quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Empresa Portuguesa desenvolve microssatélites para tráfego marítimo.


A constelação de microssatélites será comparticipada em 10 milhões de euros pelo PRR e visa monotorizar o tráfego marítimo com um sistema de comunicação entre navios.

A empresa portuguesa LusoSpace está a desenvolver uma constelação de 12 microssatélites de monitorização do tráfego marítimo, com um sistema de comunicação entre navios, um projecto orçado em cerca de 20 milhões de euros.

A constelação de microssatélites será comparticipada em 10 milhões de euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no quadro da “Agenda New Space Portugal”, que “visa transformar o perfil de especialização do sector espacial português com novos produtos e serviços inovadores, exportáveis e de maior complexidade tecnológica”.

A companhia, com sede em Lisboa, foi visitada pela ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, no âmbito da iniciativa governamental “PRR em Movimento".

A LusoSpace está na fase de concepção dos microssatélites, mas, segundo o director-executivo, Ivo Yves Vieira, estará preparada para “lançar uma linha de montagem” de satélites, incluindo os de outras empresas.

Em declarações à Lusa, após a visita da ministra, Ivo Yves Vieira disse que o primeiro dos microssatélites será enviado para o espaço em 2024 e os restantes em meados de 2025, não avançando de onde serão lançados.

Os pequenos satélites estarão equipados com tecnologia que permitirá fornecer não só a localização dos navios no mar, mas também o envio de alertas meteorológicos e mensagens de socorro entre embarcações.

De acordo com Ivo Yves Vieira, microssatélites como estes vão ser úteis no futuro para a navegação marítima autónoma.

Durante a visita à LusoSpace, o presidente da agência espacial portuguesa Portugal Space, Ricardo Conde, referiu, sem concretizar de onde serão lançados os microssatélites, que o projecto da empresa vai estar “alinhado com o tempo de maturidade” do porto espacial de Santa Maria, nos Açores, obra da responsabilidade do Governo Regional e que tem conhecido vários reveses, incluindo a impugnação do concurso.

Inicialmente, quando foi anunciado para ser uma base de lançamento de microssatélites, o porto espacial de Santa Maria deveria ter começado a funcionar no verão de 2021.

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