Um estudo publicado na revista alemã Angewandte Chemie destacou o potencial de um fungo para transformar resíduos plásticos dos oceanos em componentes para produtos farmacêuticos. Segundo o artigo, promovido pela Sociedade Química Alemã, essa químico-biológica para a conversão do polietileno é feita por um fungo comum do solo chamado Aspergillus nidulans, que foi geneticamente alterado.
Primeiro, os investigadores induziram a digestão de polietilenos usando oxigénio e alguns catalisadores de metal. Em seguida, longas cadeias de átomos de carbono resultantes dos plásticos decompostos foram alimentadas com fungos Aspergillus geneticamente modificados. Os fungos, conforme projectados, metabolizaram numa série de compostos farmacologicamente activos.
Os cientistas explicam que em outros métodos, o fungo pode digerir o material, mas leva meses, uma vez que os plásticos são muito difíceis de decompor. No entanto, a técnica descoberta promove a decomposição dos plásticos rapidamente: numa semana, já é possível ter o produto final.
"Acontece que os fungos produzem muitos compostos químicos, e eles são úteis para o fungo na medida em que inibem o crescimento de outros organismos. Esses compostos não são necessários para o crescimento do organismo, mas ajudam a protegê-lo ou a competir com outros organismos", explicam os investigadores.
O grupo afirmou que sequenciou os genomas de vários fungos e pode reconhecer as assinaturas de grupos de genes que produzem compostos químicos. "Podemos mudar a expressão dos genes, removê-los do genoma, fazer todos os tipos de coisas com eles. Vimos que havia muitos desses aglomerados de genes de metabólitos secundários e os nossos procedimentos de direccionamento de genes nos permitiram, pelo menos a princípio, a activar alguns deles", disseram.
Os especialistas ressalvam o problema da aacumulação e plásticos no meio ambiente, e estudos como este procuram transformar o poluente em algo útil, dentro do processo.
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