A Maersk afirmou que ainda é relativamente cedo, de acordo com a sua análise, para retomar as rotas habituais através do Mar Vermelho para atingir o Canal do Suez, isto após 3 meses depois de iniciar a desviar todos os seus navios dessa mesma passagem. O armador dinamarquês acredita que a rota do Cabo da Boa Esperança garante uma maior estabilidade na cadeia de abastecimento, afirmando que a mudança repentina é complexa, e de que é necessária a sustentabilidade a médio/longo prazo, de modo a evitar novas perturbações.
O armador diz que está perfeitamente ciente da evolução da operação de missão europeia ASPIDES, que é vista como um ponto positivo, tendo igualmente em contra os esforços feitos pelos EUA e Reino Unido. O diálogo tem sido também desenvolvido com as entidades e a situação tem sido monitorizada com enorme cautela.
No último alerta dados aos clientes, afirmam que: “Lamentavelmente, tanto a nossa análise interna como as informações que recebemos de fontes externas ainda indicam que o nível de risco na região permanece elevado”.
Os porta-contentores da Maersk não foram poupados pelos rebeldes Houthis, tendo sido alvo em duas situações distintas, que levou à tomada de decisão de desviar navios da rota, evitando a passagem pelo Estreito de Bab el-Mandeb. Um dos navios afectados foi o Maersk Gibraltar, que fez com que se alterasse a estratégia. Após isso, e a obtenção de garantias de segurança, passou-se para uma estratégia de os planos de viagem navio por navio.
Mas, após novo incidente, envolvendo o Maersk Hangzhou, que foi atingido por um objeto desconhecido, durante o Estreito de Bab al-Mandab navegando de Singapura até Porto Suez, no Egipto. Embora não houvesse indicação de incêndio a bordo, a Maersk disse que, por preocupação com a segurança da tripulação, eles estavam novamente redirecionando todas as viagens.
O alerta do armador indicava que. “Na Maersk, estamos cientes de que algumas outras companhias marítimas continuaram a navegar através do Mar Vermelho, apesar dos riscos de segurança ou anunciaram os seus planos para retomar a navegação”.
Acrescentando ainda que: “Respeitamos o direito de cada transportadora de tomar tais decisões individualmente. Ao mesmo tempo, continuamos com a nossa própria avaliação de que a situação actual não nos permite tomar uma decisão semelhante e, portanto, continuamos a acreditar que navegar através do Cabo da Boa Esperança e contornar África é a solução mais razoável neste momento e a única que atualmente permite a melhor estabilidade da cadeia de abastecimento.”
Em relação à Missão Europeia ASPIDES, informou já escoltaram 35 navios mercantes. Em matéria de acções defensivas abateram de oito UAVs ( Veículos aéreos não tripulados), rebater outros três ataques de UAV. Os franceses abateram outro UAV visando um navio que escoltavam, o navio de guerra alemão Hessen destruiu um USV (Veículo de superfície não tripulado), enquanto escoltava um navio, tendo interceptado e destruído 3 mísseis balísticos, tendo os franceses reportado posteriormente que interceptaram e destruíram mais três mísseis balísticos.
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