sábado, 16 de dezembro de 2023

O Atlântico Norte está mais quente e ácido do que há 40 anos


Os oceanos ficaram mais quentes do que nunca este ano, atingindo valores recordes de temperatura devido às alterações climáticas. A temperatura média de todos os oceanos ultrapassou a marca dos 21 °C, um valor nunca atingido desde o início dos registos em 1981.

Mas agora, um estudo analisou mais regionalmente as águas do Atlântico Norte, a cerca de 80 quilómetros a sudeste das ilhas Bermudas, e identificou que as águas nessa região estão mais quentes e ácidas do que há quatro décadas atrás.

A investigação foi realizada por cientistas da Universidade Estadual do Arizona (ASU) e publicada recentemente na revista Frontiers in Marine Science.

Os investigadores analisaram dados mensais da física, biologia e química das águas superficiais e do fundo do oceano nesta região desde 1983, dados esses recolhidos e fornecidos pelo projeto Bermuda Atlantic Time-series Study (BATS).

Os resultados mostraram que houve um aquecimento das águas superficiais, um aumento da salinidade, diminuição de oxigénio dissolvido, aumento do dióxido de carbono (CO2) e acidificação das águas, em comparação com o que era há quatro décadas atrás.

Em relação à temperatura, observou-se um aumento de 0,24 °C por década desde 1983 na superfície do Atlântico norte subtropical – o que significa um oceano cerca de +1 °C mais quente do que há 40 anos atrás. Durante este período, a salinidade aumentou em +0,136 e a perda de oxigénio foi de aproximadamente 6% (ou 12,5 µmol kg-1).

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