O comércio marítimo mundial enfrenta riscos crescentes devido à conjugação de tensões geopolíticas, pirataria e ciberataques, alertou a Organização Marítima Internacional (IMO) numa sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Cerca de 80% das trocas globais fazem-se por via marítima, com mais de 100 mil navios comerciais a atravessar diariamente águas internacionais. Em 2024, registaram-se perto de 150 incidentes de pirataria e assaltos à mão armada, sobretudo no Estreito de Málaca e Singapura, no Oceano Índico e na África Ocidental, havendo ainda ataques ilegais no Mar Vermelho que violam o direito internacional e a liberdade de navegação.
Para além destas ameaças, o sector enfrenta riscos cibernéticos, tráfico de drogas e fraudes, agravados pela digitalização e pela introdução de navios autónomos. É tida como necessária uma resposta assente na prevenção, vigilância permanente, inovação tecnológica e cooperação internacional, com recurso a inteligência artificial e monitorização por satélite.
Sublinha igualmente que a segurança marítima está ligada à protecção ambiental, apoiando os Estados no combate à poluição dos mares, na descarbonização do transporte, na redução do plástico e do ruído subaquático, a fim de preservar ecossistemas e garantir a estabilidade do comércio global.

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