Estudo revelou conclusões alarmantes e não há expectativas de melhorias. Os resultados põem em causa a sobrevivência de milhares de espécies, incluindo os humanos.
Uma nova investigação levada a cabo pelo Centro de Pesquisa para o Oceano, da fundação GEOMAR, em Kiel, na Alemanha, demonstrou que o nível de oxigénio no mar desceu 2% entre 1960 e 2010. Estas revelações, publicadas na revista Nature, na quarta-feira, são bastante preocupantes.
Os autores desta investigação - Sunke Schmidtko, Lothar Stramma e Martin Visbeck - começaram a analisar os oceanos nos anos 60, medindo temperatura das águas - entre outros requisitos habituais - e conseguiram mapear a perda de oxigénio em todos os oceanos, chegando à estimativa média de pelo menos 2%. O Oceano Árctico foi aquele que registou o maior volume de oxigénio perdido.
Este resultado é alarmante e as previsões não são as melhores. Segundo os investigadores, as bactérias são o único ser capaz de sobreviver com níveis de oxigénio tão baixos e, além das espécies marinhas, também os humanos correm riscos.
A verdade é que esta aparente pequena diminuição pode modificar bastante os ecossistemas, já que o nível de oxigénio não se distribui uniformemente.
Acreditamos que tal declínio de oxigénio nos mares pode afectar os ciclos de nutrientes e o habitat marinho, com consequências potencialmente prejudiciais para as pescas e as economias costeiras."
Nestas “zonas mortas”, os peixes não são capazes de prosperar e é também produzido um gás de efeito estufa, denominado óxido nitroso, prejudicial à saúde do ambiente.
O futuro não é promissor e os cientistas estimam que, até 2100, os níveis voltem a baixar entre 1% a 7%. Esta é uma consequência desastrosa provocada pelas constantes mudanças climáticas.
Fonte: TVI24
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