domingo, 3 de março de 2024

Há milhões de buracos no fundo do Mar do Norte


Segundo um novo estudo publicado na Communications Earth & Environment (Jornal científico de ciência ambiental e planetária), deslindou o mistério das marcas misteriosas identificadas no fundo do Mar do Norte.

Pensava-se que as marcas resultavam da libertação de metano, mas a nova investigação indica que a culpa pode ser das toninhas (um tipo de golfinho).

Uma equipa de cientistas da Universidade de Kiel, na Alemanha, utilizou a tecnologia baseada num sonar de alta resolução para analisar as depressões no leito marinho, que variam de alguns metros a mais de 60 metros de largura, mas que possuem somente cerca de 11 cm de profundidade.

A equipa identificou que a estrutura do leito marinho arenoso e as correntes fortes do Mar do Norte não favorecem em nada a acumulação de metano.

Com a utilização de uma eco-sonda multifeixe, que permite uma visualização detalhada do fundo do mar, os autores observaram que as cavidades não eram cónicas como seria esperado em casos de erupção de metano, mas sim redondas ou ovais com profundidades consistentes, independentemente da largura, explicou o Live Science.

A hipótese de que as toninhas estariam a criar estas depressões ao procurar enguias de areia, que se enterram na areia, surgiu após um diálogo om um biólogo e mergulhador.

Para testar essa teoria, a equipa combinou modelos de habitat de enguias e toninhas com dados oceanográficos sobre correntes, encontrando uma sobreposição entre os habitats previstos e as áreas com depressões.

As observações sugerem que as cavidades maiores podem ter sido formadas por toninhas, posteriormente alargadas pelas correntes oceânicas.

Imagem: Jens Schneider von Deimling.

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