sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A influência dos gases poluentes na vida do Oceano


A acidificação dos oceanos resultante das emissões de dióxido de carbono está causando a perda do olfacto dos peixes. Uma nova pesquisa revelou que, à medida que os níveis de ácido carbónico na água do mar aumentam, o robalo perde até metade de sua capacidade de distinguir odores.
As emissões de dióxido de carbono provocam acidez, quando o gás se dissolve na água, um fenómeno que também causa erosão na concha dos moluscos.
A descoberta é de grande importância, uma vez que o olfacto orienta os peixes nas suas actividades básicas, como encontrar alimentos, parceiros e perceber a presença de predadores.
“O nosso estudo é o primeiro a examinar o impacto da acidificação dos oceanos no olfacto dos peixes”, disse a investigadora da Universidade de Exeter, Cosima Porteus, que liderou a pesquisa.
Os investigadores compararam o comportamento dos robalos nos níveis actuais de dióxido de carbono na água do mar, com a reacção à presença de níveis maiores.
Eles perceberam grandes mudanças no comportamento dos peixes em águas mais ácidas. Os robalos começaram a movimentar-se menos e não notaram como antes, a presença de predadores.
Os resultados da pesquisa, publicados na revista científica Nature Climate Change, comprovam as evidências de estudos anteriores sobre a ameaça que a acidificação dos oceanos representa para a fauna marinha.
Segundo as pesquisas anteriores, a acidificação dos oceanos causada pelas emissões de dióxido de carbono afecta não só o olfacto dos peixes, como também prejudica o sistema nervoso dos animais e interrompe o processamento de informações nos seus cérebros.
“Ainda não se sabe com que rapidez o peixe será capaz de superar esses problemas, diante da previsão de um aumento de até duas vezes e meia de dióxido de carbono no final do século”, disse o professor Rod Wilson, da Universidade de Exeter, e co-autor do estudo.

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