Segundo a informação da Linerlytica, empresa de análise de dados sediada em Hong Kong, existe actualmente um novo ponto de congestionamento portuário, que sobrecarrega o segmento contentorizado, como consequência directa dos desvios do Mar Vermelho.
A Lynerlytica no seu último relatório semanal, mencionou que: “O indicador global de congestionamento portuário atingiu a marca de 2 milhões de TEU, representando 6,8% da frota global, com Singapura a tornar-se o novo hotspot de congestionamento. O SCFI [Índice de Frete Contentor de Xangai] aumentou 42% no mês passado, com ganhos adicionais em junho, à medida que as transportadoras estão adicionando novas sobretaxas e aumentos de taxas”.
Os armadores foram forçados a garantir novos equipamentos e estender os fretes de navios para além de setembro “depois da sua hesitação inicial em se comprometer muito no caso de a procura diminuir após a alta temporada do verão”, afirmou a Linerlytica. Os sinais do mercado são “extremamente optimistas” e lembram os aumentos substanciais das taxas que começaram em 2021 e continuaram ao longo de 2022.
Este ano, o congestionamento regressou às cadeias contentorizadas, com Singapura a tornar-se a última vítima, uma vez que os navios regressam à Ásia fora do horário devido às longas viagens na rota do Cabo.
“Há atrasos de atracação de até sete dias, com a capacidade total de espera para atracar subindo para 450 mil teus nos últimos dias. O grave congestionamento forçou algumas transportadoras a omitir as escalas planeadas nos portos de Singapura, o que agravará o problema nos portos a jusante que terão de lidar com volumes adicionais”, afirmou a Lynerlytica
O impacto retirou de circulação mais de 400.000 TEU de capacidade de navios só na última semana, com uma nova escalada para os actuais atrasos críticos esperados nas próximas semanas, à medida que a época alta ganha ritmo.
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