Apesar de Portugal já ter defendido uma pausa precaucionaria
à mineração em mar profundo, no ano passado, a associação ambientalista Sciaena
pede firmeza nesta posição ao novo Executivo e que passe "das palavras aos
actos" antes da assembleia geral da Autoridade Internacional dos Fundos
Marinhos (ISA, na sigla em inglês), que se realizará este verão na Jamaica e
onde será discutida a política geral para a protecção do mar profundo.
"Sabemos que há Estados que vão pressionar para que
esta general policy não seja discutida durante esta reunião. Então, o que temos
que pedir a Portugal e aos estados-membros que se têm manifestado a favor da
moratória, da pausa precaucionaria, é que sejam firmes e que garantam que isto
é discutido formalmente durante a assembleia, porque tem havido a tentativa de
não colocar isto na agenda", explica Ana Matias, coordenadora de Clima e
Poluição da Sciaena, ao Negócios. E acrescenta: "Parece apenas uma formalidade,
mas não é. Se isto não estiver na agenda não pode ser discutido formalmente. No
ano passado, a inclusão deste item na agenda foi bloqueada, portanto, pedimos
que Portugal continue do lado certo, mas que seja vocal em relação a
isso".
Entre o final de julho e início de agosto, a ISA discutirá pela primeira vez uma política geral para estabelecer uma moratória sobre a mineração em mar profundo. Já são 11 os países europeus, entre os quais Portugal, que se pronunciaram a favor de uma moratória, pausa precaucionaria ou proibição à mineração em mar profundo em águas internacionais.
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