Os
europeus estão relativamente bem informados sobre o impacto das
alterações climáticas nos oceanos, mas uma grande percentagem
acredita que até 2100 nada de especial vai acontecer e defende uma
melhoria na explicação da ciência ao público.
Um estudo
envolvendo 10.000 europeus de 10 países, e que ontem foi publicado
na revista “Frontiers in Marine Science”, indica que 54% dos
cidadãos europeus acredita que os humanos influenciam apenas
parcialmente ou não influenciam as alterações climáticas.
E embora a
maioria dos inquiridos esteja relativamente bem informada “um
número surpreendente está mal informado, ou mesmo desinformado,
revelando uma grande falha na comunicação das alterações
climáticas à população”, disse um dos autores do trabalho,
Carlos Duarte, director do Centro de Pesquisa do Mar Vermelho, na
Arábia Saudita.
Muitos dos
entrevistados que pensam que estão bem informados sobre alterações
climáticas acreditam que o pior que pode acontecer até 2100 já
aconteceu, como perda de gelo no Ártico ou o aumento da temperatura
do mar. “Isso é muito perturbador porque se essas mudanças já
ocorreram nas suas cabeças o que é que os pode incentivar a exigir
medidas de prevenção” das emissões de gases com efeito de
estuda, questionou o responsável.
Ainda de
acordo com o inquérito, a opinião pública europeia considera a
poluição como o impacto humano mais grave nos oceanos, mas está
mal informada sobre a acidificação da água causada pelas emissões
de dióxido de carbono.
O
derretimento do gelo nos pólos, as inundações nas zonas
ribeirinhas, o aumento do nível do mar e situações climáticas
extremas são motivo de preocupação. Mas países que já enfrentam
problemas desses, como a subida das águas na Holanda ou a perda de
gelo na Noruega, são também os menos preocupados com o impacto das
alterações climáticas.
O estudo
mostra ainda que as pessoas mais conscientes e mais preocupadas são
as que vivem mais perto do mar, as mulheres, os habitantes dos países
do sul da Europa e as pessoas com mais idade.~
Fonte: Dnoticias
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