terça-feira, 4 de abril de 2023

“Chegou o momento de crescer os portos de Setúbal e Sines com projecto industrial”


João Galamba “conheceu os projectos que a Etermar e a Lisnave apresentaram no domínio da energia eólica offshore”

“Estas visitas dos últimos dois dias mostram que o País, em particular o distrito de Setúbal, seja no Porto de Setúbal ou no Porto de Sines, têm de facto as bases e as condições para serem um grande projecto”. São estas as conclusões de João Galamba, ministro das Infraestruturas, depois de ter visitado o Porto de Setúbal na passada quinta-feira e o Porto de Sines na véspera.

O governante, que se fez acompanhar por Ana Fontoura, secretária de Estado da Energia, e por José Costa, secretário de Estado do Mar, visitou a Etermar, empresa qualificada a nível europeu em matéria de engenharia marítima, para conhecer o projecto de “desenvolvimento de um parque eólico flutuante com 30 turbinas e até 600 megawatts, ao largo de Viana do Castelo”.

"As condições únicas da sua nova sede e cais privativo, em Santa Catarina, Setúbal, permitirão incorporar um elevado valor acrescentado nacional na fabricação e colocação no mar das 30 turbinas”, explica o comunicado da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS).

Para a Lisnave, empresa considerada uma referência mundial a nível da~reparação de navios, está previsto o “investimento estimado em mais de 200 milhões de euros (…) nomeadamente no desígnio de instalar 10 GW de potência eólica offshore até 2030”.

No fim da visita João Galamba considerou que as duas empresas “já estão preparadas para avançar” com os investimentos, dando nota de que quer “promover esse avanço o mais rápido possível”.

“Estamos a falar de um projecto de muitos milhares, dezenas de milhares de milhões de euros, e o nosso grande objectivo é que a isso esteja associado emprego, investimento, industrialização verde do País, e não há melhor exemplo das oportunidades que este projecto encerra do que a visita que fizemos, quer seja a Etermar, quer seja à Lisnave. São de facto instalações determinantes e o País tem a sorte de poder contar com elas, e chegou o momento, de facto, de fazermos crescer estas duas instalações e outras nos portos portugueses, e avançar para um grande projecto industrial que é, sem dúvida, o eólico offshore”.

Ainda assim, o ministro mantém a preocupação de que estes projectos saiam do papel para começarem a materializar-se, posição que já tinha mostrado em Março passado na assinatura de um memorando de entendimento entre a APSS e a Ocean Winds para a instalação de parques eólicos offshore.

“Uma das matérias que foi aqui debatida é o facto de existir alguma urgência em começarmos a preparar terreno, e nomeadamente de avançar com projectos de natureza mais industrial, para criar bases para futuramente termos mais sucesso no leilão e nos concursos do eólico offshore, estamos a trabalhar nisso.

Outra coisa que se percebe no Porto de Setúbal é que seja a Lisnave, seja a Etermar, já têm actividade nesta área e já estão preparadas para avançar, e no que depender do Governo, queremos promover que esse avanço seja o mais rápido possível”.

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