quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Governo dos Açores volta a fretar navio “Margarethe” para abastecer ilha das Flor


O Governo dos Açores vai voltar a fretar o navio “Margarethe”, um porta-contentores com bandeira de Antígua, para garantir o transporte de mercadorias para a ilha das Flores, cujo porto comercial foi destruído em 2019 pelo furacão Lorenzo.
“Estamos a ultimar os procedimentos para, no início de março, termos cá o navio Margarethe, fretado pelo Governo dos Açores, através do Fundo Regional de Coesão”, anunciou Berta Cabral, secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, em declarações aos jornalistas à margem do plenário da Assembleia Regional, reunido na cidade da Horta.

A governante explicou que, “a diferença em relação à operação actual é que o navio Margarethe, sendo fretado, pode aguardar uma aberta para poder atracar, ao contrário de um navio em rota, que tem de seguir a sua viagem quando não consegue”.

Berta Cabral admitiu que os navios que atualmente operam nas Flores têm registado dificuldade para carregar e descarregar mercadorias, devido à ausência de proteção do molhe principal, destruído pelo furacão Lorenzo, em outubro de 2019, e de novo, danificado, pela tempestade Efrain, em dezembro de 2022.

O navio Margarethe, com 86,53 metros de comprimento, com 12,9 metros de boca, está actualmente na Guiné Conacri, e vai terminar a sua missão no final do mês de fevereiro, para que possa rumar aos Açores, para assegurar o transporte de mercadorias para a ilha das Flores, explicou.

A operação irá durar apenas três ou quatro meses, enquanto não for realizada uma intervenção no molhe de protecção, para facilitar a operacionalidade naquela ilha, e irá custar à Região 125 mil euros mensais.

“Sabemos que não faltam bens essenciais nas Flores, mas sabemos que faltam factores de produção, faltam materiais de construção civil, faltam produtos para a actividade económica na ilha, para os comerciantes, para os industriais”, admitiu a governante, adiantando que esta solução agora encontrada com o navio Margarethe, pretende dar resposta às reivindicações dos empresários e da população residente nas Flores.

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