Os trabalhadores do denominado Control Room desempenham um papel vital num terminal portuário, garantindo que todas as operações ocorram de forma
eficiente e coordenada. Eles são responsáveis por elaborar estratégias que
optimizam o uso dos recursos disponíveis, como espaço para armazenamento,
equipamentos e mão-de-obra. É um trabalho minucioso, que exige capacidade de resolução, um foco tremendo e por vezes um pouco de criatividade para fazer articular as várias fases do processo.
Esses profissionais são essenciais para a programação de chegadas e partidas de navios, bem como para a organização do fluxo de cargas. Se há um trabalho relacionado com demandas sazonais, tendências de mercado e requisitos específicos dos clientes, existe a componente do dia-a-dia, mais difícil de gerir e prever, por isso é importante que assegurem que o terminal funcione de maneira contínua, evitando atrasos e congestionamentos, que causam atrasos tanto da parte operacional como da parte do cliente.
Sendo uma parte que se relaciona com a parte mais operacional, neste caso os estivadores, a parte de comunicação entre ambos os lados é fundamental para a fluidez, pois ambos são os ponteiros do "mesmo relógio", que deverá funcionar numa simbiose.
Nem sempre será possível encontrar vocação por um lado, ou motivação por outro lado, mas a conjugação de ambas, torna-se essencial para a contínua evolução. Isto aliado a uma atenção por parte das empresas, que infelizmente, nem sempre é adequada à visão que se pretende.
Não é uma função fácil, um profissional com muitos anos de experiência deverá ser considerado quase imprescindível face à escassez de profissionais na área no nosso país. Não é na formação que se molda o profissional, mas sim no desenrolar do dia-a-dia das operações, em situações reais que sucedem e em períodos de aperto em que a capacidade de resposta é sem dúvida, necessária e firme.
Podemos dizer de certa forma, que são os arquitetos por trás da operação bem-sucedida de um terminal portuário. Que a sua capacidade de antecipar, adaptar e optimizar é fundamental para a eficiência, sustentabilidade e lucratividade do terminal, tornando-os peças-chave no cenário portuário.
Autor: Fernando Almeida

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