O parlamento alemão aprovou ontem a participação das Forças Armadas do país na missão da União Europeia (UE) no Mar Vermelho, oficializada na passada segunda-feira e que visa proteger os navios comerciais dos ataques dos rebeldes iemenitas Houthis.
Na votação, 538 deputados aprovaram o mandato que permitirá enviar até 700 militares até fevereiro de 2025, envolvendo aproximadamente 55,9 milhões de euros. Votaram contra 31 deputados, enquanto quatro abstiveram-se.
Os Houthis aproveitam a "situação geográfica do Iémen, que lhes permite, com relativamente poucos recursos, desestabilizar continuamente um centro nevrálgico da economia mundial", argumentou a deputada do partido Os Verdes, Sara Nanni, para justificar a necessidade da intervenção.
A oposição democrata-cristã alemã também apoiou a missão porque, segundo o deputado Jürgen Hardt, "não se pode ficar à margem se uma via tão importante no mundo estiver ameaçada pelo terrorismo".
Já o Partido de extrema-esquerda da Alemanha ('Die Linke') e a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, opuseram-se.
A missão EUNAVFOR ASPIDES incluirá quatro fragatas provenientes da França, Alemanha, Grécia e Itália, que também vão colaborar com uma patrulha aérea na zona, conforme explicaram várias fontes diplomáticas na passada segunda-feira.
A operação será apenas defensiva e visa escoltar navios comerciais que navegam pelo Golfo Pérsico, Golfo de Omã, Golfo de Aden e Mar Vermelho, assim como abater quaisquer possíveis mísseis ou 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) que os Houthis possam lançar.
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