A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, pediu o reforço no investimento na ciência e na cooperação internacional para lutar contra as ameaças que os oceanos enfrentam. As afirmações dela ocorreram no início de uma conferência, realizada em Barcelona, dedicada à reflexão sobre a protecção aos oceanos.
"Enfrentamos objectivos cruciais. Muito foi conseguido para os
oceanos, mas ainda há muito por fazer e que pode ser feito e, por isso, temos
de continuar a investir na ciência" — afirmou Azoulay na sessão de abertura da
Conferência da Década dos Oceanos, que acontece em Barcelona. —
Sabemos que é muito difícil em tempos de crise, de guerras e de fragmentação da
comunidade internacional, mas se há algo que nos pode unir são os oceanos.
Azoulay foi um dos responsáveis pela abertura da conferência, que
reunirá em Barcelona cerca de 1.500 actores da
comunidade oceânica global, incluindo representantes
governamentais, cientistas e membros de organizações, para
avaliar a primeira secção da Década dos
Oceanos (2021-2030).
— O oceano está sufocante, e todos os dias temos números de temperatura que mostram que estão sendo ultrapassados registros muito negativos — afirmou, citando uma das maiores ameaças.
— Sei que alguns podem pensar que o nosso século atravessa crises mais graves, mais urgentes e mais profundas do que aquelas que afetam o ecossistema dos oceanos — indicou o príncipe Alberto II do Mônaco, por sua vez, durante o seu discurso. — No entanto, o que nos traz aqui hoje é fundamental para o futuro de todos.
Os participantes esperam que as reflexões feitas durante a
conferência sirvam para melhorar as ferramentas de combate à emergência
climática e se traduzam em efeitos concretos.
— É urgente que esta conferência seja um catalisador de compromissos com ações coordenadas a nível local, nacional e internacional e com medidas tangíveis que promovam a conservação e o desenvolvimento sustentável dos oceanos — afirmou o presidente de Cabo Verde, José María Neves.
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