Os trabalhadores portuários de 14 grandes portos dos Estados Unidos iniciaram uma greve hoje, após o fracasso das negociações de última hora entre o seu sindicato e a Aliança Marítima sobre questões salariais.
A greve no porto da Virgínia, uma das instalações portuárias afectadas, “começou às 00H01 de terça-feira”, anunciou o porto no seu site oficial.
As negociações entre a USMX - Aliança Marítima dos Estados Unidos, que representa os empregadores, e o sindicato ILA estão paralisadas.
O sindicato está “disposto a lutar pelo tempo que for necessário […] para obter os salários e as protecções contra a automação que os nossos membros da ILA merecem”, afirmou Harold Daggett, Presidente do sindicato, num comunicado.
O ainda Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo aos empregadores e aos sindicatos para que “se sentem à mesa e negociem de boa fé, de forma justa e rápida”, informou a Casa Branca.
Na segunda-feira à noite, as duas partes anunciaram a retomada das negociações, que começaram em maio e estagnaram na questão dos salários e da automação do trabalho.
“Nas últimas 24 horas, a USMX e o ILA trocaram propostas sobre salários”, afirmou a Aliança Marítima num comunicado, no qual assegura que “melhorou” a sua oferta e solicita uma prorrogação do actual acordo trabalhista para seguir com as negociações.
Segundo uma fonte próxima às negociações, a proposta mencionada pela USMX foi rejeitada pelo sindicato na segunda-feira.
A ILA planeava entrar em greve ao fim do actual acordo de seis anos, às 23h59 de segunda-feira (0h59 de terça-feira, horário de Brasília) em 14 portos da costa leste e no Golfo do México.
A USMX representa os empregadores de 36 portos distribuídos entre as costas do Maine, no nordeste, e as do Texas, no sul, passando pela Flórida, no sudeste do país.
O ILA representa 85 mil trabalhadores nos Estados Unidos, incluindo funcionários de portos marítimos, rios e lagos.
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