O fenómeno, chamado de maré vermelha, resulta da alta concentração de Mesodinium rubrum, um microrganismo que se prolifera na superfície do mar. É um pequeno ciliado (menor que 100 micrômetros de diâmetro) funciona como uma planta, ou seja, pode realizar fotossíntese (autotrófico) e, ao mesmo tempo, alimentar-se de outros seres (heterotrófico). Por isso, é classificado como um organismo mixotrófico.
O Mesodinium rubrum depende das pequenas microalgas das quais se alimenta (criptófitas) para "roubar" oscloroplastos e, assim, conseguir fotossintetizar. A água do mar fica avermelhada durante as florações de Mesodinium rubrum porque os cloroplastos que rouba das criptófitas contêm pigmentos avermelhados.
Apesar de não ser tóxico, pode levar também ao aumento de outros organismos que prejudicam a saúde, o que preocupou banhistas e especialistas.
A presença excessiva de Mesodinium pode levar à hipóxia, a redução de oxigénio na água, afectando a vida marinha. Além disso, o microrganismo serve de alimento para o Dinophysis, uma microalga que produz toxinas perigosas. Essas toxinas podem acumular-se, representando riscos de consumo à saúde humana.
Segundo especialistas, a maré vermelha é um evento comum, especialmente durante o verão, mas em volumes tão altos quanto os observados é considerado muito preocupante.
Autoridades locais monitoram o fenômeno para evitar impactos maiores no turismo e na saúde pública.
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