A Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores
Portuários (FNSTP) criticou o "silêncio" da ministra do Mar aos
pedidos de audiência dos sindicatos, avisando que se não houver resposta até 25
de maio, a greve será uma possibilidade.
Os dirigentes das oito associações sindicais que integram a
federação estiveram reunidos no Porto de Sines na quinta e sexta-feira, tendo
escrito uma carta à ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, a exigirem para serem
recebidos para discutirem "a necessidade de melhorar as condições"
dos trabalhadores portuários, disse o presidente da FNSTP, Aristides Peixoto, à
Lusa.
Perante a falta de respostas, a federação disse que vai
"aguardar até ao dia 25 de maio de 2018" para que a ministra
viabilize o encontro, sob pena de a FNSTP "promover iniciativas legais de
expressão prejudicial ao normal funcionamento dos portos".
Segundo explicou Aristides Peixoto, "a greve será o
último recurso, mas pode acontecer".
A federação acusa a ministra de ter "um procedimento
pessoal e institucional insólito e lamentável" desde meados de 2016, uma
vez que se abstém desde essa altura de responder ao pedido de audiência que
"repetidamente" tem sido feito pela FNSTP.
A falta de resposta a um documento entregue pela federação à
ministra em 15 de Julho de 2016 "exprime e denota uma indesculpável
irresponsabilidade cívica e política, a par de falta de respeito para com
instituições do sector" por parte da governante, dizem os sindicatos na
carta dirigida a Ana Paula Vitorino.
Segundo a federação, a UGT também já interveio perante o
"anómalo estado de alheamento e indiferença" da ministra do Mar, mas
não obteve resposta, submetendo a organização sindical portuária a um
"inacreditável silêncio ou ostracismo".
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