sexta-feira, 14 de março de 2025

Portos de Sines e do Algarve com novo Conselho de Administração.


Pedro do Ó Ramos assume o cargo de Presidente, acompanhado por Fernanda Nunes e Jaime Puna, enquanto Vogais Executivos

A APS - Administração dos Portos de Sines e Algarve conta com novo Conselho de Administração, em funções desde o dia 10 de março.

Composto por Pedro do Ó Ramos, Fernanda Nunes e Jaime Puna, o novo executivo assume a liderança da APS numa altura de forte internacionalização para o Porto de Sines, destacando-se ainda os desafios inerentes à transição energética e sustentabilidade ambiental, bem como a prossecução da estratégia de inovação e digitalização.

O recém-nomeado Presidente do Conselho de Administração, Pedro do Ó Ramos é Licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, e conta com uma sólida experiência no âmbito jurídico e político, tendo dedicado parte significativa da sua atividade ao serviço público e à promoção de políticas relacionadas com temas como a agricultura e o mar.

Para além de já ter uma longa carreira como Advogado, foi Secretário de Estado do Mar e Deputado em várias Legislaturas na Assembleia da Républica, com participação ativa em diversas comissões parlamentares, destacando-se nas áreas da Agricultura e Mar. A sua atuação política incluiu a coordenação de comissões parlamentares nas referidas áreas, o que lhe conferiu um sólido conhecimento do setor.

Pedro do Ó Ramos foi vogal do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Habitação (INH), onde contribuiu para a formulação e execução de políticas habitacionais em Portugal, tendo sido, ainda, presidente da Comissão Executiva do projeto “Velhos Guetos, Novas Centralidades” sob os EEA Grants, com funções interventivas de regeneração urbana. 

Fernanda Nunes, acumula no seu percurso profissional uma vasta experiência na área de logística e gestão portuária, tendo desempenhado cargos de destaque no setor. 

Recentemente foi Diretora da Delegação de Lisboa/Setúbal da JOMATIR LOGISTICS, SA, tendo ainda exercido funções de Business Manager na MEDWAY SA (Grupo MSC), e Logistics Manager na MSC - Mediterranean Shipping Company, S.A. e PIONNER, S.A. Além disso, desempenhou também funções como International Business Manager do Grupo ETE-ETE Logística, S.A. 

Atualmente, é Professora Assistente Convidada na Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal (ESCE IPS), onde leciona disciplinas na área de Gestão Logística e Portuária. 

Entre outras experiências relevantes, foi responsável por consultorias em Análise de Gestão Portuária na LOGZ- Plataforma Logística do Poceirão e em Análise Orçamental Portuária na SADOPORT (Terminal Multiusos do Porto de Setúbal). 

Conta também com uma sólida formação académica, incluindo o Bacharelado em Direito pela U.A.L e Universidade Moderna de Setúbal, Pós-Graduação em Logística pela Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE), e Mestrado em Ciências Empresariais, também pela ESCE. 

Fernanda Nunes é ainda coautora do livro “Portos, Shipping, Intermodalidade e Governação”, em colaboração com os autores Vítor Caldeirinha e António Felício, que reflete a sua experiência e contribuição para o setor logístico e portuário. 

Jaime Puna é licenciado em Engenharia Química Industrial pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), com Mestrado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa (FCT/UNL) e ainda o Doutoramento em Engenharia Química no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (IST/UL). 

Na indústria, desenvolveu funções de Chefe de Produção na antiga unidade de fabrico de produtos químicos para manutenção industrial, Triquímica, S.A., sendo atualmente Professor Adjunto no ISEL, onde leciona nas áreas de Engenharia Química, Engenharia Biológica, Eng.ª da Qualidade e Ambiente, com ênfase em Tecnologia Química. 

Foi investigador responsável (IR/co-IR) de projetos de I&D nas áreas da bioenergia, tendo sido responsável do Laboratório de Tecnologia Química do ISEL, entidade onde exerceu também funções de Coordenador da Licenciatura em Engenharia Química e Biológica. 

Jaime Puna é autor e coautor de cerca de 30 artigos científicos, para além de 2 capítulos de livros e 20 publicações em atas de conferências, tendo apresentado mais de 60 comunicações em eventos científicos. 

Com a nova Equipa ao leme, mantém-se o foco no reforço do posicionamento no shipping internacional, ao serviço da comunidade portuária, logística e industrial dos portos de Sines e do Algarve, dos importadores e exportadores Ibéricos, e em prol da economia nacional.

terça-feira, 11 de março de 2025

Taxa de aquecimento dos oceanos quadruplicou em 40 anos

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A taxa de aquecimento dos oceanos mais do que quadruplicou nos últimos 40 anos, o que motivou temperaturas oceânicas sem precedentes em 2023 e início de 2024, indicou um estudo divulgado. O estudo foi publicado na revista “Environmental Research Letters” e informa que as temperaturas dos oceanos estavam a aumentar cerca de 0,06 graus celsius por década no final dos anos 1980 e agora estão a aumentar 0,27 graus por década.

 Chris Merchant, professor da Universidade de Reading, Inglaterra, e autor principal do estudo usou o exemplo de uma banheira para explicar o que se está a passar com os oceanos.

“Se os oceanos fossem uma banheira de água, então, na década de 1980, a torneira quente estava a correr lentamente, aquecendo a água em apenas uma fração de grau a cada década. Mas agora a torneira quente está a correr muito mais depressa e o aquecimento acelerou. A forma de abrandar esse aquecimento é começar a fechar a torneira de água quente, cortando as emissões globais de carbono e avançando para o zero líquido”, explicou.

A aceleração do aquecimento dos oceanos é impulsionada pelo crescente desequilíbrio energético da Terra, que absorve mais energia do Sol do que a que escapa para o espaço. Este desequilíbrio quase duplicou desde 2010, em parte devido ao aumento das concentrações de gases com efeito de estufa e porque a Terra está agora a refletir menos luz solar para o espaço do que antes.

As temperaturas globais dos oceanos atingiram máximos históricos durante 450 dias seguidos em 2023 e no início de 2024. Parte desse aquecimento deveu-se ao “El Niño”, um fenómeno natural e temporário de aquecimento das águas no oceano Pacífico e que influencia o clima no planeta.

 De acordo com os cientistas, a taxa de aquecimento global dos oceanos observada nas últimas décadas não é um guia preciso para o que vai acontecer a seguir, sendo plausível que o aumento da temperatura dos oceanos registado nos últimos 40 anos seja ultrapassado nos próximos 20 anos, em metade do tempo.

O aquecimento acelerado sublinha a urgência de reduzir a queima de combustíveis fósseis, para evitar aumentos de temperatura ainda mais rápidos no futuro e para começar a estabilizar o clima.

Projecto DUVOPS do Politécnico de Leiria com financiamento da FCT.


O projecto ‘DUVOPS – Digital Twins Heterogeneous Unmanned Vehicles Ocean Preservation System’ teve um enorme apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT): teve avaliação máxima da Fundação e vai ser financiado com 250 mil euros, com uma duração até 2027.

O IPL - Instituto Politécnico de Leiria afirma que diz este apoio para o DUVOPS «reforça a posição» de Portugal como um «líder em inovação tecnológica aplicada à defesa e segurança marítima».

Ao juntar as tecnologias de inteligência artificial, gémeos digitais e frotas autónomas, a plataforma que serve de base à operação destes drones garante uma «monitorização mais eficiente e eficaz dos oceanos» e uma intervenção «imediata», sempre que «necessário».

Agora, seguem-se os testes, que vão acontecer na Zona Franca Tecnológica ‘Infante D. Henrique’, em Tróia (Grândola). António Pereira, professor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria e investigador no Centro de Investigação em Informática e Comunicações, está à frente deste projecto e destaca o impacto do DUVOPS.

«Além de contribuir para a conservação dos oceanos, representa um avanço significativo no conhecimento tecnológico e científico em sistemas autónomos e inteligência artificial», além de dar ao País «capacidades avançadas para a vigilância e protecção do seu vasto território marítimo», diz o responsável.

O DUVOPS tem como base o trabalho desenvolvido no âmbito do projecto DBoids – Digital Twin Boids Fire Prevention System (também da responsabilidade do IPL), igualmente financiado pela FCT; aqui, o objectivo era o de «prevenção e combate a incêndios florestais».

Baleia-cinzenta dada como extinta é avistada no Oceano Atlântico após 200 anos.


Uma baleia-cinzenta extinta do Atlântico por mais de 200 anos foi avistada na Nova Inglaterra na semana passada em um "evento incrivelmente raro", disse o Aquário da Nova Inglaterra, região nordeste dos EUA.

A baleia foi avistada na passada sexta-feira, a 30 milhas ao sul de Nantucket, Massachusetts, mergulhando e ressurgindo, ao que tudo indica a alimentar~se, disse o aquário num comunicado à imprensa. A equipa de pesquisa aérea do aquário circulou a área da baleia por cerca de 45 minutos e tirou fotos, e depois confirmou que era de facto uma baleia-cinzenta rara.

"O meu cérebro estava tentando processar o que estava vendo, porque esse animal era algo que realmente não deveria existir nessas águas", disse a técnica de pesquisa Kate Laemmle, que estava no avião de pesquisa, num comunicado. "Estávamos rindo por causa de quão selvagem e emocionante isso era — ver um animal que desapareceu do Atlântico há centenas de anos!"

As baleias-cinzentas, que não têm nadadeiras dorsais, têm pele manchada de cinza e branco, corcovas dorsais e cristas pronunciadas e geralmente são encontradas no Oceano Pacífico Norte.

A espécie desapareceu do Oceano Atlântico no século XVIII, em parte por causa da caça às baleias, disse o aquário. 

Estudantes portugueses mobilizados para proteger oceanos em carta à ONU


programa de mobilização de crianças e jovens portugueses está a ser planeado pelo Oceanário de Lisboa e pela Fundação Oceano Azul, no âmbito do 'Mini 30x30 Challenge / A students' wave for the ocean', uma iniciativa global focada nos alunos entre os 4 e os 18 anos que, através de uma carta aberta, mandem uma mensagem unida que incentive os Estados-Membros a proteger os oceanos.

De acordo com o Oceanário, a carta aberta vai ser entregue na 3.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC3), que irá decorrer entre 9 e 13 de junho, na França, para que a voz dos estudantes seja tida em conta neste fórum.

Para promover a conservação e utilização sustentável da biodiversidade marinha foi aprovado em março de 2023 o Tratado do Alto-Mar e adoptado na ONU em junho desse ano, um compromisso que Portugal assinou, mas ainda não ratificou até ao momento.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou na semana passada que Portugal deve ratificar dentro de pouco tempo este tratado, já ratificado por 18 países. O diploma deve ser apreciado pelo Conselho de Ministros "em breve", segundo a governante, que disse estar "tudo pronto" e encaminhado para que o processo de ratificação seja rápido.

O Tratado do Alto Mar, também conhecido por Acordo sobre Proteção da Biodiversidade Marinha em Áreas para além da Jurisdição Nacional (BBNJ, na sigla inglesa), resultou de quase 20 anos de discussões e tem como objectivo a conservação e utilização sustentável da biodiversidade marinha. É um documento juridicamente vinculativo de protecção das águas internacionais, fora das áreas de jurisdição nacionais, que correspondem a mais de 70% da superfície da Terra, mas cuja entrada em vigor depende da ratificação por pelo menos 60 países, o que pode acontecer na próxima Conferência dos Oceanos em junho em Nice, França.

segunda-feira, 10 de março de 2025

Coreia do Norte constrói o seu primeiro submarino movido a energia nuclear


A Coreia do Norte anunciou que está construindo o seu primeiro submarino movido a energia nuclear. A comunicação social estatal divulgou fotos, mostrando o líder Kim Jong Un inspeccionando um grande submarino em construção num estaleiro. Esta é a primeira vez que a Coreia do Norte revela publicamente um submarino movido a energia nuclear.

Analistas militares acreditam que o submarino pode pesar entre 6.000 e 7.000 toneladas e pode ser capaz de transportar cerca de dez mísseis, incluindo aqueles com capacidade nuclear. O termo "submarino de mísseis guiados estratégicos" usado em relatórios sugere que a embarcação foi projectada para lançar mísseis balísticos e de cruzeiro.

Um submarino com propulsão nuclear seria uma grande actualização da frota atual da Coreia do Norte, que consiste em antigos submarinos movidos a diesel que precisam ressurgir com frequência. Um submarino movido a energia nuclear poderia viajar longas distâncias sem emergir, dificultando para os EUA e a Coreia do Sul detectar e responder a lançamentos de mísseis.

Especialistas alertam que, se o submarino se tornar operacional, ele representaria uma séria ameaça à segurança, pois a Coreia do Norte seria capaz de lançar ataques nucleares debaixo d'água com maior discrição.

Há relatos não confirmados de que a Coreia do Norte pode ter recebido suporte tecnológico da Rússia para desenvolver o submarino. Segundo relatos, Pyongyang pode ter fornecido armas convencionais e possivelmente tropas para ajudar os esforços de guerra da Rússia na Ucrânia em troca dessa assistência na construção de um reactor nuclear para o submarino.

A Coreia do Norte está sob pesadas sanções internacionais há anos, dificultando a aquisição de tecnologia militar avançada. No entanto, alguns analistas acreditam que o suporte russo pode ajudar Pyongyang a superar os principais obstáculos técnicos no desenvolvimento de uma embarcação movida a energia nuclear.

Navios poluem 3/4 dos mares europeus.


Um relatório do TCE - Tribunal de Contas Europeu que foi publicado recentemente avisa que navios e outras embarcações continuam a poluir os mares da União Europeia devido à fraca aplicação da legislação ambiental, falta de fiscalização e penalizações ineficazes.

O relatório analisou todas as medidas adoptadas pela União Europeia no período temporal compreendido entre janeiro de 2014 e setembro de 2024, e basou-se em auditorias efectuadas nas duas das rotas marítimas mais movimentadas da Europa.

A UE tem como objectivo declarado, a redução a zero a poluição nas águas até 2030, mas o relatório publicado indica que mais de três quartos dos mares europeus estão afectados por poluição, e é difícil localizar a poluição no mar e descobrir quem a causou, os controlos não são adequados e as penalizações são raras e demasiado brandas.

O relatório “Combate à poluição marinha por navios: medidas da UE ainda navegam por águas revoltas”, indica que os navios de carga, cruzeiros, ferries, embarcações de pesca e recreio são fontes importantes de poluição marinha, desde derrames de hidrocarbonetos e produtos químicos até emissões gasosas e perda de resíduos

O relatório indica que  a legislação da União Europeia é mais exigente do que as normas internacionais, mas que a sua aplicação nos 22 países do bloco com costa marítima fica muito aquém daquilo que é necessário.

Em 2022, um em cada sete navios no mundo navegava sob bandeira de um Estado-membro da UE, mas entre os navios em fim de vida, essa proporção era 50% mais baixa, indica. Outro problema apontado é a perda de contentores no mar, com muitas a não serem declaradas e poucos contentores são recuperados, tornando-se uma ameaça ambiental.

Portos de Sines e do Algarve com novo Conselho de Administração.

Pedro do Ó Ramos assume o cargo de Presidente, acompanhado por Fernanda Nunes e Jaime Puna, enquanto Vogais Executivos A APS - Administração...