O zooplâncton gelatinoso, incluindo as alforrecas e outros organismos diversos e quase transparentes, desempenha um papel importante nos ecossistemas marinhos. Prevê-se que as alterações climáticas alterem significativamente as suas populações e distribuições.
Uma nova investigação publicada na revista Limnology and Oceanography examina o seu destino no Oceano Ártico, um dos oceanos que aquece mais rapidamente na Terra.
Os investigadores associaram modelos tridimensionais de
distribuição de espécies a variáveis oceanográficas da Fase 6 do Projeto de
Intercomparação de Modelos Acoplados. As análises permitiram à equipa
identificar as espécies gelatinosas de zooplâncton com áreas de habitat em
expansão ou em contração em resposta às alterações climáticas no Oceano Ártico.
Prevê-se que sete das oito espécies modeladas se desloquem
mais para norte em resposta à alteração das condições oceânicas. Os impactos
destas alterações nas populações de peixes do Oceano Ártico e na dinâmica
global dos ecossistemas merecem uma investigação mais aprofundada.
“As nossas descobertas revelam o potencial dramático das alterações climáticas para remodelar os ecossistemas do Oceano Ártico”, afirmou o autor correspondente Dmitrii Pantiukhin, um pós-doutorado no Centro Helmholtz do Instituto Alfred Wegener para a Investigação Polar e Marinha e na Universidade de Bremen, na Alemanha.
“Estas mudanças nas populações de
zooplâncton gelatinoso podem ter efeitos em cascata em toda a cadeia
alimentar”, concluiu.
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