mundial de peixe — apenas ultrapassados pela Islândia e pelo Japão. Consumimos mais de 55 kg de peixe per capita num ano, mais do dobro da média dos cidadãos europeus, que se fica pelos 22,3 kg. As espécies mais consumidas são a sardinha, o carapau, o polvo, a pescada e o peixe-espada — e o polvo destronou a sardinha pela primeira vez, o ano passado. Ao todo, são umas impressionantes 600 mil toneladas de peixe que os portugueses consomem por ano, entre peixe fresco e congelado. O que coloca um problema: o consumo nacional é superior àquilo que a nossa frota pesca dentro da UE. E isso torna-nos dependentes da importação. A partir de 1 de abril, deixámos de ter peixe próprio para satisfazer os níveis de procura interna — facto agravado com o aumento de turistas, que também veem no peixe grelhado um elemento de cultura local.
A escassez de espécies marinhas é um facto consumado a nível mundial. O estudo “The Sea Around Us”, realizado entre 1950 e 2010 e publicado na revista “Nature”, em 2016, demonstra que a captura de peixe decresceu à razão de 1,22 milhões de toneladas por ano desde 1996. Miguel Reino sabe que trabalhar com peixe é hoje mais difícil e mais caro, e que o futuro reserva desafios. “Usamos muito peixe novo dos Açores, que tem mares mais limpos, como bicudas”, conta... “Em agosto, por exemplo, é muito difícil arranjar peixe em Lisboa, porque vai todo para os apoios de praia.” Também já se rendeu à evidência de que “a aquacultura é o futuro”. Só esta poderá saciar o apetite mundial por peixe. Defende que, hoje em dia, já não é linear “distinguir um peixe selvagem ou de aquacultura pelo sabor, dependendo da sua origem e da forma como as espécies são alimentadas”. “Zé Camarão”, como é conhecido em Sesimbra José Filipe Batalha Pinto, o dono do restaurante O Velho e o Mar, concorda: “O nosso peixe de viveiro é muito bom, é quase igual ao do mar”, no que toca o sabor. “Não tem nada a ver com o da Grécia, que é muito mais barato”, e que inunda as grandes superfícies nacionais. Só assim se pode fazer face à procura crescente de peixe, que “aumenta cerca de 30% nos meses de verão, entre clientes nacionais e estrangeiros”, considera.
Em 2013, a produção de peixe de aquacultura totalizou qualquer coisa como dez mil toneladas em Portugal. Mas poderia chegar facilmente às 100 mil, se “fossem aproveitados seis mil hectares de salinas abandonadas”, garantia Fernando Gonçalves, secretário-geral da Associação Portuguesa de Aquacultores (APA). A verdade, contudo, é que um robalo ou uma dourada demoram um ano e meio a passarem dos 10 gramas com que chegam aos 400 gramas com que podem ser comidos no restaurante. Ou seja, estamos muito longe da produtividade dos aviários...
Portugal acompanha a tendência mundial de aumento do consumo de peixe. As vantagens nutricionais deste alimento, sobretudo relativamente à carne, para isso contribuem. Lípidos, proteínas e outros nutrientes como os ácidos gordos polinsaturados ómega-3 são alguns dos seus benefícios. Contudo, em 2016 transacionou-se menos peixe nas lotas nacionais — 104 mil toneladas — do que no ano anterior (118 mil toneladas). Mas o valor das vendas aumentou, passando de €195 milhões de euros para €202 milhões de euros. Come-se hoje em Portugal menos peixe do que em 2011, quando se consumiram 127 mil toneladas, mas a refeição é mais cara. E o custo aumenta ainda mais no verão.

O MELHOR PEIXE DO MUNDO

Quando o gastrónomo José Bento dos Santos coordenou o livro “O melhor peixe do mundo”, em 2012, fê-lo por considerar que fazia falta registar um facto de exceção do nosso país, nem sempre devidamente valorizado. Oceanógrafos e biólogos marinhos, dos Açores e não só, discorreram sobre as condições naturais do nosso mar, que conjuga “planura, profundidade, temperatura e biodiversidade”, para explicar a qualidade do pescado português. Além disto, Bento dos Santos chama a atenção para factos que comprovam a cunhagem desta expressão: uma, a de chefes de renome internacional como Ferran Adriá que admitiram, em entrevista ao Expresso em 2011, que “o peixe português é o melhor do mundo”; outra, a do melhor restaurante de Nova Iorque, o Per Se, abastecer-se de peixe português, religiosamente transportado de avião. Nas “centenas de restaurantes” onde comeu por este mundo fora, provando peixe de vários oceanos, rios e lagos, garante “nunca” ter provado peixe “com músculo semelhante ao nosso”. “Como é que sabemos que estamos a comer o melhor peixe do mundo?”, questiona. “É como dizia aquele chefe: parece que temos o Oceano Atlântico a entrar pela boca dentro. O nosso peixe é tão bom que nunca precisámos de criar uma receita para ele. Basta grelhá-lo.”
Fonte: Expresso
- julho 27, 2017 Sem comentários:
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Rações para “Peixes do Futuro”


Investigadores do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) em cooperação com o CSIC (Espanha) concluíram que os ingredientes utilizados em Aquacultura podem ser substituídos por ingredientes de origem vegetal, sem que isso prejudique o crescimento do pescado ou comprometa a qualidade do mesmo. É mais um passo que a ciência dá no caminho da aquacultura sustentável.
Os cientistas descobriram que a adição de suplementos de butirato nas rações de peixes ajudam a preservar a função intestinal na dourada que é alimentada à base de rações vegetais. A investigação foi liderada por equipas do Instituto de Aquicultura Torre de la Sal (IATS-CSIC), em colaboração com os cientistas da Norwegian University of Life Sciences e CCMAR, em estreita cooperação com parceiros industriais (BIOMAR, NOREL).
O estudo foi conduzido no âmbito dos projectos AQUAEXCEL, AQUAEXCEL2020 e ARRAINA, todos eles financiados pela União Europeia.
As rações de aquacultura à base de vegetais são vistas como mais sustentáveis do que as produzidas à base de farinha peixe. Contudo, embora em algumas espécies não haja registo de limitações, noutras verificou-se uma diminuição na eficiência com que digerem alimentos, aumentando a susceptibilidade a doenças e stress.
O butirato de sódio é um dos aditivos alimentares mais promissores a ser utilizados na aquacultura para evitar efeitos adversos. O cientistas explicam que este sal de ácido gordo de cadeia curta é produzido por fermentação bacteriana de carbo-hidratos não digeridos. Os estudos conduzidos possibilitaram aos cientistas definir a dose mais efectiva de butirato para a dourada, tendo por base o desempenho do crescimento e as medidas da função intestinal, arquitectura e permeabilidade.
A dourada, espécie que serviu como teste e à qual foi administrado o suplemento de butirato, apresentou menos problemas intestinais do que outras espécies quando submetidas a dietas vegetais, descoberta essa que foi suportada por várias abordagens de diferentes equipas dos projectos.
A investigação levada a cabo cruza diversas áreas de investigação e só foi possível graças à interacção transfronteiriça que permitiu a troca e partilha de conhecimento entre os vários centros parceiros dos projectos, onde se inclui o CCMAR.
Fonte: Região Sul
- julho 27, 2017 Sem comentários:
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Organizações exigem posição firme contra mineração no Mar

O apelo surge na fase de preparação do encontro anual da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, a decorrer de 7 a 18 de Agosto, na Jamaica.


A "Seas at Risk", uma associação europeia de organizações não-governamentais (ONG) dedicadas à defesa de questões ambientais, exige ao Governo que tome uma posição contra a mineração em águas profundas. O apelo surge na fase de preparação do encontro anual da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, a decorrer de 7 a 18 de Agosto, em Kingston, capital da Jamaica.
Para a associação europeia, o executivo deve assegurar que a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos aplica "o princípio da precaução e que determina o fim dos trabalhos de prospecção e exploração de minérios em curso actualmente".
A próxima sessão anual da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, entidade responsável pela regulamentação da exploração dos fundos marinhos e subsolo que estão para além da jurisdição nacional de um país, terá lugar em Agosto. No encontro, serão votadas possíveis reformas da própria instituição e dos procedimentos ambientais internacionais.
A "Seas At Risk" já tinha apelado para o fim da mineração em águas profundas na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas no início de Junho.
O GEOTA, a LPN, a Quercus e a Sciaena solicitaram ainda ao Governo uma reunião para expor as suas ideias e preocupações. Para estas ONG, há vários argumentos contra a mineração de fundos marinhos e a favor da aposta numa economia que respeite os ecossistemas e a biodiversidade nos fundos marinhos.
A mineração em mar profundo contraria as metas definidas na Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030. O impacto ambiental negativo destas actividades pode ser irreversível.
A "Seas At Risk" é composta por organizações como o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), a Liga Para a Protecção da Natureza (LPN), a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e a Sciaena – Associação de Ciências Marinhas e Cooperação.
Fonte: RR

- julho 27, 2017 Sem comentários:
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Javali resgatado a 300 metros da costa algarvia


O insólito aconteceu. Um javali foi encontrado a nadar no mar a cerca de 300 metros da praia de Vale Garrão Nascente, entre Vale do Lobo e a Quinta do Lago, no Algarve. O animal selvagem foi salvo com uma mota de água e libertado pela Polícia Marítima. O salvamento aconteceu no domingo e ninguém queria acreditar que estava a acontecer. "O meu colega que estava no barco ligou-me a dizer que estava a ver um javali a nadar. Disse-lhe: ‘Estás a gozar’? Peguei nos binóculos e depois percebi que estava a falar a sério", recordou ao CM Nelson de Sousa, elemento da concessão de desportos náuticos, que enviou uma mota de água para resgatar o animal do mar. "Quando chegámos ao local a primeira coisa que fizemos foi amarrar-lhe a boca com uma corda, porque como é um animal selvagem podia ser perigoso. Depois, conseguimos puxá-lo para cima da mota de água para o trazermos para a praia", explicou Tiago Gomes, que confessa ter sido "um dia estranho" mas "engraçado". E se um porco a andar de bicicleta é difícil de imaginar, um javali a andar numa mota de água foi "um espectáculo que as centenas de turistas não quiseram perder", recordou Nelson de Sousa, que acha que terá sido "o primeiro javali no Mundo a andar de mota de água". Tiago Gomes não se acha um herói, mas diz que o que interessa é que "foi salva uma vida". O javali foi baptizado de ‘Júlio’, porque a praia é conhecida por Júlias, e foi libertado pela Polícia Marítima no mato. 

Fonte: CM


- julho 27, 2017 Sem comentários:
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Quanto vale a sardinha na pesca portuguesa?


De acordo com as Estatísticas de Pesca de 2016, que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou em Maio, no ano passado foram capturadas pela frota portuguesa 190.594 toneladas de pescado, mais 1,2% do que em 2015. E, daquele total, um volume de 124.264 toneladas (menos 11,7%) foram de pescado fresco ou refrigerado, transaccionado em lota, com o valor de 269.499 mil euros (mais 3,26%).

No caso da sardinha, houve uma diminuição de 1,6% do volume, para 13.513 toneladas, equivalentes a 27.898 mil euros. A sardinha é, aliás, o peixe marinho que em 2016 maior valor obteve em termos de captura. O carapau, com 20.014 toneladas não foi além dos 17.130 mil euros no ano passado.

A sardinha foi igualmente uma das três espécies com maior volume descarregado pelas organizações de produtores (OP) de pesca em Portugal em 2016, juntamente com a cavala e o carapau.

No ano passado, foram descarregados por OP um total de 13.236 toneladas de sardinha, uma queda de 0,8%, derivado da aplicação dos despachos 3112-B/2016 e 9806-A/2016, que “determinaram os limites de captura para a espécie em Portugal Continental ao longo do ano de 2016”.
Na sardinha, os preços médios anuais de pesca descarregada, de peixe fresco ou refrigerado, não incluindo retiradas e rejeições, foi de 2,06 euros por quilo em Portugal continental em 2016, recuando 5,9% face ao ano anterior. Nos Açores, o preço aumentou 52%, para 2,37 euros e na Madeira aumentou 41,3%, para 0,41 euros por quilo.
Incluindo todas as espécies, o preço médio anual do pescado, fresco ou refrigerado, descarregado em portos nacionais em 2016, registou, em termos nacionais, um aumento de 0,29 euros em relação a 2015, ou mais 15,9%, passando de 1,81 euros por quilo para 2,10 euros por quilo.

A título de comparação, em dois sites de hipermercados consultados esta tarde, cada quilo de sardinha fresca variava entre 6,98 euros e 7,99 euros. Já a congelada, entre pequena e grande, recuava para valores abaixo dos quatro euros por quilo.
Na Estatísticas de Pesca de 2016, o INE alertava para “alguma preocupações” sobre as espécies de captura restrita ou com limitações de quotas impostas pela União Europeia – uma delas era a dos lagostins , o outro era “com a sardinha, que apesar de apresentar uma ligeira recuperação, continua com um nível de recrutamento baixo”.
O desempenho foi em sentido inverso ao do total da pesca portuguesa de espécies sujeita a stocks, em que as possibilidades de pesca aumentaram 12% em 2016, após terem crescido 22% em 2015.

Vendas de conservas atingiram 58,22 milhões em 2015

Das 45 mil toneladas de pescado que representaram o segmento de “preparações e conservas” a de conservas de sardinha em azeite, com 4,2 mil toneladas, foi a segunda mais relevante, a seguir à de atum para a indústria transformadora.
Mas enquanto as conservas de atum recuaram 17,5% em 2015, as de sardinha aumentaram 0,9%, “apesar das restrições impostas à captura desta espécie que vigoraram” durante o ano de 2015 (último ano com dados analisados pelo INE para este segmento).
Em 2015, da indústria transformadora saíram menos 25,5% de volume de sardinha congelada (6.991 toneladas); menos 5,56% de conservas sardinha em azeite (4.224 toneladas), menos 3,5% de conservas de sardinha em outros óleos vegetais (3.393 toneladas) e mais 8,08% de conservas de sardinha em tomate (3.020 toneladas).
Já nas Estatísticas Agrícolas anuais, publicadas esta quinta-feira, 20 de Julho, o INE revela que na preparação e conserva de sardinhas, o valor vendido em 2015 subiu 11,59% face a 2014, para 58,22 milhões de euros. Os volumes produzidos aumentara 2,8%, para 12.035 toneladas e os volume vendidos cresceram 3,36% face a 2014, para 12.057 toneladas.

Portugal importou 6.977 toneladas de “sardinhas, sardinelas e espadilhas” vivas em 2016, estima o INE, o que representou uma quebra de 23,7%, com um valor associado de 13,33 milhões de euros, recuando 18,73% face a 2015.
Nas exportações, como animais vivos, a sardinha, sozinha, representou 6,32 milhões de euros (mais 14,58%), com as 3.500 toneladas vendidas para o exterior (mais 28,48% face a 2015).

Mas como preparado de peixe, a “sardinha, as sardinelas e as espadilhas” representaram vendas externas de 54,5 milhões de euros em 2016 (recuando 1,88%), com 10.470 toneladas exportadas (menos 7,29% face a 2015).
Globalmente, Portugal – que tem um défice da balança comercial da pesca de 787,4 milhões de euros – exportou em 2016 um total de 1,13 mil milhões de euros (mais 8,2%) face a 2015). O segmento de “peixes congelados excepto filetes” é o que tem maior peso nas vendas externas do país, com 20,8% do total. E este segmento cresceu 13,1% em 2016, explica o INE, sobretudo devido ao “aumento das exportações de espadartes” congelados para Espanha.

Espanha é o nosso principal parceiro comercial no que toca às pescas – seguido do Brasil (sobretudo por causa das vendas de bacalhau já transformado). Mas no caso específico das conservas – o único segmento em que Portugal é excedentário, como 68 milhões de euros em 2016 – a França é o maior cliente de Portugal (a que não será alheia a comunidade portuguesa naquele país) “sobretudo de preparações e conservas e de ‘cavalas, cavalinhas e sardas’ e de ‘sardinhas, sardinelas e espadilhas’.

Fonte: Público
Foto: RUF Rui Farinha /NFactos

- julho 27, 2017 Sem comentários:
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Ministra do Mar afasta cenário de proibição de pesca da sardinha durante 15 anos


A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, afastou o cenário de uma proibição de capturar sardinha durante 15 anos, como proposto por um organismo científico que aconselha a Comissão Europeia, afirmando que isso é "impensável". Ana Paula Vitorino, que falou aos jornalistas à margem de uma visita a Portimão, onde participou com o ministro da Defesa na assinatura de protocolos e na inauguração do sistema de radares "Costa Segura" na cidade algarvia, garantiu que a definição dos 'stocks' de sardinha para 2018 será definida, como estipulado, em Outubro, depois de ser feito um novo cruzeiro de monitorização da espécie em Agosto. "As decisões que existirem, não são tomadas agora, serão tomadas em Outubro, conforme planeado e previsto, conforme os dados que existirem na altura", afirmou Ana Paula Vitorino, frisando que a definição dos 'stocks' de sardinha para Portugal é uma matéria "acompanhada pela Comissão Europeia mas não é fixada pela Comissão Europeia". A governante precisou que a "capacidade de pesca é uma questão entre Portugal e Espanha, porque é um sector gerido conjuntamente" pelos dois países, e será feita "de acordo com essas avaliações" das quantidades de pescado existentes e em "diálogo intenso com o sector". "Tal como fizemos no ano passado, este ano estamos a trabalhar com os pescadores, porque não é uma questão que se trate de forma majestática desde o ministério, é uma gestão que se faz com dados científicos, com dados reais, porque os próprios pescadores podem dar dados importantíssimas sobre o estado do stock, eles são extremamente conscientes e quando o 'stock' está bom dizem que está bom e quando está mau também", explicou a ministra. Ana Paula Vitorino disse que o ministério vai "continuar a trabalhar com eles", mas frisou que "a fixação da quota que poderemos ter só em Outubro" será definida. "Mas nunca será de parar a pesca e, muito menos, por um período de 15 anos, isso seria impensável", assegurou. A governante disse haver neste momento "uma questão que é transversal" a todos os países e espécies e que o problema não se coloca só com a sardinha. "De facto as alterações climáticas têm provocado alterações nos fluxos migratórios de várias espécies e aquelas que havia maioritariamente nos países do sul estão também a aparecer nos países do norte, à procura de águas com temperaturas mais frias que costumavam existir na nossa costa", argumentou. Ana Paula Vitorino acrescentou que esta situação obriga a ter "um maior controlo com o que se passa com as nossas espécies" e anunciou que, "por isso, vão existir este ano, contrariamente ao que havia no passado, três cruzeiros científicos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para avaliar o estado do 'stock'". "O próximo vai ser realizado em Agosto", afirmou, frisando que esse trabalho permite ter "planos de gestão mais ajustados ao estado do stock" e saber, por exemplo, "quando se pode começar a pescar, quando se acaba, quais são as quantidades ou se há variações durante os dias da semana".

Fonte: CM
- julho 27, 2017 Sem comentários:
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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Primeiro cargueiro eléctrico autónomo sai para o mar em 2018

Os planos contemplam uma autonomização gradual de forma a que o navio esteja inteiramente operacional de forma autónoma a partir de 2020.


O primeiro navio de carga autónomo vai ser lançado em 2018 e espera-se que navegue sem qualquer tripulação a partir de 2020. O Yara Birkeland, como foi baptizado, terá capacidade para 100 contentores, é um barco norueguês e vai utilizar GPS, radares, câmaras e outros sensores para se encaminhar pelos mares sem qualquer tipo de ajuda humana.
O preço deste cargueiro deverá ascender aos 25 milhões de dólares - o triplo do preço médio de um barco de carga deste tamanho - mas os investidores que estão por detrás deste projecto acreditam que o valor seja pago com as poupanças em pessoal e combustível. No total, acreditam, as despesas com a operação do navio podem cair 90% em comparação com um cargueiro tradicional.
"O Yara Birkeland vai operar como um navio tripulado, mudando depois para uma operação remota em 2019 e espera-se que seja capaz de funcionar de forma totalmente autónoma a partir de 2020", declarou a empresa numa publicação feita online no passado mês de maio.
A Yara International e a Kongsberg Gruppen são as duas empresas envolvidas na construção do navio e a primeira já manifestou interesse em desenvolver cargueiros autónomos ainda maiores para servir rotas mais longas, uma vez que as normas internacionais para a utilização destes veículos estejam definidas.
Em 2018, o plano é colocar o Yara Birkeland a transportar cargas de fertilizante até ao porto de Larvik, a cerca de 60 quilómetros do ponto inicial desta rota. "Talvez possamos levar o nosso fertilizante até ao Brasil", disse Petter Osbo, Director de produção da Yara, em conversa com o The Wall Street Journal.
Uma vez que é eléctrico, Ostbo assume ainda como missão a ideia de atingir o nível de emissões zero. "Mesmo que alguns digam que as alterações climáticas não são uma realidade, esta é, pelo menos, uma realidade comercial, uma vez que as fontes de energias renováveis são mais baratas que as os combustíveis fósseis".
Fonte: Tek

- julho 26, 2017 Sem comentários:
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Marinha investiga fundo do mar nos Açores


A Marinha investigou mais de 14 mil quilómetros quadrados do fundo do mar nos Açores, a profundidades médias de três mil metros, anunciou aquele ramo das Forças Armadas.
Segundo informação da Marinha, durante os últimos 12 dias, o navio hidrográfico “D. Carlos I” recolheu informação do fundo do mar nos Açores numa área de 14 mil quilómetros quadrados, “o equivalente a mais de 3.400 campos de futebol, a profundidades médias de 3.000 metros”.
“Este trabalho insere-se na missão actual que a Marinha desempenha nos Açores para mapeamento do fundo do mar na região, com recurso a um sistema moderno de sondador multifeixe de grandes fundos, para a aquisição de dados de profundidade”, adianta a Marinha.
Os levantamentos hidrográficos oceânicos efectuados durante este período “foram circunscritos” a áreas ao largo dos grupos oriental (ilhas de Santa Maria e de São Miguel) e central (Pico, Faial, Graciosa, Terceira e São Jorge) do arquipélago.
“Simultaneamente, uma equipa de militares da Brigada Hidrográfica do Instituto Hidrográfico realizou levantamentos multifeixe e topográfico do porto da Praia da Vitória, na ilha Terceira”, acrescenta o comunicado.
De acordo com o mesmo documento, “todos os dados recolhidos, depois de processados a bordo e sujeitos a um processo de controlo de qualidade e validação pela Marinha, através do Instituto Hidrográfico, permitirão verificar a evolução do fundo do mar e actualizar as cartas de navegação, documentos essenciais para a segurança da navegação”.
A Marinha acrescenta que o navio “D. Carlos I” vai receber a bordo uma equipa de alunos e investigadores da Universidade dos Açores para realizar trabalhos de apoio à comunidade científica “numa área a sudoeste da ilha de São Miguel, entre a ponta da Ferraria e os Mosteiros”, até 03 de Agosto.

- julho 26, 2017 Sem comentários:
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Vila-condense recupera mural em honra do “Mar das Mulheres”


A artista vila-condense Isabel Lhano e o seu filho Luís Costa concluíram a pintura e restauro da parte lateral do Mural de Arte Urbana, projecto de homenagem às mulheres da Seca do Bacalhau que foi vandalizado no final do ano passado.
O Mural, obra promovida pela Câmara Municipal, foi concebido em agosto de 2016. É uma tela com cerca de 500m2, na rua, onde se recupera a memória da actividade da Seca do Bacalhau que se desenvolvia no século XX, em Vila do Conde.
Em primeiro plano, estão as mulheres que ali trabalhavam na salga e na secagem do bacalhau e na lateral estava retratado o rosto de uma delas que deu, agora, lugar a um coração segurado pelas mãos de uma mulher, transmitindo segundo a artista uma mensagem de “bondade contra a maldade”. Isabel Lhano justifica a escolha deste motivo pelo facto de “aquelas mulheres tinham o coração no mar, pois os seus homens eram na maioria pescadores”. Ao meio, a frase de Valter Hugo Mãe: “Este foi o mar das mulheres. Aqui se glorificaram e aqui naufragaram”.

- julho 26, 2017 Sem comentários:
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Estratégia do governo para Atlântico: não é um mar de rosas


Pequim tem planos para recuperar a sua rota da seda, por terra e mar, e Portugal (e Sines) são particularmente importantes neste gigantesco plano de ter portos em todos mares estrategicamente relevantes.

A estratégia dos governos da República para o Atlântico é mais ou menos como aquele velho adágio de Alexandre O’Neill: há mar e mar, há ir e voltar. O assunto é convidativo e tentador para se fazer política. O problema é que entre as ideias de uns e de outros, que vêm e que vão, corremos o risco das oportunidades naufragarem pelo caminho.
Como aqui tenho escrito abundantemente, já não estamos na fase do powerpoint ou do diagnóstico. Estamos no tempo de fazer.
Li há dias uma entrevista de Ana Paula Vitorino onde se reflete sobre a estratégia do governo para o Atlântico. Fiquei interessado e preocupado em doses iguais.
Bem, a ministra do Mar aponta ao arranque, muito em breve, do Fundo Azul, um acelerador financeiro dasstartups tecnológicas nocluster do mar. Bem, sobe a fasquia do peso da economia do mar na formação do pib português – dos atuais 3.1% para 5%. Positivo, também, uma referência justa ao trabalho positivo do anterior governo (autor da Estratégia Nacional para o Mar no horizonte 2013-2020) afirma que, mesmo do período de crise, o cluster do mar foi resiliente e cresceu.
Esta foi a parte do interesse. A parte da preocupação veio logo a seguir. Continuo a não ver no governo uma vontade e visão estratégica para capturar o momento único que vivemos. Como já aqui escrevi, há três acontecimentos que podem reforçar a centralidade marítima do país se deles soubermos tirar proveito. Primeiro: a extensão da Plataforma Continental na ONU.
Caso as Nações Unidas reconheçam os objetivos nacionais, teremos no mar uma área equivalente à da India e do Paquistão juntos. Com tudo o que isso implica em termos de política externa e de defesa, de desenvolvimento científico e tecnológico, de progresso económico. Não há sinais que esta visão holística e multissectorial esteja a ser trabalhada pelo governo. Segundo: a criação do Mercado Europeu de Energia. O sul da Europa será o coração energético na produção de energias limpas, nomeadamente a energia solar e eólica. Ora um mercado comum pode fazer do país um dos pontos geoestratégicos mais importantes na rota das energias limpas para a Europa. Também não se conhece uma ideia do governo sobre o assunto. Terceiro: a afirmação da China como ator marítimo global. Pequim tem planos para recuperar a sua rota da seda, por terra e mar, e Portugal (e Sines) são particularmente importantes neste gigantesco plano de ter portos em todos mares estrategicamente relevantes.
Também no domínio da preocupação, tenho notado nas últimas intervenções dos membros do governo a intenção de centralizar tudo em Lisboa. Devo lembrar aos mais desatentos que Cascais tinha acordado com o governo anterior a localização, em Cascais, do grande Centro de Mar. Tinha até acordado o espaço para acolher tal empresa nacional: o Forte de Santo António – que a história popularizou como Forte Salazar. Com este governo o projeto não saiu de doca seca. Pior: o forte acabou por ficar nas mãos do Estado apenas e só para se continuar a degradar. Tenho esperança que ainda não seja tarde para recuperar o tempo perdido. Por três razões. Em primeiro lugar, porque se falamos de Mar o centro não pode ficar em Lisboa (que tem frente de rio mas não tem frente de mar). Há algum lugar na área metropolitana melhor do que o Forte de Santo António para ser a sede do Centro Nacional de Mar? Não creio. Em segundo lugar, porque Cascais tem uma tremenda história marítima. Foi a partir de Cascais que o Rei D. Carlos encetou as suas primeiras investigações e expedições oceanográficas. Ou seja, foi em Cascais que começou verdadeiramente a ciência oceanográfica. Em terceiro lugar, porque Cascais é dos municípios portugueses mais avançados na construção de uma estratégia para o Mar. Em 2001 a SAER, liderada pelo saudoso Professor Hernâni Lopes, entregou a Cascais a primeira versão de um estudo para um Centro de Mar. Em 2013 recebemos a Fundação Drager, um relevantíssimo player alemão que trouxe a Cascais a sua grande conferência sobre sustentabilidade do mar na qual participaram o príncipe Alberto do Mónaco ou o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros trabalhista, David Miliband – que em entrevista ao ‘i’ considerou que Cascais estava a “sair-se melhor da crise porque é a zona turística mais rica de Portugal”. Em 2014 acolhemos o BioMarine, a maior convenção mundial de CEO’s e empresas ligadas à exploração de recursos marinhos. Para o ano cá estarão outra vez. Em 2015 assistimos ao lançamento da BlueBio Alliance, uma organização não-governamental que reúne toda a cadeia de valor dos bio recursos marinhos, empresas que estão ao serviço do progresso científico e da exportação dos produtos do mar.
E até uma publicação exclusivamente dedicada aos assuntos do mar, o Jornal da Economia do Mar, tem sede em Cascais.
Cascais já é um player relevante na produção de pensamento e na afirmação da economia do Mar. Porque teve estratégia e visão. Porque tem massa crítica instalada no território. E porque tem ambição, tradição e vocação. Por todas estas razões, o grande Centro Nacional para o Mar não pode ir para onde não há Oceano. Só pode mesmo ter lugar neste concelho atlântico.
- julho 26, 2017 Sem comentários:
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