Segundo avança o Observador, os Estados Unidos não querem que o Governo português adjudique a compra de um novo scanner para o porto de Lisboa à empresa chinesa Nuctech por acreditarem que representaria um “risco à segurança nacional”, uma vez que se trata de uma firma na esfera de influência de Pequim.
A posição da administração Biden foi transmitida por Sarah Morgenthau, representante do governo norte-americano para o comércio e negócios que é citada pelo jornal Público, durante uma deslocação oficial a Lisboa.
“Sabemos que o Governo português abriu um concurso sobretudo assente no preço e o Governo dos EUA está muito preocupado com empresas como a Nuctech. Levanta o mesmo tipo de questões no tema 5G [quando os norte-americano disseram que preferiam que Portugal não tivesse qualquer equipamento da Huawei nessa rede] e a presença de empresas de controlo estatal da República Popular da China em infraestruturas críticas tanto em Portugal como no resto do mundo”, afirmou Sarah Morgenthau, antes de reconhecer que esta é uma decisão que “cabe a Portugal”.
Para os Estados Unidos, que para já não colocam em causa a certificação de “porto seguro” do Porto de Lisboa, “é preciso garantir” que a escolha daquele que será o fornecedor do novo scanner não recaia sobre empresas de “países autoritários” como “China, Rússia e Irão”. O concurso público internacional para adquirir esse equipamento — num negócio que rondará os três milhões de euros — foi aberto em junho e é promovido pela Autoridade Tributária, que ao Público disse que se encontra em “fase avançada”. “Uma vez concluído em todas as suas etapas, [o resultado do concurso] será publicitado nos termos legais”, acrescentou.
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