quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Força das ondas está a aumentar e zonas costeiras estão em risco


Segundo avança o Diário de Noticias, a l energia das ondas tem vindo a aumentar em todo o mundo, com o Atlântico Norte a experienciar o maior incremento de energia nas últimas quatro décadas. Esta foi uma das principais conclusões de um estudo publicado na revista científica Nature Communications.

Sismógrafos colocados em mais de 50 estações em todo o mundo, e que medem a atividade sísmica, mas que conseguem detetar o impacto da força das ondas no chão, registaram um aumento em todo o mundo. Esta força das ondas provoca pequenos sismos que não são sentidos ,nem ouvidos pelos humanos. As ondas mais poderosas foram registadas no Oceano Antártico, um mar tradicionalmente mais tempestuoso. No entanto, o Oceano Atlântico Norte registou o maior aumento de energia nas últimas quatro décadas. Em média, a energia das ondas no mundo aumentou 0,27% ao ano desde a década de1980, e desde 2000 que tem vindo a intensificar-se 0,35% por ano.

O aumento da energia e/ou frequência de episódios de agitação marítima mais fortes conduz a maiores possibilidades de galgamento costeiro, de destruição de infraestruturas costeiras, de erosão costeira com eventual recuo da linha de costa em certos locais, de remobilização sedimentar próximo da linha de costa, com impactos para os ecossistemas marinhos costeiros e inundações de zonas costeiras, entre outros", explica fonte do o Instituto Hidrográfico, órgão da Marinha Portuguesa.


O Instituto Hidrográfico mantém uma observação permanente da agitação marítima ao largo da costa continental de Portugal desde oas Anos 80 do século XX, com as mais longas séries temporais de recolha a provir de boias ondógrafo colocadas ao largo de Leixões, Sines e Faro. Os dados deste instituto da Marinha revelam um aumento na altura significativa média mensal das ondas observadas em Leixões e Sines, áreas mais expostas à ondulação gerada nas regiões mais setentrionais do Atlântico Norte, enquanto que em Faro a tendência é negativa. "Esta costa está menos exposta à ondulação gerada nas regiões mais a norte do Atlântico Norte, o que poderá explicar esta tendência."


São as observações feitas pelo Instituto Hidrográfico que permitem caracterizar as condições de agitação marítima associadas às ondas que chegam à costa portuguesa a partir de áreas de geração remotas no Atlântico Norte, a ondulação (swell), quer às ondas geradas pelo vento local, chamados vaga (sea). "Elas permitem, também, perceber qual o impacto destas ondas em zonas costeiras com diferentes orientações e, portanto, com diferente exposição relativamente à direção de onde provém as ondas", explica a fonte do Instituto Hidrográfico.

Foto: © Pedro Correia / GLobal Imagens

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