quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

«A protecção dos oceanos é uma causa global»


O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que «a protecção dos oceanos é uma causa global», pelo que deve ser abordada de uma forma «multilateral, centrada nas Nações Unidas, através de um processo participativo que envolva não só os governos mas toda a sociedade civil» e assente «na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar».

O Primeiro-Ministro falava na Ocean Race Summit Mindelo - Sustainable Ocean Finance, em Cabo Verde, onde interveio também o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.

Na sua intervenção, António Costa relembrou a 2.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas que decorreu em Lisboa, 27 de junho a 1 de julho de 2022, e da qual resultou a Declaração de Lisboa – intitulada «O nosso Oceano, o nosso futuro, a nossa responsabilidade».

Segundo o Primeiro-Ministro, «importa agora concretizarmos as nossas responsabilidades e caminharmos, em conjunto, para uma verdadeira agenda de protecção dos Oceanos, atingindo os compromissos assentes no Acordo de Paris e na Agenda 2030».

Primeiro-Ministro referiu-se ainda à Economia Azul como «uma componente fundamental da estratégia de desenvolvimento de Portugal»:

«A Economia Azul tem sido verdadeiramente resiliente e, mesmo em períodos adversos, está a crescer a um ritmo mais forte do que o resto da nossa economia nacional. E estamos a apostar em áreas com grande potencial de crescimento, como a biotecnologia, as energias renováveis oceânicas, as pescas, a aquacultura ou o ecoturismo», afirmou.

«Promover o empreendedorismo, o emprego e a inovação nesta área» é o outro grande objectivo do Portugal, onde se inclui o Hub Azul, uma rede de infraestruturas para a Economia Azul, com um investimento inicial de 87 milhões de euros.

Destacando a necessidade de aumentar o «financiamento das acções baseadas nos oceanos à escala global», António Costa referiu o Fórum sobre Economia Azul e Investimento, a decorrer à margem da Conferência dos Oceanos, e que constitui «uma oportunidade única de pôr em contacto os investidores e os potenciais beneficiários».

«Em 2022, este foi o maior evento global da economia azul. E é por isso que nos comprometemos a realizá-lo novamente este ano», frisou.

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