Começando pelos investimentos. A companhia dinamarquesa desiste de exercer as opções para comprar mais seis navios de 19 630 TEU e mais dois feeders de 3 600 TEU. Ao mesmo tempo, adia a decisão sobre a opção de compra de mais oito navios de 14 000 TEU.
O CEO da companhia, Soren Skou, justifica que no actual estado depressivo do mercado não é necessário investir tanto para manter o desejado crescimento. Além do mais, acrescentou, o não investimento em mais capacidade permitirá utilizar ao máximo a capacidade existente.
Falando, então, da oferta. Nos últimos dois meses, a Maersk Line anunciou o encerramento de quatro serviços (ME 5, AE9, AE3 e TA4). E prepara para o trimestre o cancelamento de mais umas 35 rotações.
Resta saber qual será o impacte destas medidas na aliança global que a Maersk Line mantém com a MSC, uma vez que a companhia helvética mantém (pelo menos até ver) um agressivo programa de reforço da capacidade.
E no que toca ao pessoal. A meta é reduzir em 17%, ou cerca de 4 000 trabalhadores, até ao final de 2017, o número actual de 23 mil colaboradores à escala global. Soren Skou tentou desframatizar, referindo que os cortes serão feitos em todo o mundo, e lembrando que o processo de emagrecimento da estrutura de pessoal já não é de hoje.
Certo é que nos próximos dois anos a companhia pretende cortar 250 milhões de dólares nos custos administrativos (160 milhões já em 2015).
Surpreendida pela rápida deterioração do mercado, em particular nos tráfegos Ásia – Europa, a Maersk Line cortou há dias a previsão dos lucros para este ano em 600 milhões de dólares. Agora, Soren Skou manteve, todavia, que a situação actual não coloca em causa as perspectivas de crescimento da actividade no longo prazo.
No imediato, não será de admirar que outras companhias tomem medidas semelhantes às assumidas hoje pela número um mundial, dado que todas, ou quase, correm o sério risco de terminar o ano de novo no vermelho.
Fonte: T e N.
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