Em 2025, o maior porta-contentores em operação no mundo ainda é o MSC Irina, com uma impressionante capacidade de 24.346 TEU (unidades equivalentes a contentores de vinte pés). Com 400 metros de comprimento e quase 62 metros de boca, este gigante dos mares é capaz de transportar mercadorias suficientes para abastecer, de uma só vez, milhares de empresas e cidades inteiras. Logo atrás surge o OOCL Spain, com 24.188 TEU, seguido muito de perto pelo ONE Innovation com 24.136 TEU, pelo MSC Tessa com 24.116 TEU e, finalmente, pelo Ever Alot, com 24.004 TEU.
Todos estes navios pertencem à nova geração de ULCV, ( ultra-grandes porta-contentores), concebidos para maximizar a eficiência no transporte intercontinental e reduzir o consumo de combustível por contentor transportado. A sua dimensão colossal obriga a portos especialmente preparados, com canais de grande profundidade, gruas de elevada altura e sistemas logísticos de alta capacidade para o carregamento e descarregamento.
O MSC Irina, tal como os seus navios gémeos, foi construído em 2023 e integra soluções de engenharia para melhorar a hidrodinâmica do casco, optimizar a propulsão e reduzir emissões poluentes. O OOCL Spain, também de 2023, destaca-se por incorporar tecnologias de rota optimizada por inteligência artificial, permitindo ajustar a velocidade e o consumo em função das condições meteorológicas e correntes oceânicas.
Apesar de a barreira dos 24 mil TEU ser, por agora, o limite operacional, já se encontram em estudo projectos ainda mais ambiciosos. Um exemplo é o conceito Green Sealion 27500, que, caso seja construído, poderá transportar mais 3.000 TEU do que o actual líder. Contudo, tais dimensões levantam desafios técnicos significativos, desde a resistência estrutural a questões de manobrabilidade e segurança.
Assim, a competição pela supremacia em capacidade de transporte marítimo continua acesa, com cada novo navio a representar não apenas um feito de engenharia naval, mas também um reflexo da procura global por cadeias logísticas cada vez mais eficientes e económicas.
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