quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Maersk: Dubai utilizado para poupar custos e tempo.


A dinamarquesa Maersk, foi uma das primeiras companhias de transporte marítimo a abandonar a rota do Canal do Suez, devido aos ataques dos rebeldes Houthis do Iémen, tendo após essa decisão, alterado a estratégia para a rota do Cabo da Boa Esperança, ao redor de África, o que acrescentou duas semanas, aos tempos de trânsito.

Contudo, a Maersk, que possui 20% do tráfego marítimo mundial, não abandonou o estudo de outras alternativas, sendo que agora surge uma opção com mais contenção: Dubai.

Christopher Cook, o Director responsável da Maersk para o Qatar/Omã e EAU - Emirados Árabes Unidos, mencionou que o armador dinamarquês utiliza outra opção, que cumpre dois requisitos importantes: Evitar ataques directos e evitar perdas de tempo. Afirmou que: 
"Estamos a usar o porto do Dubai como um centro logístico para fazer os embarques via terrestre para o porto de Jeddah, que é o principal porto da costa oeste da Arábia Saudita."

Em declarações numa entrevista ao El Economista e a outros meios de comunicação, o Director afirmou que a partir do porto de Jeddah, e possível "transitar para o Egipto, Turquia ou Itália, facilitando igualmente a possibilidade de embarque aéreo", o que corta  30% do custo total das operações.

O responsável falou ainda que: "Até agora, as cadeias de abastecimento tinham uma base muito sólida na China, mas as empresas estão a procurar múltiplos pontos de abastecimento. E o Dubai pode desempenhar um papel muito importante nesse sentido. É uma economia que está a crescer e que se diversificou com base no petróleo, consolidando-se como um dos maiores centros logísticos do mundo".

Christopher Cook afirma ainda que o gigante logístico tem cuidado e atenção nas opções, que não acreditam que vão poder voltar ao Suez antes do final deste ano, que a opção Dubai é válida enquanto houver o conflito Israel-Hamas, que o impacto dos conflitos é visível nas contas e que fez disparar o preço de contentores e seguros, afirmando ainda que "causou uma contração da capacidade entre 5% e 7%", sem quer cair no pessimismo".

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