quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Crise do Mar Vermelho pode ter impacto no 2º e 3º trimestre segundo da Maersk

A Maersk já tinha indicado que 2024 iria ser negativo, com impacto nos lucros, em boa parte provocado pelo excesso de oferta no sector do shipping, e tendo isso em conta, relembrou os clientes, de que a rota alternativa pelo Cabo da Boa Esperança, ( que adiciona 15 dias de viagem, vai continuar a afectar as cadeiras, até ao 2º trimestre e com elevadas possibilidades de apanhar o 3º trimestre deste ano.

De acordo com declarações à CNBC, o responsável da Maersk nos EUA, Charles Van Der Steene, afirmou que: "Infelizmente, não vemos nenhuma mudança a acontecer tão cedo no Mar Vermelho”. Acrescentou ainda que: "Os clientes vão precisar de ter a certeza de que terão um tempo de trânsito maior, integrado na cadeia de abastecimento".

A Maersk foi dos primeiros armadores que anunciou a suspensão da passagem de navios pelo Canal do Suez, após os rebeldes houthis do Iémen terem atacado alguns dos seus porta-contentores, tendo a liderança dos houthis garantido que nenhuma embarcação ligada a Israel atravessou o canal na última semana e que a paragem dos ataques significava "ser cúmplice" deste país.

Nesta crise (Mais uma) para a indústria do Shipping, a Maersk deu nota de que iria aumentar em 6% da capacidade dos seus navios, tendo como objectivo manter o fluxo e a dinâmica, para compensar os atrasos derivados da mudança de rotas, o que irá provocar um aumento dos custos operacionais, de acordo com o mesmo responsável.

Devido ao conflito envolver os EUA, cerca de um terço da frota foi afectada desde o início dos ataques, já que grande parte hasteava a bandeira dos Estados Unidos, o maior alvo dos rebeldes.

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