O enviado especial da ONU para os oceanos considerou que a dessalinização da água do mar em grande escala, para enfrentar a falta de água potável, levanta problemas.
Peter Thomson participou no 8º Fórum Mundial da Água, que decorreu em Brasília, no Brasil.
Segundo Peter Thomson, a dessalinização da água, apesar de ser uma alternativa, coloca problemas, como o que fazer com o resíduo de solução salina resultante do processo.
Para o enviado especial das Nações Unidas, "é necessário trabalhar" nas soluções que "são financeira e cientificamente viáveis".
Thomson entende que diferentes respostas para a crise mundial de água potável devem ser enquadradas numa solução mais ampla e que primeiro deve ser travado o aquecimento global, que está a afectar os oceanos.
"Colocámos o mar em grande perigo", assinalou, enumerando o aumento da temperatura da água, a pesca excessiva e a poluição com plásticos.
Peter Thomson recordou ainda que os gases com efeito de estufa "aquecem os oceanos, elevam o nível da água e privam-na de oxigénio, tornando mais difícil a vida marinha.
Um relatório da ONU, divulgado na segunda-feira, estima que a falta de água potável poderá atingir 5,7 mil milhões de pessoas até 2050.
Fonte: Açoreano Oriental
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