Há boas notícias provenientes da Austrália: Um grupo de investigadores da Universidade de Adelaide anunciou que conseguiu extrair hidrogénio limpo directamente da água do mar, sem necessidade de qualquer tratamento ou filtragem.
Com o aumento da procura por este elemento químico, que por acaso até é o mais abundante de todos, de forma a ser utilizado como combustível amigo do ambiente, não há como negar que a importância desta descoberta é imensurável.
O hidrogénio é uma alternativa limpa ao petróleo.
Os veículos totalmente eléctricos são a escolha mais explorada e massificada no que diz respeito à busca por uma alternativa limpa e viável à utilização de combustíveis fósseis.
Apesar disso, não há como desconsiderar as viaturas movidas a hidrogénio, cujo resultado da transformação química necessária para locomover as mesmas é, unicamente, água limpa e potável.
Tal facto justifica a crescente procura por este elemento, cuja tendência é continuar a aumentar com o passar dos anos. Decisões como aquela que foi tomada recentemente pela União Europeia, de proibir a venda de veículos movidos exclusivamente com motores de combustão interna a partir de 2035, apenas reforçam esta situação.
A descoberta efectuada recentemente pode também tornar viável a utilização do hidrogénio extraído da água do mar como fonte de energia para algumas zonas costeiras.
De acordo com as palavras de um dos líderes da equipa de investigação, o Professor Shizhang Qiao, é agora possível dividir a água do mar em oxigénio e hidrogénio com uma eficiência muito próxima dos 100%, tendo como consequência a produção de hidrogénio verde por eletrólise, recorrendo apenas a um catalisador barato e a um eletrolisador comercial.
Até então, a água do mar necessitava sempre de ser purificada antes da eletrólise separar o oxigénio do hidrogénio; agora, com recurso a óxido de cobalto com óxido de crómio na superfície a actuar como catalisador, a performance do procedimento é similar à que se obtinha após purificar a água salgada.
Porquê utilizar a água do mar?
Inegavelmente, a água do mar é muito mais abundante no planeta do que a água doce, utilizada para consumo humano. Este factor por si só já tem uma grande implicação na decisão. Além disso, a possibilidade de extrair hidrogénio a partir do mar leva a poupanças económicas expressivas.
Os investigadores da Universidade de Adelaide tencionam agora escalar este procedimento, utilizando para isso um eletrolisador maior. A esperança da equipa é de, eventualmente, aplicar os conhecimentos adquiridos a uma escala industrial, de forma a serem empregues de forma prática no nosso quotidiano.
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