domingo, 19 de março de 2023

Governo garante investimento no Porto da Figueira da Foz.

 


Com o ministro das Infraestruturas uras, João Galamba, ao seu lado para falar dos investimentos ao largo da costa figueirense, o presidente da autarquia figueirense, Santana Lopes, não perdeu a oportunidade para lembrar a importância do que fica mais junto à terra. João Galamba deu-lhe «todas as garantias» de grandes investimentos nos portos que servirão de base às futuras instalações de parques eólicos offshore.

"Tudo o que aqui estamos a tratar tem um requisito essencial, que é o da navegabilidade do porto e a resolução dos problemas que o afectam nomeamente as questões do desassoreamento», sublinhou Pedro Santana Lopes, na abertura do debate Energias Renováveis Offshore e Economia do Hidrogénio, que decorreu ontem no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, no âmbito do Périplo Energias Renováveis Offshore: Comunidade, Sustentabilidade e Economia, um ciclo de debates que o Ministério das Infraestruturas, a Secretaria de Estado do Mar e a Secretaria de Estado da Energia e Clima estão a promover.

"É necessário atingirmos quotas que permitem a navegabilidade dos navios que corresponde à máquina industrial instalada na Figueira da Foz, que por vezes tem procurado outros portos, sem necessidade nenhuma... porque este não é o porto da Figueira da Foz, é o porto da Região", enfatizou o autarca figueirense. 

"E sendo o porto da Região, carece quer dessa navegabilidade, quer das ligações ferroviárias - rodoviárias não tinha há 20 anos, mas já tem -, que permitam principalmente a circulação das mercadorias, o seu escoamento após a chegada ao porto da Figueira da Foz, em condições decompetitividade", acrescentou.

"Tendo ligações à Figueira da Foz - não para favorecer,porque não o devem fazer mas para não prejudicar -, sei que não cometerão o pecado que muitos cometem, que é o de esquecer a maior parte do território, nomeadamente a Região Centro", comentou.

No seu discurso, o ministro João Galamba, lembrou que "Portugal assumiu metas muito ambiciosas na descarbonização, antecipando para 2026 o objectivo de alcançar 80% de fontes renováveis na produção de eletricidade". O governante defende que estas metas exigem «esforço combinado de políticas públicas e investimentos privados»>, nomeadamente no que concerne à tecnologia éolica offshore. <<Estes desafios de transição energética têm de ser transformados em oportunidades, principalmente nos nossos portos nacionais>>, defendeu também, considerando que, hoje, «os portos não são apenas locais de carga e des-carga de mercadorias, são sobretudo uma ligação entre o transporte marítimo e o hinterland onde se localizam polos industriais que se afiguram como os principais dinamizadores da economia regional e nacional».

"Os nossos portos têm um papel crítico a desempenhar dentro da cadeia de valor da energia offshore, já que, dependendo da estratégia adoptada, o porto pode ser utilizado como base para montagem, movimentação e/ou fabrico de componentes necessário", prosseguiu o ministro. João Galamba sublinhou que cada porto próximo de um parque eólico offshore "funcionará como hub dessa cadeia de valor, o que significa que o primeiro passo na construção de um parque eólico é a escolha de um ou mais portos base, e se necessário aadaptação dos mesmos conforme os requisitos de cada projecto".

"Serão feitos grandes investimentos nas infraestruturas portuárias, e posso dar todas as garantias ao senhor presidente da Câmara de que nessas infraestruturas se incluem, como é evidente, dragagens, trabalhos de manutenção e a devida articulação com a ferrovia», concluiu.

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