domingo, 28 de abril de 2019

Descobriram plástico dos anos 60 no mar


Um saco de plástico irlandês de 1965, uma linha de anzol dos anos 50. Não são relíquias mas sinais do desastre ambiental.

objetivo era recolher informação sobre o plâncton em mar aberto, mas acabou por servir para outra função. Este instrumento chamado CPR, ou melhor, Continuous Plankton Recorder, (uma espécie de gravador contínuo de plâncton), viaja pelos oceanos desde 1931. Pelo caminho, este aparelho tipo torpedo, recolheu acidentalmente provas de que andamos a poluir o planeta há muito tempo e que o plástico é mesmo muito resistente. 

No recorde de objetos encontrados temos um saco plástico de 1965, irlandês, que pode receber o prémio de primeiro registro de lixo de plástico encontrado no oceano. Das cerca de 16.725 viagens do CPRs, em 669 apanharam plásticos. Clara Ostle, investigadora do projeto e membro da Associação de Biologia Marinha de Plymouth, explicou à BBC que "vemos por meio desses registos que tivemos alguns casos históricos de plástico presos". E acrescentou: "Podemos construir uma percurso temporal a partir disto - para que possamos ver o aumento de plástico que ficam presos."

A juntar a este saco plástico dos anos 60, encontraram uma linha de pesca de 1957. Os investigadores revelam ainda que os dados recolhidos por este aparelho, o CPR, confirmam que houve um aumento significativo e constante do plástico oceânico desde os anos 90.

Como revela a National Geographic, os cientistas do Reino Unido estiveram a recolher dados da vida do plástico nos oceanos e criaram uma das maiores bases de dados de como o plástico tem sido recolhido no Atlântico Norte. Além disso, a bióloga revela que este aparelho é muito útil, sobretudo porque se comporta como um qualquer mamífero marinho. "Como navega na superfície, tal como os outros mamíferos, apanha o mesmo tipo de plásticos que ficam presos nos animais", revela o estudo.

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