O
desporto continua a ser prioridade na comunicação do destino
Portugal.
O
Registo Nacional de Agentes de Animação Turística (RNAAT) mostra
611 empresas a trabalhar na área do surf, avançou a Secretaria de
Estado do Turismo, referindo que o desporto continua a ser prioridade
na comunicação do destino Portugal.
Os
dados anteriores, de Abril de 2016, indicavam o registo de 586
empresas que afirmavam realizar actividades de surf, além dos
empreendimentos turísticos e alojamentos locais, que disponibilizam
serviços e equipamentos para turistas que querem praticar este
desporto.
"Acresce
o facto de vários operadores turísticos internacionais e 'online
travel agencies' (agências a operar na internet) especializados em
viagens de surf, sobretudo do mercado europeu, programarem o país",
acrescentou a mesma fonte à Lusa, enumerando como destinos mais
procurados Peniche, Ericeira, Nazaré, Cascais, Costa Vicentina,
Viana do Castelo e Açores.
Em
resposta à agência Lusa, o gabinete de Ana Mendes Godinho
acrescentou que a produção de conteúdos sobre surf "continua
a ser uma prioridade na estratégia de comunicação do destino
Portugal para 2017".
Quanto
ao peso do surf na actividade turística, Portugal continua sem dados
estatísticos, embora Governo e praticantes notem um aumento na
oferta.
Em
2012, uma análise interna da Associação Nacional de Surfistas
(ANS), com base em contactos informais junto de empresas e em
estimativas, indicava que o surf poderia representar 400 milhões de
euros na economia nacional.
O
Governo admite que "seja superior" este valor e Francisco
Rodrigues, presidente da ANS, acredita poder ser "uma perspectiva até conservadora".
Para
estas contas, segundo Francisco Rodrigues, entram sobretudo a
"indústria endémica", a "componente dos serviços",
o que os "surfistas representam nas outras indústrias",
mas também a indústria têxtil, uma vez que há produções em
Portugal para "corresponder a vendas feitas a nível
internacional".
Para
a ANS, a oferta turística do surf vale pelo seu todo, até porque,
como recordou o dirigente, num raio de 150 quilómetros à volta de
Lisboa "é quase impossível não encontrar um bom dia de surf
ou um dia razoável que acomode as vontades de quem visita" o
país.
Já
o Governo disse à Lusa que o surf, "como tema âncora da
comunicação internacional de Portugal enquanto destino turístico,
será um dos temas abordados na campanha internacional, nas redes
sociais, na plataforma 'portuguese waves'" (ondas portuguesas).
Em
curso, até ao final deste mês, está a reestruturação da
plataforma 'portuguese waves' para torná-la num "melhor
instrumento de promoção e de apoio a quem procura fazer surf em
Portugal: com mais informação sobre a caracterização das praias,
o tipo de ondas que se pode encontrar nessas praias, informação
turística e notícias sobre o surf em Portugal", segundo a
Secretaria de Estado do Turismo.
Fonte: DN
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