A Maersk já tinha indicado que 2024 iria ser negativo, com impacto
nos lucros, em boa parte provocado pelo excesso de oferta no sector do
shipping, e tendo isso em conta, relembrou os clientes, de que a rota alternativa
pelo Cabo da Boa Esperança, ( que adiciona 15 dias de viagem, vai continuar a
afectar as cadeiras, até ao 2º trimestre e com elevadas possibilidades de apanhar
o 3º trimestre deste ano.
De acordo com declarações à CNBC, o responsável da Maersk
nos EUA, Charles Van Der Steene, afirmou que: "Infelizmente, não vemos
nenhuma mudança a acontecer tão cedo no Mar Vermelho”. Acrescentou ainda que: "Os
clientes vão precisar de ter a certeza de que terão um tempo de trânsito maior,
integrado na cadeia de abastecimento".
A Maersk foi dos primeiros armadores que anunciou a suspensão
da passagem de navios pelo Canal do Suez, após os rebeldes houthis do Iémen terem
atacado alguns dos seus porta-contentores, tendo a liderança dos houthis
garantido que nenhuma embarcação ligada a Israel atravessou o canal na última
semana e que a paragem dos ataques significava "ser cúmplice" deste
país.
Nesta crise (Mais uma) para a indústria do Shipping, a
Maersk deu nota de que iria aumentar em 6% da capacidade dos seus navios, tendo
como objectivo manter o fluxo e a dinâmica, para compensar os atrasos derivados
da mudança de rotas, o que irá provocar um aumento dos custos operacionais, de
acordo com o mesmo responsável.
Devido ao conflito envolver os EUA, cerca de um terço da frota foi afectada desde o início dos ataques, já que grande parte hasteava a bandeira dos Estados Unidos, o maior alvo dos rebeldes.
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