No caso do sistema portuário nacional verifica-se que é produzido um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de cerca de 20€ por tonelada de mercadoria movimentada. Este indicador pode apontar para a existência de uma garantida vida própria para a “Economia Portuária” ou ajudar demonstrar que esta só faz sentido enquanto parte do sistema económico alargado ao domínio nacional, europeu ou global.
O transporte marítimo internacional e muitas das outras actuais actividades baseadas nos oceanos, com toda a sua escala verdadeiramente inumana, manifestam-se difíceis de intuir numa visão holística de uma economia global, regional ou até mesmo de um país que possua um grande capital marítimo, como é o caso de Portugal.
Talvez por isso nos últimos anos se tenha verificado uma recorrente utilização da expressão “Economia Marítima” na dialética do sector e até no discurso político de carácter mais ou menos oficial.
Esta compartimentação de sectores económicos é claramente questionável mas compreensível dada a complexidade das relações entre estes, a qual implica consequências de monta face à tomada de medidas mesmo que tidas a priori, como de impacto restrito.
Logo, o conceito de “Economia Marítima” deriva do tal dimensionamento e escala difíceis de objectivar se o sector for tido unicamente como peça indissociável da restante economia, mas também da necessidade da presença de uma forte especialização nas esferas de topo das decisões estratégicas para o sector.
Aponta portanto para o enquadramento teórico da gestão de curto prazo, numa relação de proximidade e de resultados directos que se torna menos adequado caso a esfera de influência das decisões seja mais alargada. Nesse caso é necessário uma visão da Economia como um “todo”, na qual é óbvio que o sector das Actividade Marítimas desempenha um papel de altíssima importância.
Será então nessa capacidade de perceber a Economia do Mar no conjunto de todo o edifício económico global que se encontra o segredo para que o “Mar” constitua um capital realizável e realizado.
Um primeiro exemplo desta abordagem foi dado por Adam Smith nos seus livros “A riqueza das Nações”, cujas primeiras edições aconteceram em 1759. Tido frequentemente como o pai da economia moderna, o autor produziu uma nova teoria económica evocando a globalização como fator de crescimento económico.
Sem que lhe seja conhecida alguma ligação ao Mar e sem utilizar a expressão “Economia do Mar”, aponta o transporte marítimo e fluvial como decisivo para o alargamento dos mercados, única forma de atingir um elevado grau de eficiência através da especialização que cada área geográfica pode proporcionar.
Significa portanto que no caso da actividade portuária o contributo para a economia é mais indirecto ao permitir um desenvolvimento mais eficiente de outras actividades o que é perfeitamente constatável nos números relativos a 2010 divulgados pelo Governo no Anexo A da “Estratégia Nacional para o Mar 2013 – 2020”.
Sendo o Produto Interno Bruto per capita (PIBpc) português de 2010 cerca de 16.840,00€ e o VAB da actividade portuária situado nos 1.230,40 milhões de euros, temos uma contribuição e 115,00€ para o PICpc nacional o que corresponde a 0,68% deste indicador.
Se tivermos em conta que no mesmo período a Industria e a Manufactura contribuíram em 30% para o mesmo PIBpc, parece ser legítimo concluir que a actividade portuária no que diz respeito à movimentação de mercadorias, tem um papel pouco importante para a economia.
O que a torna estratégica é a sua capacidade para alavancar os outros sectores da economia, permitindo que no já citado exemplo da Indústria e Manufactura estes se tornem contribuintes cada vez mais fortes para o rendimento disponível.
Acresce ainda que numa visão integrada da actividade portuária em relação aos outros sectores já se concluiu que as áreas portuárias possuem grande capacidade para potenciar o desenvolvimento de actividades de baixa intensidade industrial e manufactura.
Constituindo estas, serviços de valor acrescentado às cargas, contribuem decisivamente para a redução do custo do transporte, o que obrigatoriamente se traduz num aumento da competitividade do sector e da economia portuguesa, garantindo ainda uma melhor integração dos Portos nacionais no actual modelo da Economia Global.
O transporte marítimo internacional e muitas das outras actuais actividades baseadas nos oceanos, com toda a sua escala verdadeiramente inumana, manifestam-se difíceis de intuir numa visão holística de uma economia global, regional ou até mesmo de um país que possua um grande capital marítimo, como é o caso de Portugal.
Talvez por isso nos últimos anos se tenha verificado uma recorrente utilização da expressão “Economia Marítima” na dialética do sector e até no discurso político de carácter mais ou menos oficial.
Esta compartimentação de sectores económicos é claramente questionável mas compreensível dada a complexidade das relações entre estes, a qual implica consequências de monta face à tomada de medidas mesmo que tidas a priori, como de impacto restrito.
Logo, o conceito de “Economia Marítima” deriva do tal dimensionamento e escala difíceis de objectivar se o sector for tido unicamente como peça indissociável da restante economia, mas também da necessidade da presença de uma forte especialização nas esferas de topo das decisões estratégicas para o sector.
Aponta portanto para o enquadramento teórico da gestão de curto prazo, numa relação de proximidade e de resultados directos que se torna menos adequado caso a esfera de influência das decisões seja mais alargada. Nesse caso é necessário uma visão da Economia como um “todo”, na qual é óbvio que o sector das Actividade Marítimas desempenha um papel de altíssima importância.
Será então nessa capacidade de perceber a Economia do Mar no conjunto de todo o edifício económico global que se encontra o segredo para que o “Mar” constitua um capital realizável e realizado.
Um primeiro exemplo desta abordagem foi dado por Adam Smith nos seus livros “A riqueza das Nações”, cujas primeiras edições aconteceram em 1759. Tido frequentemente como o pai da economia moderna, o autor produziu uma nova teoria económica evocando a globalização como fator de crescimento económico.
Sem que lhe seja conhecida alguma ligação ao Mar e sem utilizar a expressão “Economia do Mar”, aponta o transporte marítimo e fluvial como decisivo para o alargamento dos mercados, única forma de atingir um elevado grau de eficiência através da especialização que cada área geográfica pode proporcionar.
Significa portanto que no caso da actividade portuária o contributo para a economia é mais indirecto ao permitir um desenvolvimento mais eficiente de outras actividades o que é perfeitamente constatável nos números relativos a 2010 divulgados pelo Governo no Anexo A da “Estratégia Nacional para o Mar 2013 – 2020”.
Sendo o Produto Interno Bruto per capita (PIBpc) português de 2010 cerca de 16.840,00€ e o VAB da actividade portuária situado nos 1.230,40 milhões de euros, temos uma contribuição e 115,00€ para o PICpc nacional o que corresponde a 0,68% deste indicador.
Se tivermos em conta que no mesmo período a Industria e a Manufactura contribuíram em 30% para o mesmo PIBpc, parece ser legítimo concluir que a actividade portuária no que diz respeito à movimentação de mercadorias, tem um papel pouco importante para a economia.
O que a torna estratégica é a sua capacidade para alavancar os outros sectores da economia, permitindo que no já citado exemplo da Indústria e Manufactura estes se tornem contribuintes cada vez mais fortes para o rendimento disponível.
Acresce ainda que numa visão integrada da actividade portuária em relação aos outros sectores já se concluiu que as áreas portuárias possuem grande capacidade para potenciar o desenvolvimento de actividades de baixa intensidade industrial e manufactura.
Constituindo estas, serviços de valor acrescentado às cargas, contribuem decisivamente para a redução do custo do transporte, o que obrigatoriamente se traduz num aumento da competitividade do sector e da economia portuguesa, garantindo ainda uma melhor integração dos Portos nacionais no actual modelo da Economia Global.
Fonte: APP
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