Já se sabe que o desvio de navios para evitar o Mar Vermelho e encaminhar pela rota do Cabo da Boa Esperança já começa a ter impactos sérios nas empresas nacionais, não só devido ao aumento do custo dos transportes, como também nos atrasos de entrega das mercadorias, cujo atraso pode ir até aos 15 dias, provocando instabilidade na cadeia nacional.
De acordo com várias declarações ao SC, a preocupação tem vindo a aumentar, até porque não se tem visto qualquer tipo de mudança para "desmantelar" este bloqueio:
O CEO da Portocargo, Mário de Sousa, estima que "...o preço dos contentores tenha triplicado desde o início desta crise, enquanto o desvio pelo Cabo da Boa Esperança acrescenta, em média, entre 12 a 15 dias ao tempo de trânsito."
Miguel Ángel de la Torre, Vice-Presidente da Ocean Freight Iberia: “Há impactos relacionados com questões de serviços, como atrasos na chegada das mercadorias aos mercados finais, e também uma questão de custos, decorrente do aumento dos custos das companhias de navegação devido a vários fatores que afectam os seus custos operacionais“. Refere ainda que, “o mais relevante é mesmo a perturbação verificada nos circuitos de serviço das companhias de navegação, que têm agora de dispor de navios suplementares para compensar os tempos de trânsito mais longos, se quiserem manter a regularidade do serviço semanal”.
O presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, destaca que: "...os riscos geopolíticos no Médio Oriente têm efeitos diretos no comércio internacional, aumentando os custos de transporte e causando disrupções nas cadeias de valor globais. A diversificação de mercados é apontada como uma estratégia crucial para mitigar tais riscos."
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