As ligações de serviço das transportadoras marítimas estão com uma elevada volatilidade e sujeitas a alterações imediatas, visto que a crise está para durar, e tudo altera-se num instante numa forma quase diária.
Após uma análise efectuada após o início do bloqueio, consegue-se concluir que a duração das viagens previsivelmente já aumentaram, cerca de mais uma semana para a rota Ásia-Norte da Europa, e até duas semanas para a rota Ásia-Mediterrâneo.
Alan Murphy, CEO da Sea-Intelligence, afirmou: "Embora este seja certamente um problema sério para muitos transportadores, devemos ter em mente que estas perturbações não estão nem perto das causadas durante a pandemia”.
Alan Murphy, acrescentou: "Nós [Sea-Intelligence] gostaríamos de deixar bem claro que a actual perspectiva de capacidade está repleta de um elevado grau de incerteza, no entanto, os dados actuais mostram que os transportadores podem esperar uma crise de capacidade para as exportações asiáticas nas próximas semanas. "
Segundo a última análise efectuada pela Sea-Intelligence, na rota Ásia-Norte da Europa, o impacto já é muito visível, devido a uma mistura de determinados serviços que são logo retidos na partida da Ásia a curto prazo, aguardando o posterior reencaminhamento, e de outros serviços que chegam tardiamente para a Ásia, causando acentuada escassez nas semanas deste mês, com uma queda abrupta da capacidade apontada para a semana de 22 de janeiro.
O aparente aumento de capacidade no final de dezembro/início de janeiro é mais uma causa de atrasos na origem, enquanto uma tendência similar é observada na costa leste da Ásia-Mediterrâneo e da Ásia-América do Norte, mas uma semana antes, de acordo com os analistas dinamarqueses.
Alan Murphy concluiu: “Dito isto, a tentação é chamar isto de desastre, mas tal linguagem seria inadequada quando a crise actual é colocada no contexto daquilo que as cadeias de abastecimento tiveram de suportar durante as perturbações pandémicas”.
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