Já são conhecidos os resultados preliminares da prova de conceito de gestão de carga instalada no Porto de Aveiro desde o ano passado. Recorrendo ao potencial da rede privada 5G da Vodafone e a inovações tecnológicas implementadas pela Ericsson – soluções de digital twin (gémeo digital), realidade aumentada e realidade virtual –, este projeto piloto promete contribuir para um melhor planeamento, monitorização e gestão da carga em tempo real (neste caso, bobinas destinadas à indústria metalúrgica), optimizando a pegada ambiental, a eficiência, a segurança e a rentabilidade das operações no Porto de Aveiro.
Com esta tecnologia, os operadores portuários podem identificar, em tempo real, a posição de toda a carga no armazém e conduzir as operações de carga e armazenamento através de tablets com realidade aumentada. A solução representa um “ganho significativo” para todos os agentes envolvidos não só com a redução do tempo de descarga, mas também do consumo de combustível, assegura Nuno Roso, diretor de serviços digitais da Ericsson Portugal.
Por outro lado, a disponibilização de um “gémeo digital” – uma réplica do armazém em tempo real construída com informações recolhidas a partir da carga, do plano de carga, dos fretes e dos veículos. Além de usar um algoritmo logístico especializado para organizar e posicionar os fretes, com óculos de realidade virtual será possível simular uma operação de carga completa, verificando fretes e a sua posição e definindo a melhor estratégia para a operação.
No Porto de Aveiro, e de acordo com os indicadores de performance analisados, esta operação permitiu um aumento de 10% no número de itens descarregados por hora e uma redução, também em 10%, do tempo que demora a descarregar cada navio. Da análise dos resultados preliminares notou-se, ainda, a redução, em 8%, do tempo necessário para a utilização da empilhadora, bem como a redução, para um terço, do tempo necessário para registar dados do frete do navio na base de dados. No que concerne ao tempo de registo e colocação de carga no armazém, ou seja, o processo desde que a carga é registada no cais até ser corretamente colocada no armazém, esta prova de conceito permitiu uma melhoria de 14%. Finalmente, é de destacar um reforço de 50% do número de dados carregados na base, com possibilidade de colocar nova informação – localização, orientação de posição, empilhamento e estado dos fretes – para acelerar as operações.
Esta infraestrutura, que já havia sido estudada e testada no porto de Livorno (Itália), é “muito relevante” para um porto como o de Aveiro, já que “acrescenta valor e previsibilidade às operações, traz ganhos de eficiência (económica e ambiental) e melhora também, por arrasto, a competitividade das empresas que dependem das cargas do porto para a sua actividade”, pode ler-se num comunicado da Vodafone.
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