quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Menos pescada, mais bacalhau. Estão definidas as quotas de 2022


 






Os ministros com a Pasta das Pescas da União Europeia fizeram uma maratona para decidir as quotas de pesca. No caso de Portugal foi possível atenuar alguns dos cortes propostos pela Comissão Europeia, em relação à pescada, ao linguado e a lagostim.

Ainda assim, mantém-se reduções significativas, comparativamente com os totais admissíveis de captura relativos ao ano passado.

A pescada sofre uma redução de 8% face ao total admissível de captura de 2021. Bruxelas propunha um corte de 15%. "Neste caso, foi reconhecida a argumentação portuguesa de que a proposta inicial se encontrava desajustada à realidade deste manancial, pois com base na avaliação de uma única espécie extrapolava-se a redução para as várias espécies de linguado, que não são avaliadas", refere uma nota do Ministério do Mar.

No caso do lagostim, ficou decidido uma redução de 5% em relação ao ano passado, quando Bruxelas propunha um corte de 16%.

No documento divulgado após as negociações, o Ministério do Mar afirma que "foi compreendido que as duas unidades funcionais deste recurso onde o sector português das pescas actua estão em bom estado biológico, como reportam os pareceres científicos".

A nota refere ainda que "na Organização de Pescas do Atlântico Noroeste foi possível um aumento de 168% da quota do bacalhau, para as 786 toneladas", ou seja "mais 493 toneladas do que a quota em 2021.

Na Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico regista-se uma redução de 10%, de cerca de 310 toneladas, na quota de atum patudo e de 20% na quota de voador no Atlântico Sul, de cerca de 127 toneladas".

No documento divulgado após a reunião, o Ministério do mar destaca também o caso das Pescas da Noruega, onde se regista uma redução de 5 toneladas na quota do bacalhau capturado na respetiva zona económica exclusiva.

Em relação ao bacalhau do arquipélago de Svalbard, "onde Portugal tem uma quota importante", decorrem ainda as negociações, não se prevendo uma decisão antes de janeiro de 2022.

Foto: © ESTELA SILVA/LUSA



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